Quem poderá enfrentar a inveja?

Até o mês de outubro, as sextas-feiras na Universal serão de combate a esse mal

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Uns a consideram uma bobagem, outros tentam combatê-la com superstições e há quem a classifique entre a “má” e a “branca”, sendo esta última a que não faria mal. A inveja pode até ser motivo de controvérsia, mas a Bíblia enfatiza que onde há inveja também há perturbação e perversidade (Tiago 3.16) e que ela é podridão para os ossos (Provérbios 14.30). O sábio rei Salomão registrou em seus Provérbios que “o furor é cruel e a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?” (Provérbios 27.4).

Apesar dos riscos da inveja, há uma forma eficaz de combatê-la. É por isso que, desde o dia 23 de agosto, em todas as Universal, as sextas- feiras têm sido dedicadas ao combate à inveja. Esse propósito vai até 4 de outubro.

Quem poderá enfrentar a inveja?Em entrevista à Folha Universal, o Bispo Adilson Silva, que conduz as reuniões de libertação no Templo de Salomão, em São Paulo, explica que qualquer ser humano está sujeito tanto a ser invejado como a sentir inveja. E só quando a pessoa está bem com Deus, por meio do Espírito Santo, é que ela tem domínio sobre a inveja, pois somente o Espírito de Deus a capacita para vencê-la.

E não existe essa história de “inveja branca”. A inveja é um desejo de ter o que outra pessoa tem, de ser o que outra pessoa é ou de estar no lugar que outra pessoa está e, em alguns casos, o invejoso quer apenas que a outra pessoa perca o que possui. E, acredite, a inveja é um mal que começou no céu, quando Lúcifer olhou para Deus e desejou usurpar Seu trono.

O primeiro homicídio foi cometido devido à inveja: o ditado popular diz que a “inveja mata” porque Caim matou Abel por inveja. “A verdade é que a inveja é uma energia ruim, é um espírito que precisa ser combatido, pois vai além de um sentimento, de um desejo de querer o que é do outro. Ela é uma energia ruim que é transmitida por palavras e até com um olhar”, diz o Bispo.

Sinais de inveja

“Tudo no mundo se move por algum tipo de energia. Não há nada que tenha vida que não tenha energia. Assim como existe a energia do bem, existe a energia do mal, e a inveja é uma energia má”, enfatizou o Bispo Adilson na primeira sexta-feira do propósito. Por se tratar de uma energia, não é possível ver a inveja, embora ela possa ser transmitida por palavras, ainda que por falsos elogios, e até por um olhar.
Mas como detectar a presença da inveja?

Um dos sinais, segundo o Bispo, “é que as coisas começam a acontecer sem uma explicação” e os problemas saem do modo natural. Por exemplo, a vítima de inveja percebe que, depois de encontrar uma pessoa que manifestou inveja, sua vida começa a travar e tudo passa a dar errado; se ela estava bem de saúde, ela fica mal, e se as coisas estavam progredindo, de repente, seus caminhos ficam trancados.

E, se a inveja causa estragos na vida do invejado, ela gera ainda mais problemas em quem é invejoso. “A pessoa que inveja outra está plantando uma semente ruim e obviamente vai acabar colhendo isso. Vemos que a inveja de Caim provocou a morte de Abel, mas também trouxe sobre ele uma maldição e uma marca que ele carregou por toda a sua vida”, explicou.

Libertação e paz

Quem poderá enfrentar a inveja?O Bispo Adilson reforça que o convite para participar do propósito de sexta-feira não se estende só aos invejados, “mas àquelas pessoas que reconhecem que não têm conseguido dominar o sentimento
de inveja”.

A cada encontro, um tipo de inveja será combatido. Nas três primeiras datas foram atacadas a inveja por fazer algo melhor, a por ser querido(a) e a por ter o que o outro não tem.

Durante as reuniões, os participantes também têm a oportunidade de aprender como blindar a sua vida da ação do mal. Eles recebem ensinamentos práticos para que a paz e a libertação obtidas durante o propósito não sejam perdidas e uma vida plena seja alcançada através da fé e do relacionamento ativo com Deus.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Guilherme Branco