Quais as consequências do seu desrespeito?
A maneira como tratamos a Deus reflete diretamente nos resultados que colhemos em nossa vida. Entenda como você pode estar blasfemando contra Ele, mesmo que não tenha essa intenção, e como é possível mudar esse quadro
Você gosta de ser desrespeitado? Com certeza, não. Na verdade, ninguém gosta. E, se o desrespeito ofende e gera separação entre as pessoas, que são falhas e são suscetíveis a errar umas com as outras, imagine em relação a Deus, que é Santo e Perfeito. E é exatamente isso que a blasfêmia significa. Ainda que, quando o assunto seja abordado pareça algo estritamente religioso, ele é mais comum do que se imagina. Blasfemar significa insultar a Deus e tudo que se relaciona a Ele. Apesar de comumente estar vinculado ao ato de falar, também se blasfema com atitudes que revelam desprezo a quem Deus é e também à Sua Obra. E é nesse aspecto que muitas pessoas, apesar de acharem que não blasfemam contra Ele, têm cometido esse erro. E o resultado disso se revela em suas próprias vidas.
A blasfêmia pode ocorrer de maneira sutil, por meio de piadas (sobretudo atualmente, quando a irreverência virou sinônimo de não se levar as coisas tão a sério), ser divertida ou usada até mesmo como um elogio, o que, de fato, não é. Ser irreverente é não ter reverência e respeito por algo ou alguém. Não confiar em Deus também pode ser visto como uma blasfêmia, já que, em outras palavras, a falta de confiança significa: “eu não acredito que Deus possa fazer isso”. O auge da blasfêmia, porém, é a rebeldia contra os princípios espirituais. Infelizmente, muitos não percebem que suas palavras e atitudes refletem desonra ao Criador. Quem blasfema encontrará barreiras inexplicáveis nas áreas financeira, familiar, emocional e profissional, pois promoverá o próprio afastamento da Presença de Deus, o que resulta em uma vida cheia de frustrações e ciclos repetitivos de fracasso.
Blasfêmia x Santidade
Blasfemar é o extremo oposto de santificar, que é o que Deus espera do ser humano. Enquanto a blasfêmia demonstra desrespeito e gera afastamento entre a criatura e o Seu Criador, a santidade revela consciência e alta consideração por quem Ele é e resulta no relacionamento adequado da pessoa com Ele.
A palavra “santidade” vem dos termos hebraico “qadosh” e do grego “hagios”, que significam “separado”, “consagrado” ou “puro”. Ser santo representa estar apartado do pecado e dedicado a Deus e isso não é uma opção para quem deseja se aproximar dEle e ter uma vida plena e realizada em todos os aspectos. Ser santo é a exigência que Deus faz, pois Ele é Santo, como está escrito em 1 Pedro1.15-16: “Sede santos, porque Eu Sou Santo”. Se o pecado causa afastamento, a santidade propicia intimidade com Deus. Esse assunto é tão sério que Deus deixou claro em Sua Palavra que quem não se santificar, ou seja, não se separar do pecado, não O verá (Hebreus 12.14).
As histórias das pessoas a seguir mostram que mesmo quem vive em desrespeito a Deus pode renunciar a essa postura e passar a louvá-Lo e santificá-Lo.
