Qual é a maior necessidade do ser humano?
A realização pessoal e as conquistas costumam brilhar diante dos nossos olhos, mas priorizá-las é um grande risco. Descubra o que de fato é mais importante
A cobrança é algo que as pessoas fazem com excelência. Não estamos falando de algo relacionado a valores monetários, mas do que é considerado ideal no imaginário popular. Por exemplo, todo solteiro, em algum momento, já ouviu a seguinte pergunta: “cadê a namorada?” Já os casais são logo questionados quando os filhos chegarão. A pressão, no entanto, não se restringe apenas à área familiar, mas abrange todas as outras. É como se existisse um manual com prazos estabelecidos e metas. Há questionamentos sobre quando você atingirá o sucesso financeiro, conquistará um bem material, como uma casa, ascenderá profissionalmente e muitos outros.
Como se não bastassem todas as exigências descritas acima, a atual geração também precisa conviver com a demanda virtual. Já reparou como a vida parece tão simples e colorida nas redes sociais? Casais são realizados, a família é unida e é fácil atingir o sucesso. Trata-se de uma imagem que vende e atrai muitos seguidores, mas que nem sempre é real.
A grande questão é que tanto a pressão social quanto a ilusão das facilidades virtuais têm levado muitos a focarem exclusivamente na realização dos próprios desejos e a sacrificarem seus princípios e valores pela felicidade imediata, mas momentânea. Essas escolhas não revelam apenas o desejo que existe no íntimo, mas também o que ela realmente valoriza. Assim, enquanto os olhos de muitos estão focados nas conquistas materiais, o que é eterno tem sido deixado de lado.
O que é mais importante?
Valorizar o que é passageiro não é uma característica do mundo atual. A Palavra de Deus traz como exemplo a trajetória do povo hebreu. Escravizado no Egito, o povo escolhido por Deus sofreu por 430 anos, até que Moisés foi escolhido por Ele para libertá-lo. A saída da condição de miséria rumo à Terra Prometida foi marcada por uma série de demonstrações do poder do Criador, como as dez pragas e a abertura do Mar Vermelho.
Apesar de os hebreus terem visto uma série de milagres, eles ainda não tinham conhecido a Deus verdadeiramente e, por isso, não confiavam nEle e murmuravam. Reclamavam por falta de pão (mas Deus lhes enviou carne e maná), discutiam pela falta de água e até desejavam ter ficado na escravidão, demonstrando total falta de fé no que Deus poderia fazer.
Essas demonstrações de verdadeiro desprezo ao Criador chegaram ao ápice quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber instruções de Deus, como os Dez Mandamentos, e, ao descer, se deparou com o povo adorando a imagem de um bezerro de ouro. “O povo de Israel valorizava mais o momento, a comida e queria que a conquista da terra acontecesse logo”, explicou o Bispo Adilson Silva à Folha Universal. “Esse erro trouxe como consequência não entrar na Terra Prometida. A geração que saiu do Egito morreu no deserto e os seus filhos alcançaram essa promessa”, complementou.
Outro resultado desse comportamento foi a decisão de Deus de não andar mais junto ao povo, como está escrito em Êxodo 33.2-3: “E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus, a uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de dura cerviz…”. Moisés, no entanto, afirmou: “Se a tua presença não fores conosco, não nos faças subir daqui” (Êxodo 33.15). O Bispo Adilson comentou esta passagem: “se Moisés tivesse focado apenas na conquista da Terra Prometida e a Presença de Deus não fosse importante, ele teria aceitado. Mas Moisés não aceitou e demonstrou que para ele a Presença de Deus era mais importante do que a conquista material. Isso nos deixa uma lição extraordinária: não podemos nos contentar com as conquistas deste mundo, desta vida. Temos que valorizar a Presença de Deus, que hoje é o batismo com o Espírito Santo”.
