“Queria desistir de tudo, pensei em me aplicar doses de anestésicos fortes”

Durante 12 anos, a pediatra Patrícia Martins Yamada, de 42 anos, conviveu com a depressão. Em uma noite de plantão, enquanto trabalhava, ela descobriu que existia uma saída

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A pediatra Patrícia Martins Yamada, de 42 anos, conheceu o trabalho da Universal em 2008. Formada em medicina pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), há 19 anos, ela conta que foi diagnosticada com depressão em 1997, período em que cursava a faculdade. “Para a maioria era glorioso entrar em uma faculdade pública de medicina, mas, para mim, a alegria durou poucos dias.

Comecei a me entristecer muito em ter de sair de casa e estudar no interior. Eu estava totalmente despreparada emocionalmente para deixar meus pais, minha casa e minha rotina. Isso se tornou um gatilho, embora, claro, também existissem questões internas”, menciona.

EXPECTATIVA
Os pais de Patrícia lhe ofereceram toda a estrutura para permanecer fora e não desistir dos estudos. “Quando a coisa ficou feia, minha mãe foi para Botucatu e me encontrou trancada no escuro e já era meio-dia. Ela me trouxe para São Paulo e passei em consulta com um psiquiatra, que me prescreveu uma formulação para os oito meses seguintes. Eram cerca de três classes de medicamentos psicofármacos. Eu também deveria fazer psicoterapia, mas não aceitei. Aparentemente, fiquei bem depois de alguns meses.”

REALIDADE
O tratamento se prolongou até 2001 e a médica relata que houve recaída. “Cheguei a ser internada para repouso na Santa Casa de Botucatu, pois tive uma nova crise de desespero, de desesperança e de ansiedade”, recorda.

Além da depressão, ela também desenvolveu distúrbios alimentares. “Passei de 60 para 80 quilos. Depois, ao longo do tratamento, cheguei aos 58 quilos. Mantinha sempre um quadro conhecido entre os médicos como distimia, termo usado para alguém com o humor instável, que sempre está triste, infeliz, sem esperanças, e segue tocando a vida sem prazer, sem verdadeira alegria e não vê sentido nela.”

Como médica em formação, Patrícia relata que confiava nos tratamentos farmacológicos. “Eu tomava a medicação e achava que aquilo passaria como uma dor de dente costuma passar, mas não passou. Depois de formada, cogitei que o tratamento não deu certo porque não eu tinha feito psicoterapia e, então, resolvi iniciá-la. Fiz cerca de um ano e meio e não tomei medicação nesse período, mas continuei frustrada. Fiquei assim por 12 anos”, afirma.

Patrícia conta que fez de tudo para tentar se livrar da tristeza. Viajou, comprou carro novo, trabalhou em cinco empregos. “Fiz acupuntura e nada melhorava. Queria desistir de tudo, pensei até em me aplicar doses de anestésicos fortes”, diz.

DEUS E O PLANTÃO
Até que, em um plantão noturno, uma colega enfermeira lhe orientou a falar com Deus, em nome de Jesus, e a contar a Ele tudo que estava lhe acontecendo. “Parecia até brincadeira que, em 2008, eu, toda estudada, ignorava por completo o poder exclusivo do nome de Jesus. Fiz essa oração e, na manhã seguinte, amanheci diferente. Estava bem como não me sentia há anos. Comentei com outros colegas de outros hospitais, sem saber que eles eram cristãos, e eles me orientaram a comprar uma Bíblia com letras grandes, um CD de louvor e a escutar a Rede Aleluia.”

Patrícia descobriu, por meio da rádio, que existiam reuniões voltadas para a cura do corpo e da alma às terças-feiras na Universal e decidiu ir a uma delas. “Depois fui para outra denominação, mas minha libertação ocorreu na Universal. Voltei para a Universal em 2017, a princípio, somente para fazer uma corrente para buscar um avivamento na Fé e renovação da força espiritual. Naquele momento, encontrei respostas e orientações que durante nove anos não havia encontrado. Comuniquei minha saída à liderança da outra denominação evangélica e vim para essa escola espiritual que é a Universal”, detalha.

Hoje, Patrícia diz que entende que somos formados de corpo, alma e espírito. “Temos uma parte interior invisível que se chama alma, que é onde nascem nossas dores. Antes eu nem acreditava que ela existia, mas existe e só pode estar saudável e bem cuidada se buscarmos fazer isso, o que não é feito com só com a farmacologia e a bioquímica. Acreditar nisso foi o meu erro. Não cria que o Deus invisível verdadeiramente existia nem imaginava que Ele se preocupava com os meus problemas internos. Eu achava que conseguiria resolver tudo por mim mesma, com os recursos materiais e científicos, e depois entendi que tudo isso também vem dEle, pois Ele é a fonte de toda sabedoria e ciência.”

Como profissional da área da saúde e como alguém que superou a depressão, Patrícia afirma que é possível vencêla. “Essa cura total existe e é real. Não é para seres especiais, mas para toda pessoa que quiser de verdade. Hoje sou feliz e estou satisfeita com a minha vida. Não ando desesperançada nem desesperada, tampouco busco ajuda em tudo e em todos para me sentir bem. Busco a Deus e Ele me responde.

Quando tive Fé no nome de Jesus naquela noite de plantão, minha história mudou. A Fé me dá a certeza de que o bem-estar espiritual que tenho experimentado aqui permanecerá para sempre”, finaliza.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Arquivo pessoal