Quais as características de um servo de Deus?
Entenda por que é necessário desejar o Deus da bênção e não apenas as bênçãos de Deus
“Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.” (João 12.24).
O grão de trigo citado na passagem acima representa aqueles que fazem a Obra de Deus, uma vez que, para servi-Lo é necessário que a pessoa morra para os prazeres e vontades deste mundo e nasça do Espírito Santo.
A principal característica de um servo é o seu Novo Nascimento. Muitas pessoas buscam e recebem as bênçãos de Deus como resposta à fé que usaram, mas não nasceram dEle. E assim, empolgadas pelo resultado alcançado, acreditam que as bênçãos são suficientes para que trabalhem na Obra de Deus, mesmo sem o Espírito Santo. Porém, por mais que a intenção seja boa, sem o Espírito Santo ela não terá condições de enfrentar os desafios e, mais cedo ou mais tarde, acabará saindo da Obra, pois só os nascidos de Deus permanecem.
Assim como o grão de trigo, o servo de Deus deve apresentar bons frutos, almejando levar o Reino de Deus para outras pessoas, pois ele tem a mais sublime tarefa de revelar o Senhor Jesus para o mundo não apenas por meio da pregação, mas vivendo a pregação, dando bom testemunho com sua conduta e seu caráter. Em contrapartida, sem o Espírito Santo, a pessoa trabalha apenas por ambição e interesse pessoal.
O vaso de alabastro e o perfume derramado
Em seu blog, o Bispo Júlio Freitas compartilhou dez características de um servo e citou o exemplo de uma mulher pecadora, que não mediu esforços para servir a Jesus, trecho citado em Marcos 14.
Na ocasião, a Páscoa se aproximava e os principais sacerdotes e escribas estudavam formas certeiras de prender e depois matar o Senhor Jesus. E, estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, aproximou-se uma mulher chamada Maria, com um vaso de alabastro, contendo nardo puro, de alto preço. Quebrando-o, ela derramou o nardo sobre a cabeça de Jesus e alguns que estavam presentes, principalmente Judas, questionaram a atitude da mulher, julgaram que sua atitude foi um desperdício e disseram que ela teria maior proveito se tivesse vendido o nardo e dado o valor aos pobres. Eles não compreenderam que Maria, em uma atitude de fé, se desprendeu do bem mais precioso que possuía para adorar o Salvador. Aquele nardo simbolizava sua vida, o que significa que se entregou sem reservas para o Salvador. “Jesus, porém, disse: “Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra.” (Marcos 14.6).
Um pouco depois desse fato, Judas Iscariotes, um dos 12 apóstolos, foi ao encontro dos principais sacerdotes para trair e entregar Jesus em troca de moedas.
Encontramos nessa passagem tipos diferentes de “servos”, pois eram pessoas que diziam que serviam ao Altíssimo: os sacerdotes e os escribas, religiosos da época que serviram à religião a ponto de não reconhecerem o Filho de Deus; Judas Iscariotes, o “servo” que teve o privilégio de andar lado a lado com o Mestre, na condição de discípulo, e ainda assim o traiu; e Maria, uma pecadora arrependida, que não esperou ser chamada para servir ao seu Senhor. Jesus se agradou da atitude de Maria e disse: “Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.” (Marcos 14.9).