Na prática, quem prioriza o Espírito Santo não o faz apenas por meio de palavras, mas de atitudes. “A pessoa sacrifica a sua vontade para fazer a Vontade de Deus e deixa de viver de acordo com o que quer para viver segundo as Escrituras”, destacou o Bispo. Essa decisão impacta a pessoa internamente. Ela muda seu comportamento, seu olhar, sua forma de pensar, passa a ser guiada por Deus e, dessa forma, inevitavelmente, o exterior também é influenciado.
Ajustando o foco
Muitas pessoas confundem o fato de frequentar uma igreja com o de ter um relacionamento com Deus. Todos aqueles que se entregaram ao Criador priorizam ir à Casa dEle, mas nem todos praticam os ensinamentos. E eles correm um grande risco de fazerem escolhas que trarão ainda mais sofrimento.
Foi o que aconteceu com a analista comercial Bruna Facella Pimentel, (foto abaixo) de 30 anos. Ela cresceu frequentando a Universal, ouvindo a Palavra de Deus e participando de um grupo evangelístico. Por conta disso, ela achava que tinha tido um encontro com Deus, mas, na verdade, sua vida estava baseada apenas em uma sensação de bem-estar. “Eu priorizei a minha vida amorosa e me envolvi com uma pessoa, mesmo não sendo o momento, dentro da igreja. Com exceção da minha mãe, ninguém se opôs, pois parecia que eu estava em comunhão com Deus e o rapaz também”, relata.
Alguns detalhes apontavam que Bruna não estava bem espiritualmente: “eu pegava vários votos, passava pelo Altar e fingia que os estava cumprindo, mas não tinha compromisso com Deus”. Apesar disso, a sensação de bem-estar a sustentava, mas um acontecimento em sua família abalou sua estrutura. “A minha avó, que me levava para a igreja, faleceu e nasceu dentro de mim uma repulsa por Deus. Eu me revoltei contra Ele e não aceitava a morte dela”, relembra.
Em paralelo à sua perda, Bruna, segundo conta, viu que o relacionamento amoroso foi se deteriorando e ela se apaixonou por um colega de trabalho. “Troquei seis por meia dúzia. Entrei nesse relacionamento e fui morar com o rapaz em pouco tempo para fugir da casa da minha mãe. Minha vida financeira não progredia, passei a ter muitos problemas de saúde e descobri que estava com pedra na vesícula. Eu sentia febre, dor de cabeça e de garganta todas as semanas, além dos problemas psicológicos”, descreve.
Um dia ela sentiu desejo de voltar para Deus, mas havia muitas barreiras. “Eu ainda morava com aquele rapaz e fazia dele o meu altar, o meu tudo. Perguntei se ele queria se casar e regularizar a nossa situação e ele não quis. Então, decidi ir embora, passei por cima do meu orgulho e voltei para a casa da minha mãe.”
Com relação à fé, Bruna, então, recomeçou do zero, passou a orar e a fazer votos pessoais, até que começou uma campanha da Fogueira Santa. “Eu fiz um voto com Deus de me entregar de verdade e falei que, se Ele não me desse uma chance nem o Espírito Santo, era melhor que me matasse, pois não fazia sentido eu viver uma vida só aplaudindo o testemunho dos outros”, relata. E, assim, ela intensificou sua busca por Deus.
Ela conta como reagiu quando O recebeu: “eu passei a ter paz e a dormir bem. Meus problemas de saúde acabaram e nasceu dentro de mim o desejo de levar o que eu tinha recebido a todos”.
Hoje, olhando para trás, ela destaca que, enquanto o seu foco foi alcançar a realização no amor e a prosperidade, sua vida estava estagnada, mas, ao colocar Deus em primeiro lugar, ela passou a ter confiança de que Ele a guiaria. “Eu comecei a trabalhar na minha área e depois migrei para outra profissão e tenho me desenvolvido. Além da área espiritual, meu contato com a minha família foi transformado. Hoje todos notam minha transformação”, conclui.
