A pandemia do novo coronavírus tem causado muitos impactos que refletem diretamente nos hábitos de consumo e comportamento de uma população. A quarentena, por exemplo, estabelecida pela necessidade do distanciamento social, aumentou o consumo de televisão, fortalecendo o meio como um dos principais canais de informação e entretenimento do brasileiro. Em meados do mês de março último, uma pesquisa da Kantar Ibope Media já mostrava que 77% da população via a televisão como o meio mais confiável para se obter informações, especialmente sobre a COVID-19.

Agora, um abrangente levantamento sobre audiência na TV aberta e o comportamento do telespectador no século atual apontou que o total de aparelhos ligados no País cresceu 20%, na comparação entre 2001 e 2020. A informação foi publicada pelo jornalista Ricardo Feltrin, em sua coluna diária num site de conteúdo, e se refere a dados recentes da Kantar Ibope. No texto, o jornalista destaca a atuação da Record TV que foi a única emissora a ganhar público, nesse espaço de tempo.

Salto da Record TV

Nesse ínterim, todas as emissoras analisadas caíram em audiência (aparelhos ligados em relação ao total de pessoas/domicílios de uma localidade) e share (porcentagem de aparelhos sintonizados na emissora em relação ao número total de televisores ligados). Com exceção da Record TV que saltou 51% em pontos de audiência e 26% em share — e ganhou um telespectador para cada 3 que já tinha. A cobertura jornalística extensiva, bem como a produção de grandes novelas e programas de entretenimento de qualidade despontam o crescimento da emissora.

Ainda segundo aponta Feltrin em sua coluna, na Grande São Paulo, região Sudeste do País, o número de aparelhos ligados subiu 10%. Embora, as quedas de audiência e de share tenham se mostrado grandes, a exceção novamente foi a Record TV. A emissora subiu 5%. Isso, mediante a queda das outras emissoras que chegaram a perder em média 2 de cada 5 telespectadores.

Medidas como a suspensão das aulas e a adoção do home office afetaram a audiência da TV e refletiram em um aumento no consumo da programação, com destaque para os jornalísticos (alta de 17%) e os infantis (alta de 14%), de acordo com dados, divulgados em março, pela Kantar Ibope. E a tendência aponta que, mesmo com o fim da quarentena, os brasileiros mantenham o hábito de utilizar a televisão, uma mídia tradicional, como um dos mais confiáveis canais de informação. Principalmente, frente a vasta propagação de notícias falsas (fake news) nas redes sociais.