Quem é a Universal diante da calamidade?
Cidades inteiras submersas por enchentes, comunidades afetadas e milhares de desabrigados e necessitados: esse é o cenário de catástrofe que desfigurou o Rio Grande do Sul. Enquanto a tragédia chama a atenção, há quem se coloque no lugar do outro
Os olhos do mundo se voltaram para o Rio Grande do Sul com imensa preocupação e pesar. Cenas que ocorreram ali estamparam capas dos noticiários internacionais, como as do The Wall Street Journal e do Washington Post, e comoveram o Brasil. Desde 27 de abril, as cidades gaúchas estão sendo assoladas pelas chuvas, que atingiram um volume avassalador a partir do dia 29. As primeiras mortes foram confirmadas na terça-feira, dia 30. Desde então, o Rio Grande do Sul amarga sua maior tragédia climática.
Até o fechamento desta edição, um relatório divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul em 13 de maio registrava mais de 2,1 milhões de pessoas afetadas e 147 óbitos confirmados. Quase 80 mil pessoas tiveram que se refugiar em abrigos, mais de 538 mil pessoas ficaram desalojadas, 806 feridas e 127 desaparecidas. Dos 497 municípios gaúchos, 447 foram afetados. Em menos de um ano, o Rio Grande do Sul sofreu dez eventos com chuvas extremas entre junho de 2023 e maio deste ano.
FÉ EM MEIO À LAMA
Enchentes que submergiram cidades, milhares de desabrigados e necessitados compõem um cenário catastrófico, que desfigurou o Rio Grande do Sul. E, se há muito a fazer, é preciso ação. Em meio às águas, à lama e à dor, a Universal e seus membros estão ainda mais presentes para levar amparo espiritual, social e humanitário.
Ao longo da Meditação Matinal do dia 10 de maio, o Bispo Edir Macedo afirmou que “o que temos assistido é algo realmente assombroso e jamais imaginaríamos que aconteceria uma coisa dessas. Mas não vamos olhar para o que aconteceu e, sim, como podemos estender as mãos para essas pessoas”. O Bispo mencionou que “todos nós temos orado em favor desse povo sofrido no Rio Grande do Sul”; porém, só a oração não é suficiente, pois “as pessoas têm fome, têm sede. Então, temos que conjugar a Fé inteligente com aquilo que as pessoas necessitam. Jesus fala disso no texto de Mateus 25.34-40”. O Bispo declarou que “esse é o trabalho da Igreja Universal do Reino de Deus: quando a pessoa tem uma Fé no Espírito, ela pensa no seu semelhante. (…) Nós estaremos lutando por essas pessoas para aliviar o sufoco que estão passando”.
À Folha Universal, o Bispo Guaracy Santos, que está à frente do trabalho evangelístico do Rio Grande do Sul há cinco anos, disse que o que se vê “não é calamidade, é tragédia mesmo” e destaca que está no cerne da Universal estender a mão a quem precisa. “Desde o seu início em 1977, a Universal é pioneira no trato com pessoas. Nossos pastores estão no meio do povo no dia após dia e muito mais nesta situação. Passamos o dia inteiro nas ruas, resgatando pessoas e as alimentando”, declara. Ao todo, há 321 templos da Universal espalhados pelo Rio Grande do Sul, sendo que cerca de 10% foram afetados pelas chuvas.
Por mais que o panorama atual seja de incertezas, o Bispo enxerga a possibilidade de que as pessoas encontrem forças e superem as tragédias. “A força para se erguer e se reconstruir só vai ser encontrada em Deus, pois o estrago interior que isso causa é pior do que o exterior”, observou. Ele ainda compartilhou uma reflexão que vale para qualquer pessoa: “temos que estar prontos para tudo e não devemos colocar o coração em nada. Quem precisou sair de casa às pressas, por exemplo, não teve tempo para levar quase nada”.
A IGREJA FORA DA IGREJA
Segundo o Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal (UniCom), entre 1o. e 10 de maio, por meio da campanha SOS Chuvas Rio Grande do Sul, “cerca de 18 mil voluntários conseguiram ajudar os habitantes de 334 municípios, como Bento Gonçalves, Guaíba, Lajeado e Encantado, com doações de 39,2 mil marmitas, 125 mil garrafas de água, 54,8 mil lanches, 18,3 mil kits de higiene, 8,5 mil cobertores; além de 24,5 toneladas de alimentos distribuídos em áreas secas”.
O Pastor Jefferson Mesquita, responsável pelo Unisocial do Rio Grande do Sul, conversou brevemente com nossa reportagem enquanto se locomovia em um barco para realizar o resgate de uma senhora de 72 anos. Ele contou que todos os voluntários estão se empenhando em socorrer as famílias ilhadas. “Nossa equipe de voluntários está direta e indiretamente envolvida.” Muitos deles, vale ressaltar, também lidam com as próprias perdas.
Enquanto a sede da Universal em Porto Alegre segue interditada pela enchente, as igrejas nos bairros de Azenha, Hípica e Partenon se tornaram centros solidários e recebem doações. Desde então, os templos da Universal em outros Estados, como São Paulo, Paraná e Santa Catarina, também se mobilizaram e se tornaram pontos de coleta e recebem alimentos não perecíveis, água mineral e itens de higiene. Para participar desse movimento Universal, basta procurar a Igreja mais próxima. Ou, se preferir, você pode ajudar por meio do aplicativo portal Universal.
*Colaborou: Luciana de Oliveira