Fruto do Altar
Enquanto a Palavra de Deus propõe a disciplina e a ordem, o mal atrai as pessoas com propostas que à primeira vista são mais prazerosas, mas trazem consequências negativas para quem as adota. Aos 18 anos, Rodrigo Ferreira de Oliveira, (foto abaixo) empresário que hoje tem 30 anos, escolheu aceitar as propostas do mundo. “Por causa da minha família, tive a oportunidade de crescer com os ensinamentos de Deus. Mas, quando jovem, eu quis conhecer o mundo. Apesar de participar das reuniões na Universal, eu já não prestava mais atenção na Palavra e tive o meu primeiro contato com a pornografia”, relembra.
Assim, na visão de Rodrigo, as coisas de Deus tinham perdido o valor e o seu tempo passou a ser dedicado a festas e relacionamentos. “Comecei a namorar, me afundei na pornografia e saía de casa escondido.” O que começou como diversão, com o passar do tempo, ganhou outra configuração: “tive vários relacionamentos malsucedidos e não conseguia ficar muito tempo com ninguém. Além disso, não gostava do meu trabalho e tinha um grande medo de morrer, porque eu sabia que, se eu morresse naquela condição, iria para o inferno”.
Em 2017, Rodrigo recebeu um convite para sair do Rio de Janeiro e trabalhar em São Paulo. Sozinho na capital paulista, ele decidiu voltar a participar das reuniões na Universal. “Eu ainda fazia tudo do meu jeito, andava com pessoas erradas e assistia pornografia. Até que um dia, ao sair de uma casa de prostituição, me senti podre e sujo. Entendi que eu não tinha sido criado para aquilo e decidi me entregar a Deus”, afirma.
Ele conta que foi à igreja no dia seguinte e as dificuldades que enfrentou: “não foi fácil, tive falta de ar na rua e parecia que eu ia morrer. Quando cheguei na igreja, só consegui dizer ‘eu aceito’ para Deus. Ali, pela primeira vez, tive a certeza de que Deus estava vivo”. Algum tempo depois, Rodrigo soube que na mesma época sua mãe tinha feito um voto em uma Fogueira Santa para que ele retornasse à fé. “Quem me trouxe de volta não foi um convite ou um familiar, mas um voto no Altar”, destaca.
O recomeço foi marcado pela libertação da pornografia, do afastamento de pessoas que estavam ligadas ao seu passado e ao pedido de perdão àqueles com quem ele teve problemas. “Comecei a me envolver com pessoas da fé e a manter meus pensamentos ligados a Deus. Fiz um Jejum de Daniel fora de época e tudo que estava ao meu alcance, como jejuar e ler a Bíblia”, revela.
Foi em uma campanha da Fogueira Santa que Rodrigo viu a oportunidade de ter a vida realmente transformada. “Eu ainda tinha problemas no trabalho e não tinha um relacionamento amoroso, mas foquei no Espírito Santo. Coloquei minha vida e minha vontade no Altar e foquei nas coisas de Deus. Uma semana depois, fui batizado com o Espírito Santo”, declara.
A partir daí, as mudanças começaram a acontecer de dentro para fora. “Eu passei a ter paz e certeza da Salvação. Em seguida, Deus foi acrescentando o que eu precisava. Ele me deu uma esposa e um casamento abençoado. Hoje tenho minha empresa na área de marketing e tecnologia e meus pais se tornaram meus amigos. Deus fez tudo novo, inclusive o que eu imaginava que fosse impossível”, conclui.
Invertendo as prioridades
A infância da tecnóloga em radiologia e professora universitária Thaynara Alves de Carvalho Passos, (foto abaixo) de 31 anos, foi marcada por muitas privações.
“Vendíamos o que tinha em casa para pagar o aluguel”, relembra. Essa situação despertou nela desde cedo o desejo de prosperar e esse foi seu foco por muitos anos. “Com 15 anos, firmei um propósito com Deus na Universal, mas meu objetivo era alcançar a prosperidade. Participei de muitas Fogueiras Santas, mas nada acontecia”, afirma.
