Reações alérgicas: conheça os tipos mais comuns e saiba como agir quando estiver em crise

A doença pode variar de leve a grave e precisa ser contida rapidamente, pois pode causar uma parada cardíaca

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Casos recentes de reações alérgicas chamaram a atenção para a doença que afeta cerca de 35% da população de todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em fevereiro, na cidade de Anápolis, Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, sofreu uma reação depois de cheirar pimenta em conserva. Ela, que é asmática e portadora de uma série de alergias, apresentou falta de ar e queda da pressão sanguínea. Foi levada ao hospital, recebeu atendimento adequado e segue em tratamento das graves sequelas da baixa oxigenação. Já no caso do influenciador digital Brendo Yan da Silva, de 27 anos, a alergia foi alimentar. Ele consumiu bolinhos de camarão e pouco depois sentiu mal-estar e, apesar de tomar antialérgico, os sintomas evoluíram para falta de ar e uma parada cardíaca. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu e faleceu.

Esses exemplos alertam para a gravidade da doença e apontam para a necessidade de ficar atento ao assunto e entender qual a causa, como reconhecer e controlar uma crise alérgica. O primeiro passo é identificar a alergia com a observação dos sintomas e se há reações ao entrar em contato com determinado produto e, com orientação médica, se manter longe dos alérgenos. Também é importante ler embalagens de alimentos e de produtos de limpeza e de beleza.

Na prática, os fabricantes de alimentos já são obrigados a detalhar os ingredientes que compõem os produtos nos rótulos, mas o risco também existe durante refeições fora de casa, já que a pouca informação pode causar o consumo de alérgenos. Outro perigo para esse público é a contaminação cruzada, ou seja, quando há transferência de micro-organismos entre alimentos, superfícies, utensílios ou causada pela pessoa que manipula o alimento. Isso acontece, por exemplo, quando o mesmo utensílio, como uma colher, é usado em duas panelas. Apesar de não fazer mal para a maioria das pessoas, isso pode gerar um problema para os alérgicos.

A médica alergista Juliana Lima diz ainda que as pessoas diagnosticadas com asma devem ter atenção redobrada, pois, normalmente, já convivem com a inflamação nos brônquios ou com rinite, o que pode levar a reações graves mais rapidamente: “pacientes com asma têm sete vezes mais chances de ter um quadro de anafilaxia, ou seja, ter uma reação que afeta mais de dois órgãos”. Ela dá mais detalhes sobre o tema na ilustração ao lado. Acompanhe.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Arte: Edi Edson