O décimo capítulo da novela Jesus, que vai ao ar de segunda a sexta-feira a partir das 21h30, na Record TV, foi reprisado no dia 27 de abril e retratou o batismo do Senhor Jesus por João Batista nas águas do rio Jordão.

Na cena, o telespectador pôde acompanhar que o desejo de ser batizado veio do próprio Senhor Jesus (Dudu Azevedo). A princípio, houve certa resistência de João Batista (Iano Salomão) para batizá-Lo, como lemos na Bíblia: “Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disselhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.” (Mateus 3.14-16).

UMA NECESSIDADE
Antes de o Senhor Jesus descer às águas, percebe-se claramente a missão de João Batista de preparar o caminho para o ministério do Senhor Jesus, quando levou inúmeras pessoas a não somente adentrar nas águas batismais, mas a conscientizarem-se da importância do arrependimento. A Bíblia relata: “E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas…” (Lucas 3.3-4). Afinal, é esse entendimento que precede o perdão dos pecados e o sepultamento da velha vida.

O que podemos notar é que João Batista sabia que a vontade de Deus deveria prevalecer. Por isso, não usava meias palavras, como está descrito em Lucas 3.7: “Dizia, pois, João à multidão que saía para ser batizada por ele: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?”

DANDO O EXEMPLO
Sem ter pecados, o Senhor Jesus considerou ser batizado porque convinha “cumprir toda a justiça”. Isso porque o Filho de Deus não veio ao mundo como o próprio Deus, mas na forma de homem. Por isso, era suscetível aos dilemas da vida como ocorre a cada um de nós.

Ele demonstrou por meio de sua atitude que a necessidade de olhar para dentro de si e de reconhecer que é preciso ter o Altíssimo acima de tudo faz com que nos aproximemos ainda mais da Vontade do Pai, como podemos ler em Mateus 3. 16-17: “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” A partir daí, teve início o ministério do Senhor Jesus.

Vimos que essa submissão causou uma resposta imediata nos céus: Deus expressando Sua alegria em tê-Lo como Filho e o Espírito Santo vindo sobre Ele. O mesmo prazer espiritual é provocado nos céus quando decidimos enterrar um passado pecaminoso e carnal para assumirmos um compromisso publicamente com Deus por meio do batismo verdadeiro.

O QUE É O BATISMO
Os que assumem a decisão de abandonar os erros e as vontades pecaminosas inclinadas à carne têm finalmente essa atitude efetivada não só quando entram nas águas, mas anteriormente, dentro de si, por meio do arrependimento. Essa é a diferença entre entrar no batistério como um pecador com as vestes secas e sair dela na condição de pecador com as vestes molhadas, mas com a intenção verdadeira de não conviver mais com o pecado. Trata-se de decisão racional, que não está relacionada a sentimentos, como o remorso – que é apenas uma dor passageira na consciência que provoca uma simples mudança superficial, sem sepultar as velhas manias e decisões. Daí a razão de crianças não serem batizadas, pois elas não têm pecados nem consciência do que eles são.

O problema é que muitas pessoas quando não analisam suas reais motivações ao entrarem nas águas batismais agem impulsivamente como uma criança. Isso reflete uma vida espiritual imatura e que precisa amadurecer urgentemente para o bem da alma.

Os aventureiros e empolgados cumprem apenas um ato religioso. Esse entendimento é o motivo de muitos estarem há anos na Igreja como conhecedores da Palavra de Deus, mas apenas como ouvintes dEla. E sobre isso a Palavra de Deus alerta: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tiago 1.22).

Dessa forma, quando verdadeiramente o velho homem é deixado nas águas, surge uma criatura com comportamentos diferentes, que deixa as atitudes do passado realmente no passado – algo que só o verdadeiro arrependimento é capaz de provocar.

Em tempos de pandemia, quando as igrejas estão fechadas pelas restrições impostas pelas autoridades para a contenção do novo coronavírus, vemos muitas pessoas manifestarem o desejo de serem batizadas, ainda que por aspersão. Elas são levadas pelo Espírito Santo a priorizarem a vida com Deus para, assim, obterem a vida Eterna ao lado de Deus.

É importante saber que, ainda que batizado nas águas e no Espírito Santo, o mundo sempre continuará convidando as pessoas a manifestarem seus desejos pecaminosos de novo, mas as que não se iludem e estão firmes com Deus enterram todos os dias a própria vontade e resistem, pois sabem que o lugar celestial reservado a elas é incomparável.