Profissionais de UTI sofrem impacto na saúde mental durante a pandemia
Estudo alerta e conscientiza sobre quanto o cuidado com esses profissionais deve ser prioridade
Um estudo apontou que 40% dos trabalhadores das unidades de terapia intensiva (UTI) têm chance de desenvolver transtorno de estresse pós-traumático. O levantamento foi realizado pela King’s College London com profissionais da saúde de UTI, que cuidam de pacientes com COVID-19 — e se depararam no dia a dia com questões como alta taxa de mortalidade entre os pacientes e dificuldade de comunicação / fornecimento de suporte, devido à restrição de visita.
Os dados apontam o registro de grande quantidade de sintomas relatados no final da primeira onda da pandemia, no hemisfério Norte, em julho de 2020. 6% apresentaram depressão grave, 40% transtorno de estresse pós-traumático, 11% ansiedade grave e 7% alcoolismo. Cerca de 13% relataram ainda ter pensamentos negativos frequentes.
O principal autor do estudo, Neil Greenberg, professor do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência da instituição, afirmou que a gravidade dos sintomas possivelmente prejudicará a capacidade de alguns funcionários da UTI de fornecer cuidados de alta qualidade, além de impactar negativamente a qualidade de vida desses profissionais.
O pesquisador ainda alertou que os resultados destacam o impacto profundo que a COVID-19 teve na saúde mental dos funcionários da linha de frente e indicam uma necessidade urgente de uma estratégia para proteger a saúde mental desses profissionais e diminuir o risco de comprometimento funcional enquanto realizam um trabalho essencial.
Apoio social, emocional e psicológico
Sendo assim, o estudo alerta e conscientiza sobre quanto o cuidado com a saúde mental dos profissionais da saúde deve ser prioridade durante, e também após, a pandemia. Em razão da batalha que os profissionais têm enfrentado na linha de frente da guerra contra o novo coronavírus, o Grupo da Saúde (GSU), durante esse período de pandemia, intensificou a assistência social, emocional e psicológica aos profissionais em todo o País.
Voluntários do grupo realizaram, por exemplo, encontros especiais em homenagem aos profissionais da saúde — sempre respeitando as orientações estabelecidas pelas autoridades sanitárias, bem como os protocolos de higiene recomendados, como o distanciamento social adequado e o uso obrigatório de máscara de proteção individual. Os encontros aconteceram na área externa das instituições visitadas.
Nessas ocasiões, o Bispo Eduardo Ribeiro, responsável pelo grupo no Brasil, já pontuava a necessidade de levar atenção e apoio aos profissionais. “Além da COVID-19, muitos tiveram que combater a depressão, o estresse, a ansiedade, a insônia e as inseguranças. Muitos precisaram enfrentar o desejo de suicídio. São vidas preciosas. Vidas que alcançam vidas. Por isso, reforçamos a segurança e a proteção que vêm do Alto, a força que vem de Deus. DEle vem o Esconderijo que todos nós podemos ter”, disse.
Recentemente, em todo o Brasil, novos capelães se formaram no Curso de Capelania Hospitalar para os agentes do bem-estar, como são chamados os voluntários do grupo. São pessoas que não estão diretamente ligadas à área da saúde. Mas, que se importam em entrar nos hospitais para levar uma Palavra de vida e ânimo para quem está ali. Nem o cenário adverso as impede de se prepararem para estender a mão ao próximo.
Conheça o Grupo da Saúde
O curso, ministrado em parceria com a União Nacional de Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas), é realizado em todo o Brasil. Quer saber mais sobre o curso e sobre o grupo?
Para conhecer o trabalho que o Grupo da Saúde realiza em todo o Brasil, visite a página oficial do grupo no Facebook. Além disso, para fazer parte desse trabalho entre em contato pelo whatsApp (11) 95078-7939. A saber, você pode também enviar um e-mail para falecomgsu@gmail.com. Ademais, encontre a Universal mais próxima de você.