Hollywood não é tudo isso que dizem por aí. Parece uma afirmação audaciosa, não é mesmo? Afinal, a indústria cinematográfica norte-americana marcou gerações e foi responsável por várias produções com sucesso de bilheteria. Ela, porém, tem deixado a desejar em muitos aspectos, afirma Jordan Harmon, cofundador e presidente da Angel Studios, conhecida pela distribuição de sucessos como The Chosen e Som da Liberdade, entre outros. Harmon fez várias críticas à gigante do cinema em uma entrevista a Marissa Streit, CEO da organização norte-americana PragerU.

As produções que Harmon representa desafiam o modelo tradicional de Hollywood. Para ele, o sucesso do cinema hoje em dia está diretamente relacionado à habilidade de contar histórias inspiradoras e com mensagens de esperança, que preenchem uma lacuna que o entretenimento tradicional muitas vezes ignora. Ele justificou sua tese dizendo: “as pessoas estão sedentas por narrativas que toquem suas almas, que as façam acreditar em algo maior”.

Harmon fez diversas críticas ao modelo hollywoodiano e muitas delas fazem sentido. Afinal, Hollywood está cada vez mais desconectada de uma parte significativa do público, quando produz conteúdos que frequentemente não refletem os valores e interesses das pessoas que buscam histórias que se identifiquem com elas.

Ela tem perdido relevância por conta da ascensão de plataformas de streaming e produções independentes que conseguem se conectar mais diretamente com o público.

O cineasta apontou que a indústria cinematográfica tende a ignorar temas como fé, família e liberdade, que são centrais para muitos espectadores. “Há uma crescente necessidade de histórias que toquem o coração humano, que falem sobre o que realmente importa: a busca por propósito, redenção e conexão.” Ele criticou a rigidez das grandes produções, que seguem fórmulas preestabelecidas e focam, muitas vezes, em uma agenda ideológica particular. “Quando se tenta impor uma mensagem sem dar espaço para a verdadeira arte de contar histórias, perde-se o poder transformador que o cinema pode ter.”

Dramaturgia Record

Há uma demanda crescente por narrativas que proporcionem significado e valores. Nesse cenário, tornam-se importantes outras produções além das de Hollywood, como as da Record e Seriella Productions, que oferecem conteúdos que trazem esperança e propósito e ultrapassam o entretenimento superficial.

Essas produções não apenas conquistam altos índices de audiência, mas também têm grande apelo internacional e são exibidas

em diversos países.
E assim, em um mundo saturado de distrações efêmeras, talvez a verdadeira revolução cinematográfica não seja apenas a criação de novos efeitos visuais ou de trilhas sonoras espetaculares, mas relembrar o poder simples de uma boa história bem contada. Afinal, como Harmon observou: “histórias são a alma de uma civilização. Quando esquecemos isso, perdemos nossa essência”.

No fim, talvez o que buscamos nos filmes e na vida seja menos espetáculo e mais o que nos conecta à nossa própria humanidade.

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