Quando apenas frequentar a igreja não basta

Saiba como Starry Cavalcante recomeçou sua vida e deixou o sofrimento para trás

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Em Tocantins vive a estudante de enfermagem Starry Cavalcante, de 30 anos. Ela conta que cresceu em um lar onde presenciou muitas brigas e agressões físicas entre os pais, até que eles se separaram quando ela tinha 8 anos. Depois disso, as brigas passaram a ser entre ela e a mãe. “Eu apresentava sinais de depressão desde a infância e tinha momentos de agressividade. Na adolescência, fui muito rebelde, sentia um enorme vazio e a sensação de estar sozinha no mundo”, diz.

Ela afirma que começou a namorar muito cedo, pois procurava alguém que a amasse e lhe oferecesse proteção. “Cheguei a me relacionar com homens casados. Nada dava certo em minha vida, nem na área familiar, nem na amorosa, tampouco na vida financeira e profissional”, lembra, acrescentando que não acreditava que poderia ter uma vida digna. “Aos 20 anos, engravidei de um parceiro, mas o relacionamento não deu certo. Passei a criar minha filha com a ajuda da minha mãe, o que potencializou as brigas em casa”, expõe.

Naquela época, ela explica que frequentava a Universal, que havia conhecido quando tinha dez anos, mas lhe faltava o principal, o Espírito Santo. Por essa razão, Starry não permaneceu na fé. “Eu queria que as coisas dessem certo para mim do meu jeito. Ainda grávida, decidi me batizar nas águas, o que me trouxe esperança e alívio. Cheguei a ser levantada obreira, mas não tinha o Espírito Santo e, por isso, não tinha força para superar as dificuldades. A falta de entendimento me levou a deixar de alimentar o meu espírito, minha carne prevaleceu e eu caí em pecado e saí da Obra”, detalha.

Aos 23 anos, buscando uma oportunidade de trabalho, ela se mudou de Pium, no interior de Tocantins, para a capital, Palmas, mas as coisas não saíram como o esperado. “Vim para Palmas e chegando aqui procurei emprego, mas não conseguia ser contratada. No desespero, cheguei a sair com um homem que me ofereceu dinheiro. Aceitei isso para comprar remédios para a minha filha. Ele me sequestrou e me levou para um lugar de mata, onde me ameaçou. Pensei que fosse morrer e lamentei que minha filha seria criada sem mãe, mas recebi o livramento Divino, mesmo sem me achar digna disso. A partir de então, passei a pensar em suicídio.”

Ao se lembrar das pregações que ouvia na Universal, Starry decidiu retornar à igreja e buscar ajuda. “Recorri a Deus, me batizei nas águas e por um tempo estive firme na fé. As coisas começaram a andar, eu fui contratada em um emprego e passei a ter condições de cuidar da minha filha. No trabalho, conheci o homem que depois se tornaria meu marido e, mais uma vez, caí em pecado e me afastei da igreja. Nós fomos morar juntos, minha filha, eu e ele, mas o vazio crescia cada vez mais dentro de mim. Eu dava mau exemplo para minha filha com minhas atitudes, era extremamente nervosa, saía para beber para tentar preencher o vazio e meu relacionamento estava destruído”, recorda.

Ao ouvir da filha, hoje com 9 anos, que ela sentia uma “grande tristeza”, Starry percebeu que a menina estava reproduzindo o que ela vivera. Depois de despertar para o problema, ela voltou para a casa de Deus em 2022. “Dessa vez foi diferente, pois voltei para ficar. Eu me batizei nas águas e no mesmo mês e, com minha entrega total, recebi o Espírito Santo”, diz.

Desde então, ela mantém uma vida com Deus. “Hoje sou feliz com Jesus, tenho um casamento abençoado, não sou mais amargurada e depressiva. Agora dou bom exemplo para minha filha, estou concluindo a faculdade de enfermagem e Deus tem me abençoado a cada dia”, finaliza.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Cedida