Quem faria o que Deus fez?
A Páscoa é um lembrete do maior e mais profundo amor de Deus e, por isso, deveria ser o período mais importante para a Humanidade, inclusive ainda pode ser para você. Entenda como tornar isso possível
A Páscoa deve movimentar mais de R$ 3,4 bilhões neste ano. Segundo uma projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento das empresas ligadas ao setor deve ser 4,5% maior do que o registrado no mesmo período em 2023. Os números mostram que a Páscoa é rentável e por isso é uma das datas comemorativas mais divulgadas pelo comércio. Entre os meses de março e abril, os ovos de chocolate tomam as prateleiras, enquanto o verdadeiro sentido da Páscoa costuma passar despercebido.
A palavra “Páscoa” tem raízes no termo hebraico “Pêssach” e significa passagem. O evento é descrito pela primeira vez no segundo livro da Bíblia – Êxodo – e marca a libertação do povo de Israel da escravidão. Antes da décima praga cair sobre o Egito, Deus orientou que as famílias separassem um cordeiro macho, com um ano e sem defeito. O animal serviria de alimento para os lares e o seu sangue deveria ser passado nos umbrais das portas para que os primogênitos fossem protegidos do anjo da morte.
Desde então, os judeus comemoram a Páscoa em memória da libertação e da nova vida que o povo hebreu recebeu. “O cristianismo abraçou a Páscoa porque essa cerimônia ocorrida no Egito, na verdade, apontava para o cordeiro que Deus sacrificaria séculos mais tarde: o Filho dEle”, comentou o Bispo Renato Cardoso em um episódio do programa Inteligência e Fé. “O Senhor Jesus veio ao mundo como um cordeiro perfeito – sem pecado –, foi sacrificado e aqueles que marcam suas vidas com o sangue dEle estão livres do espírito da morte. Esta é a Páscoa cristã”, completou o Bispo.
A morte que gerou vida
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Como lemos nas Escrituras Sagradas, Jesus veio à Terra com um único propósito: salvar. Assim, sua morte e ressurreição não aconteceram por acaso, mas porque faziam parte do plano de Deus para a Humanidade. Essa seria a única forma de livrar as almas da morte eterna. Quem mais faria isso?
O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas, apesar de viver em meio à perfeição do Jardim do Éden, ele deu ouvidos ao diabo e passou a carregar em seu interior uma natureza pecaminosa. No Antigo Testamento, Deus orientou que animais fossem sacrificados para que as pessoas tivessem seus pecados perdoados, contudo tal ritual teve fim depois do sacrifício de Jesus em nome de todos, registrado em João 1.29: “…Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
Quando viveu como homem na Terra, Jesus ensinou e fez inúmeros milagres. Apesar de ter vindo para salvar a todos, apenas alguns realmente creram nEle e tiveram suas vidas transformadas. Muitos outros, no entanto, apenas se aproveitaram do Seu poder ou até ignoraram Sua essência divina e o crucificaram, que era a forma usada para punir os crimes mais terríveis na época.
Mesmo sem pecados, sua morte foi precedida por muita humilhação e sofrimento, iniciados pelos religiosos da época, tal como está escrito em Mateus 27.41-42: “(…) também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo diziam: Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se”. O episódio da morte de Jesus foi marcado por tanta dor que Ele até questionou o fato de Deus tê-Lo desamparado (Mateus 27.46). Profetizando sobre esse dia, Isaías afirmou: “O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro” (53. 7).
Mas o que parecia estar perdido aos olhos humanos, com a morte de Jesus na cruz, ganhou outro contorno quando Ele disse: está consumado. Ali, a Sua entrega resultou no fim das barreiras entre Deus e o ser humano. “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21). A morte de Jesus mexeu com os céus e com a terra, conforme observou o Bispo Renato: “houve terremoto, o céu escureceu e houve trovões. Ali foi quebrada a aliança com o mal e todos os que creem nEle estão livres, como o povo de Israel se libertou do Egito”. Ele destaca ainda que para ter direito à Salvação e a esse amor incondicional de Jesus é preciso crer, obedecer e perseverar.
