Raio mata 16 pessoas que tiravam selfie em local perigoso

Sabendo dos riscos, jovens preferiram tirar fotos a se protegerem

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Dezesseis pessoas morreram atingidas por um raio na cidade de Jaipur (Índia), no último dia 11. De acordo com as autoridades, essas pessoas se colocaram em situação de risco para poderem tirar selfies.

A maioria das 16 vítimas eram jovens. Durante uma tempestade, elas se mantiveram no topo de uma torre de vigia chamada Amer Fort, que é atração turística da cidade. O local é desaconselhado em casos de chuvas fortes, justamente por atrair raios. Para tirar boas fotos, porém, as pessoas se mantiveram ali.

As autoridades policiais indianas explicam que essas pessoas sabiam do perigo que estavam correndo. Isso porque tempestades com raios são cada vez mais comuns no país e matam dezenas de pessoas por ano.

Para diminuir o número de vítimas, o Governo realiza campanhas de conscientização constantemente, explicando que, quando há chuva forte, é necessário se abrigar em locais fechados e baixos. A torre na qual o acidente aconteceu é, evidentemente, alta e aberta, como pode ser vista na imagem abaixo:

selfie

Alta exposição, alto risco

Amar Fort é um dos pontos turísticos mais bonitos da Índia. Fotos tiradas durante uma tempestade de raios nesse lugar, sem dúvidas, conquistaria muitas curtidas nas mídias sociais. Mas por que alguém se colocaria em risco em troca de boas selfies?

A verdade é que as mídias sociais e suas ferramentas, como as selfies, tornaram-se vício para a milhões de pessoas. A escritora Núbia Siqueira explica que “as ‘curtidas’ e os ‘comentários’ provocavam prazer semelhante a comer o doce favorito, ganhar um prêmio ou receber uma soma em dinheiro. Ou seja, há uma liberação de dopamina, e isso provoca um ciclo vicioso como o da droga: quanto mais você usa, mais quantidade seu corpo exigirá para se satisfazer”.

Como todo viciado, o dependente de curtidas e comentários deixa de avaliar bem seus comportamentos e os riscos que está correndo. Daí tirar “só mais selfie” antes de sair de um local que atrai raios passa a ser cogitado.

Conforme explica a escritora, muitas pessoas acreditam que, se não forem vistas nas mídias sociais, não serão “amadas”. A verdade é que as mídias sociais jamais dão amor a qualquer pessoa.

“O propósito que fez a maioria entrar no famoso ‘mundo azul’ se perdeu, pois se tornou uma fonte de angústias, disputas e preocupação com o que postar. Sem contar o medo e o estresse de não ser benquisto, curtido ou bem falado”, afirma ela.

Assim como a cocaína, a bebida alcoólica e qualquer outro vício, a mídia social é apenas um objeto da dependência. O verdadeiro motivo pelo qual o vício existe é espiritual e deve ser investigado e tratado o quanto antes.

Para isso existe o Tratamento Para a Cura dos Vícios, que acontece na Universal e auxilia todos os dependentes a se libertarem de seus vícios. Clique aqui e saiba quando e onde participar.

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Colaborador

Andre Batista / Fotos: iStock e Vyacheslav Argenberg, disponível em Wikimedia