Quarentena eleva desemprego para 12,6% dos brasileiros
Economia sofre com a pandemia. Os pobres são os mais afetados
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou na última quinta-feira (28) o número atual de desempregados no Brasil. A taxa de desemprego chegou a 12,6% no trimestre encerrado em abril.
No trimestre encerrado em janeiro, essa taxa havia sido de 11,2%. Conforme explicou o IBGE, o índice de desemprego subiu tanto nos últimos meses, devido ao afastamento social imposto para o combate à pandemia de COVID-19.
Ao todo, 4,9 milhões de postos de trabalho foram fechados entre fevereiro e abril. Infelizmente, os mais pobres são os mais afetados:
– 1,2 milhões desses postos fechados foram em comércios;
– 885 mil estavam na construção civil;
– 727 mil vieram dos serviços domésticos.
A quantidade de brasileiros que trabalham com carteira assinada também caiu bastante, chegando ao menor índice registrado no país: 32,2 milhões de pessoas.
Segundo o IBGE divulgou no final de fevereiro, o País tinha 38 milhões de trabalhadores informais na época. Além de 12,2 milhões de desempregados que dependiam de trabalhos diários (famosos “bicos”) para se sustentar. Com a pandemia, quase todas essas pessoas perderam o ganha-pão.
Vale lembrar que o Brasil possui mais de 105 milhões de pessoas entre 20 e 59 anos de idade; e conta com o trabalho dessas pessoas para o crescimento da economia.
Reflexo no PIB
Tamanha taxa de desemprego tem reflexo direto no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Afinal, esse índice é a soma de toda a riqueza produzida na região. Quanto menos pessoas estão trabalhando, menos o País arrecada para arcar com suas despesas e realizar investimentos.
Entre janeiro e março, o PIB brasileiro caiu 1,5%. A maior queda desde o primeiro trimestre de 2015 (-2,1%).
Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração da economia foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. Ademais, a indústria também produziu menos riqueza (-1,4%).
Esses números são extremamente preocupantes para todos os brasileiros, pois pode levar o País a uma crise econômica ainda maior. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, divulgou há duas semanas uma nota de temor afirmando que a dívida nacional pode chegar a 90% do PIB brasileiro. Clique aqui e leia mais sobre o assunto