“Depois da saída do Egito, Faraó ainda perseguiu o povo hebreu, que também enfrentou o deserto antes de chegar à Terra Prometida. A maioria do povo pereceu no deserto por falta de perseverança. Assim também ocorre nos dias de hoje. O fato de o Senhor Jesus ter vencido na cruz não significa que automaticamente seremos salvos. Seremos salvos se crermos nEle e mantivermos a nossa caminhada por esse deserto até a chegada à Terra Prometida, que será a vida eterna”.
A grande oportunidade
Dessa forma, a Páscoa nos lembra que, independentemente dos erros e das dores do passado, é possível recomeçar. Quem crê no sacrifício do Senhor Jesus na cruz e em Sua ressurreição, tem seus pecados lavados pelo sangue do Cordeiro de Deus e recebe uma nova vida. Mesmo que você já tenha ouvido que seu erro não tem perdão ou até que seus pensamentos lhe digam que não há mais jeito para você, Deus promete o perdão e a transformação na vida daquele que verdadeiramente se rende a Jesus.
O Criador fez a parte dEle – muito dolorosa, por sinal –, que foi entregar o Seu Filho pelos nossos pecados. Agora cabe a cada um aproveitar a oportunidade e entregar a própria vida para ter direito a algo muito maior: a vida na eternidade com Ele.
O valor do sacrifício
Ingrid Delgado Cassiano, (foto abaixo) confeiteira de 27 anos, cresceu recebendo o conhecimento do mundo espiritual, mas sua vida tinha a marca da destruição. “Eu cheguei a ser apresentada a uma entidade espiritual e fazia sacrifícios, mas na minha casa não existia paz. Minha mãe era muito agressiva e na infância desenvolvi depressão e tinha pensamentos constantes de suicídio”, relembra.
Os desentendimentos familiares a levaram a ir morar com o pai. “Ele já frequentava a Universal e chegou a me levar a algumas reuniões. Eu, porém, não me firmei na fé. Fui morar com a minha avó e passei a viver do meu jeito. Conheci as drogas, as bebidas, a prostituição e saía com homens casados. Resumidamente, minha vida virou uma bagunça, até que fui ameaçada de morte por um namorado que descobriu uma traição”, conta.
O risco de morrer gerou um conflito em Ingrid, como ela relata: “de um lado, uma voz me dizia que eu me matasse para que eu não sofresse e, do outro, eu ouvia que ainda tinha jeito para mim. Foi quando eu lembrei da paz que sentia na Igreja e na mesma hora fui até lá para me consertar com Deus”.
A decisão dela foi tomada com base no medo e até a livrou da morte naquele momento, mas, quando o risco passou, ela retrocedeu e revela como agiu: “eu fiz pior. Enchi meu corpo de tatuagens, usei mais drogas ainda e me afundei de vez”.
Mesmo em meio aos altos e baixos de Ingrid, o pai dela lutava por ela usando sua fé e constantemente fazia convites para que ela fosse a uma reunião na Igreja. “Nessa altura, eu já estava morando com meu atual marido e queríamos fazer o relacionamento dar certo. Contudo, sozinhos, não estávamos conseguindo. Foi quando decidimos levar a sério a nossa fé. Nos batizamos, nos entregamos no Altar como nunca e tivemos nossa experiência com Deus”, afirma.
A especialidade do Criador mais uma vez se comprovou e aconteceu uma restauração completa. “Recebemos uma nova chance, um novo casamento e uma vida de paz. Temos nosso próprio negócio e estamos avançando. E, hoje, tenho consciência de que a minha Salvação veio do amor de Deus e de Sua misericórdia. Sacrifiquei por muito tempo para entidades espirituais, mas Jesus se sacrificou por mim e, quando entendi o valor dessa atitude, minha vida tomou outro rumo”, conclui.
