Prudência: Bolsonaro e outros líderes mundiais ainda não cumprimentaram Biden
Contestações de Trump tumultuaram o processo eleitoral e as tradicionais congratulações dos líderes mundiais
O presidente Jair Bolsonaro não foi o único líder mundial a não parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória contra Donald Trump, na eleição presidencial americana.
Segundo reportagem publicada pela BBC News Brasil, além dele, os chefes de Estado da Rússia, China, Coreia do Norte, Turquia, México, entre outros, também não se manifestaram.
De acordo com o site de notícias, fontes do governo brasileiro informaram, anonimamente, que Bolsonaro não comentará o resultado, enquanto Trump não conceder a vitória a Biden.
A BBC News Brasil diz ainda que especialistas ouvidos pela reportagem acreditam que a derrota de Trump, principal referência internacional do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, exigirá dele “uma ‘reinvenção’ de sua política externa”.
Alguns líderes aguardam o resultado oficial
Contudo, para que o resultado se torne oficial, ainda é necessário que cada estado americano emita sua certificação final do pleito. Isso deve acontecer nas próximas semanas.
“Por outro lado, projeções do resultado feitas por veículos de imprensa, que envolvem o trabalho de centenas de analistas de dados, são tradicionalmente suficientes para levar a uma concessão do candidato derrotado e iniciar um processo de transição”, afirma a matéria.
Entretanto, o tumulto gerado pelas contestações de Trump acerca do resultado eleitoral acabaram afetando as congratulações de alguns líderes mundiais.
Para Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, “a coisa certa a ser feita é aguardar o resultado oficial”, referindo-se ao fato de Trump ter recorrido judicialmente.
Presidente do México alega prudência
Vale lembrar que, em 2016, quando Trump foi eleito, Putin foi um dos primeiros líderes mundiais a parabenizá-lo pela vitória.
Em declaração a jornalistas no Estado de Tabasco, Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, disse: “Vamos esperar que todas as questões jurídicas sejam resolvidas. Não queremos ser imprudentes, não queremos agir levianamente e queremos respeitar a autodeterminação dos povos e respeitar os direitos dos outros”, disse, acrescentando ainda que tem “uma relação muito boa com os dois candidatos”.
(*) Com informações da BBC News Brasil