Coceira, vermelhidão e placas esbranquiçadas na pele são as principais características da psoríase, doença inflamatória classificada como crônica e autoimune.

De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase afeta 125 milhões de pessoas no mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

A doença, que atinge homens e mulheres de todas as idades, é muitas vezes confundida pelo paciente com alergia ou dermatite de contato. Existem diferentes tipos de psoríase, sendo a mais comum a psoríase em placas, que afeta 90% das pessoas que possuem essa dermatose.

Os locais mais afetados são cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e plantas dos pés, porém ela pode se espalhar por todo o corpo.

A médica dermatologista Paula Penna alerta que é fundamental o acompanhamento médico logo aos primeiros sinais da doença ou em caso de suspeita, pois o problema pode se agravar rapidamente. “Somente o médico dermatologista poderá confirmar o diagnóstico e apresentar um tratamento de acordo com o estágio da inflamação, que pode ser classificada como leve, moderada ou grave”, afirma.

Paula aponta como fator de risco a presença de casos na família, uma vez que mais de 30% das ocorrências são de origem genética. Estima-

se ainda que 30% das pessoas que possuem psoríase desenvolverão o quadro de artrite psoriásica que é caracterizada por dor, rigidez e inchaço das articulações.

A médica esclarece que a psoríase não é contagiosa e que, embora suas causas ainda sejam desconhecidas pela medicina, alguns fatores contribuem para o surgimento ou agravamento do problema. Entre eles, estão o estresse, as irritações na pele, infecções na garganta, a baixa umidade do ar e as reações a alguns medicamentos.

A especialista pontua que a doença não deve ser motivo de desconforto ou atrapalhar o convívio social e ressalta que é importante conscientizar a população para que não haja preconceito ou discriminação.

Informação é fundamental

A SBD realiza neste mês a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, com uma série de ações, especialmente nas redes sociais.

Para o médico e coordenador da campanha, Caio Castro, o acesso às informações sobre a psoríase é fundamental. “Elas são as principais armas para combater o preconceito, além do apoio de familiares e de pessoas próximas, quesitos fundamentais para que o paciente aprenda a se cuidar e a gerenciar a doença”, finaliza o médico dermatologista

Tratamento

Ainda sem cura, a psoríase pode ser controlada com um tratamento correto, que deve ser indicado e acompanhado por um dermatologista.

Nos casos mais leves, são prescritos medicamentos locais, como pomadas, loções ou géis. Nos quadros mais avançados, são indicados sessões de fototerapia por ultravioleta e medicamentos de uso oral ou injetável.

É recomendável que durante as crises o paciente aumente a hidratação da pele fazendo maior ingestão de água e intensificando o uso de cremes hidratantes. Quanto mais hidratada for a pele, menores serão os sintomas.