Marcado por abusos
A transformação na vida daquele que crê no Senhor Jesus como seu Salvador é tão grande que supera qualquer tentativa de mudança que a pessoa possa tentar fazer por conta própria. Aritanio de Santana dos Santos, (foto abaixo) auxiliar de manutenção de 47 anos, nasceu em uma família desestruturada. “Meu pai era viciado em bebida, cigarro e prostituição. Minha mãe, por sua vez, queria tanto salvar o casamento que não dava a atenção necessária aos filhos”, relembra.
As agressões e brigas frequentes fizeram com que Aritanio passasse a se sentir rejeitado pelos próprios pais. “Eu me sentia isolado até das crianças da minha idade e, em busca de atenção, comecei a me aproximar dos adultos. Foi assim que fui apresentado a revistas pornográficas e, com nove anos, sofri o primeiro abuso. Depois disso, comecei a sentir desejo por homens”, explica.
Essa mudança que aconteceu com Aritanio o fazia querer ficar mais próximo de outros rapazes, o que o deixou ainda mais vulnerável à violência. “Até os 14 anos passei por uma série de abusos sexuais dentro da minha casa, tanto por parte de parentes próximos quanto de vizinhos. Era um verdadeiro inferno. Decidi, então, sair da casa dos meus pais e mudei para São Paulo”, diz.
A troca de cidade em busca de uma vida melhor foi na verdade uma tentativa de fugir de todo o sofrimento interno e externo. Os problemas, porém, o acompanharam e, pior, se intensificaram. “Eu me tornei viciado em pornografia e, para me preencher, comecei a ir a paradas GLS e a casas noturnas voltadas a esse público. Também era viciado em bebidas e cigarro e passei a me prostituir”, comenta.
Aritanio revela que, na época, a tristeza era profunda e as marcas do passado atormentavam seu presente. Em busca de alívio para a alma, ele passou a servir aos espíritos, o que aumentou ainda mais seu sofrimento. Foi então que ele recebeu um convite para participar de uma reunião na Universal. “Quando ouvi sobre a nova vida que Jesus poderia me dar, fui radical. Obedeci e coloquei em prática tudo que aprendi com a Palavra de Deus. Cortei amizades, deixei de frequentar os lugares que ia e passei a priorizar a minha vida espiritual. Fui mais à igreja, fiz propósitos, jejuns, orações e tudo para ter o Espírito Santo”, conta.
Obedecer à Palavra de Deus já provocou uma série de mudanças tanto em seu interior quanto nas demais áreas de sua vida, mas o recebimento do Espírito do Próprio Deus o tornou Filho dEle. Ele compartilha sua experiência: “antes de conhecer o Senhor Jesus, minha vida era um fracasso completo em todas as áreas e, após receber o Espírito Santo, houve uma transformação de dentro para fora. Hoje não tenho vícios, tenho condições de ajudar pessoas que estão tão perdidas quanto eu estava e casei com uma mulher de Deus. Recebi uma nova chance”, finaliza.
A oportunidade bate à porta
É possível perceber que o Senhor Jesus não se sacrificou na cruz apenas pelos seus discípulos ou por aqueles que são sábios, ricos ou supostamente “certinhos”. O sangue derramado por Ele foi para salvar todos aqueles que creem, estejam eles perdidos, aflitos, vivendo no erro ou mesmo cheios de traumas. Cabe a cada um, no entanto, se submeter humildemente a Ele.
O fato é que Jesus está pronto para viver com aqueles que são humildes, como Ele mesmo diz em Apocalipse 3.20: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. O Bispo Renato explica essa passagem: “veja que o Senhor Jesus fica à espera de que as pessoas abram a porta de sua vida para Ele (…)”. Então, que tal deixar as tradições de lado, refletir sobre o verdadeiro significado da Páscoa e tomar uma decisão a respeito da sua vida? O momento é agora.