Ela ressalta que a obediência não era sua prioridade e isso se refletia não apenas no exterior, mas também em seu interior. “Enquanto minha mãe saía para trabalhar, eu tinha crises de ansiedade e de pânico, depressão, angústia e ficava muito abalada.” Sem vontade de viver, ela buscou ajuda e passou a lutar primeiro por si mesma. “Passei a ir sozinha à igreja todas as quartas e sextas-feiras para me libertar de tudo que estava me fazendo mal. À medida que fui passando por esse processo, deixei de lado todos os problemas que eu tinha para focar no Espírito Santo. Eu entendi que Ele me guiaria para resolver o restante”, relata.
Thaynara comenta que a mudança começou com a decisão de priorizar a Deus. “Eu resolvi me entregar no Altar. Mais do que entregar um valor monetário, eu passei a fazer sacrifícios espirituais. Eu orava de madrugada, limpava a igreja, evangelizava e me doava completamente para Deus.
Até que em uma Fogueira Santa eu subi no Altar com meu voto e minha vida. Pouco tempo depois, durante uma vigília, o Espírito Santo veio sobre mim”, conta.
Esse momento foi marcado pela certeza da Salvação e pela segurança de que tudo estava no controle de Deus. “Houve uma mudança na minha vida da água para o vinho. Meu semblante mudou e dentro de mim surgiu a paz e a força para vencer todas as situações. Os problemas continuaram, mas eu era outra pessoa. Eu consegui dar força para minha mãe e ser luz dentro de casa. A angústia acabou e passei a ser serena e a ter o desejo imenso de levar o Senhor Jesus a outras pessoas”, comenta.
Ela diz que as coisas começaram a caminhar de forma natural. “Fiz faculdade e hoje atuo na área em que me formei. Sou empreendedora na área da educação, tenho um casamento feliz e alcancei a verdadeira prosperidade”, salienta.
Um bom tempo já passou desde então, mas as conquistas não ocuparam o espaço do relacionamento com Deus e esse é o segredo para a manutenção da fé. “O Espírito Santo está sempre em primeiro lugar na minha vida. Sem Ele, eu não teria conseguido chegar até aqui e manter a minha Salvação. Ele é a minha rocha, minha sabedoria e minha decisão”, encerra.
A prioridade da sua vida
Por meio dos relatos anteriores é possível entender que nenhum problema ou sonho pessoal supera a necessidade que o ser humano tem do Espírito Santo. Muito mais do que realizações, a Presença de Deus nos traz certezas, principalmente a da Salvação. E, por meio desse relacionamento com o Criador, o ser humano é capacitado para viver de acordo com o propósito divino, assim como aconteceu com Moisés.
“Quando há um relacionamento com Deus, você é capacitado para uma obra. Moisés não se considerava em condições de atender o pedido divino, mas Deus o capacitou”, explicou o Bispo Adilson. Para isso, porém, foi necessário que ele abrisse mão do passado: “Moisés renunciou às riquezas do Egito para poder servir a Deus e ao propósito divino”, completou o Bispo.
Deus tem tudo que o ser humano precisa para ter uma vida com abundância. Aqueles que têm como prioridade a realização pessoal podem até crer em Seu poder, mas, assim como o povo hebreu, em algum momento se deixarão levar pelas murmurações e acabarão se corrompendo e abrindo mão da eternidade. Mas os que permanecem até o fim verão o cumprimento de Suas promessas.
A Fogueira Santa do Monte Sinai – que acontecerá em todos os templos da Universal – será um período em que todas as conquistas, sonhos e metas deste mundo serão colocados em segundo lugar, para que se dê prioridade à Presença de Deus. Assim como não se aceita viver em meio aos problemas, também deve haver uma revolta dentro daqueles que apenas ouvem falar de Deus, mas nunca vivenciaram uma experiência com Ele. “A pessoa que tem a visão espiritual não aceita ficar sem a Presença do Espírito Santo, pois é Ele quem nos guia para o Céu, para a Salvação”, conclui o Bispo Adilson. Tendo em vista o que realmente está em jogo, a pergunta é: o que tem mais valor para você?