A culpa não era de Deus
É mais fácil culpar alguém dos infortúnios que nos acontecem do que nos perguntarmos: “Qual é a minha participação nas coisas ruins em minha vida?”. O empreiteiro Vanderli Gomes da Silva, de 49 anos, demorou para chegar a esse entendimento e, enquanto isso, culpava a Deus por todo o seu sofrimento. Nascido em uma família simples, Vanderli, que é o mais velho dos quatro filhos, conta que seu pai era alcoólatra e todos os dias, chegava em casa, e brigava com todos. A esperança de Vanderli era que, quando crescesse, pudesse mudar aquela situação. Então, aos 13 anos, ele começou a trabalhar, mas também começou a beber e a situação só piorou. Por ver que as coisas continuavam dando errado, ele, conforme revela, colocava a culpa em Deus: “Eu só blasfemava contra Deus. Tudo que acontecia de ruim na minha vida eu dizia que era porque Deus estava com todo mundo e não comigo. Quando eu via uma pessoa que a vida era certinha, eu dizia: ‘esse tal de Deus deve ser com ela, porque eu não sou como ela é’. Eu era nervoso, briguento e arrumava confusão com todo mundo”. Ele não entendia que, na verdade, suas escolhas não eram corretas e, quanto mais ele culpava a Deus por suas desventuras, mais distante dEle ficava.
Por influência de más amizades, aos 16 anos, ele começou a usar cocaína e as brigas em casa ficaram cada vez piores, até que ele decidiu morar sozinho. Pouco tempo depois, aos 23 anos, ele foi morar com a namorada e, conforme o vício aumentava, o relacionamento se tornava mais conturbado. Vanderli continuava trabalhando com construção civil, mas depois de um tempo ele e a namorada decidiram abrir uma casa de forró. Ao lado dela, ficava uma Universal e Vanderli, com ódio da igreja, dizia que seu maior desejo era fechá-la para poder ampliar a casa de shows. “Eu criticava muito a Universal, não gostava que as pessoas falassem da Igreja para mim, xingava os pastores e não gostava quando os membros me evangelizavam e me entregavam o jornal. Só que cada vez que eu lutava contra Deus, eu só me dava mal”, revela.
Até que sua companheira passou a frequentar a Universal e a mudança dela começou a chamar a atenção dele, que. então, também ia às reuniões, mas, inicialmente, fazia isso porque achava que ela estava se encontrando com outro homem. Até que, conforme o tempo foi passando, ele constatou que a mudança dela era fruto da Palavra de Deus. Daí ele entendeu que as coisas davam certo para as pessoas não porque elas eram escolhidas por Deus e não tinham problemas, mas porque escolheram ter uma vida separada para Deus. Ele, então, decidiu fazer o mesmo.
Frequentando as reuniões e praticando os ensinamentos, Vanderli se livrou dos vícios, entregou sua vida ao Senhor Jesus e se batizou nas águas. “Antes, eu não tinha responsabilidade no trabalho e pegava o dinheiro para usar drogas sem me preocupar com o serviço do cliente. Depois, parei de enrolar as pessoas e passei a ser responsável com os meus compromissos. Por verem a minha mudança, comecei a ser respeitado e a ter credibilidade no trabalho. Em casa, já não tinha mais brigas, mas diálogo”, conta. A mudança, contudo, só se tornou completa quando ele recebeu o Espírito Santo – fato que só aconteceu quando ele reconheceu a sujeira que havia em seu coração: a mágoa de quem no passado fez mal a ele. “Pedi perdão para Deus e perdoei as pessoas. Então, recebi a Presença de Deus ali, naquela igreja que um dia eu quis fechar”, relata. Pouco tempo depois, ele e sua esposa – com quem oficializou a união – passaram a servir a Deus como obreiros na Universal e, depois de 21 anos de casados, ela faleceu. Mas, ao contrário do passado, a comunhão de Vanderli com o Altíssimo o sustentou durante o luto. Posteriormente, ele se casou de novo e afirma que tem um casamento feliz, resultado da escolha que fez 20 anos atrás, quando decidiu abandonar o que o separava de Deus: “Mudei totalmente a minha vida, deixei de ser quem eu era e hoje, pela graça e misericórdia de Deus, sirvo ao Altíssimo todos os dias”, finaliza.
A boca não blasfemava, mas as atitudes, sim
“Eu nunca cheguei a falar que Deus não existia, mas blasfemava contra Ele com minhas atitudes. Quando eu usava drogas, tive um relacionamento com uma pessoa casada e isso era uma blasfêmia para Deus.” Essa é a conclusão da estudante e empreendedora Diovana de Oliveira Silva, de 25 anos, que acumulava uma série de fracassos. Diovana revela que queria suprir uma carência e preencher o vazio que doía em sua alma, mas suas escolhas a deixavam sempre pior.
Ela declara que essa carência começou na infância, quando soube que foi fruto de uma gravidez indesejada e por ter sofrido rejeição por parte de sua mãe por muitos anos: “Ela me maltratava e falava que era melhor que eu não tivesse nascido”, revela. Por volta dos sete anos, Diovana, segundo relata, sofreu um abuso de uma pessoa próxima da família, o que ampliou nela a sensação de não ser protegida. Aos 15 anos e muito carente, ela se frustrou em um relacionamento e, assim, entrou em depressão. Foram três meses sem sair do quarto e tomando antidepressivos. Foi quando sua mãe, que estava frequentando uma igreja cristã, levou algumas pessoas em sua casa para orar por ela. Ela diz que se sentiu bem depois da oração, mas que não deu ouvidos àquelas pessoas, porque observava que sua mãe não mudava as próprias atitudes. Diovana, então, passou a frequentar baladas e, com 18 anos, começou a namorar um rapaz e depois decidiu se mudar de Pernambuco para São Paulo com ele. “Quando eu cheguei na cidade, tudo piorou. Eu não queria mostrar que era carente, depressiva e triste. Comecei a trabalhar como gerente em uma loja e ganhava muito bem, mas gastava em baladas, pagando bebidas para as amigas e usando cocaína”, diz. Ela e as amigas, conforme revela, tinham comportamentos dos quais não se lembravam no
dia seguinte.
Até que, em 2020, algo chamou a atenção dela. Enquanto trabalhava no Mercadão Municipal de São Paulo, sua amiga manifestou espíritos malignos e uma obreira da Universal, que estava no estabelecimento, fez uma oração e orientou as duas a irem a uma reunião no Templo de Salomão. Diovana foi com a amiga, mas não continuaram a frequentar. O retorno ao local só aconteceu dois anos depois, conforme ela lembra: “Eu estava de férias do trabalho e perdi todo o meu dinheiro em jogos on-line. Foi quando eu reconheci o meu real estado”. Cansada da vida que levava, ela pediu que Deus a matasse e, em seguida, viu uma mensagem de fé postada por aquela obreira que conhecera dois anos antes. Diovana, então, mandou uma mensagem pedindo ajuda a ela e no dia seguinte foi até o Templo de Salomão. Lá, ela foi atendida por aquela obreira, que lhe falou sobre o Espírito Santo e, então, Diovana escolheu renunciar o que fosse preciso para agradar a Deus, como detalha: “Falei com meu namorado que a partir daquele dia não teríamos mais intimidade, deixei os vícios, me batizei nas águas e busquei a Presença de Deus. Quando eu O recebi, tudo mudou de dentro para fora”.
O relacionamento com o namorado não foi adiante porque ele deixou claro para ela que não queria ter um compromisso com Deus, mas isso não a tirou do foco de levar uma vida separada para o Altíssimo. Hoje, ela tem uma loja de vestuário, estuda e seu relacionamento com sua mãe foi restaurado. “Ter uma vida separada para Deus é a melhor escolha que eu fiz. Antes, eu me sentia suja e hoje eu sou limpa. Viver em santificação, separada das coisas deste mundo, é ser livre”, conclui.
Blasfêmia tem perdão?
Essas histórias mostram que há perdão para a blasfêmia. Deus é Santo e o ser humano é pecador, ou seja, impuro. Por isso, são necessárias a purificação e a santificação para vermos Deus em nossas vidas. Talvez você tenha terminado a leitura dessa matéria se perguntando: como posso me santificar e promover a santidade de Deus por meio da minha vida?
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