Remédio ou veneno, a diferença está na dose
São Paulo sempre foi a locomotiva do Brasil, hoje não mais, graças a Doria e Covas. Entenda
Quem caminha pelas ruas do Brás, uma região muito conhecida da capital paulista pelo seu comércio movimentado, atualmente só enxerga portas e mais portas fechadas. Há placas de “vende-se” e “aluga-se” espalhadas pelas lojas. Contudo, isso também se estende para todas as regiões da cidade e do estado.
Um retrato da destruição causada pela medida do Decreto Estadual 65.563/2021 (instituído pelo Governo com a intenção de conter o avanço da COVID-19 no estado de São Paulo).
Veneno ou remédio, a diferença está na dose.
É evidente que os perigos da COVID-19 são uma realidade e que políticas públicas eficazes e adequadas devem ser adotadas com urgência, para conter o avanço do novo coronavírus no País. Entretanto, o governador do estado de São Paulo, João Doria, e o prefeito da capital, Bruno Covas, pesaram na mão do “remédio”, que acabou se tornando em veneno, causando uma quebradeira geral entre as empresas. Eles estão conseguindo parar a locomotiva do País.
“A economia está sofrendo contração, o que significa que aumenta o número de desempregados. Quanto mais pessoas desempregadas, menos dinheiro temos na economia, e maior é a pobreza”, explicou a economista Camila Abdelmalack ao programa “Fala que eu te escuto”, do dia 23 de março (confira o programa, na íntegra, clicando aqui).
Desse modo, não podem ocorrer exageros. As pessoas estão emocionalmente fragilizadas, porque se sentem sem saída e o quadro dos problemas sociais apenas se agrava. Momentos delicados como o que vivemos pedem decisões ponderadas, equilíbrio e bom senso.
Recentemente, por exemplo, o atual Ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, ponderou em coletiva: “Conclamo à população para que use máscara. São medidas simples. Lave as mãos, use álcool em gel. Eu estou repetindo, mas todos vocês sabem disso. Com essas medidas, podemos evitar ter que parar a economia do País”.
Além disso, no dia 1º de março, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) divulgou uma nota, contestando a estratégia de lockdown como um meio para controle da transmissão do novo coronavírus:
“Tal medida já se mostrou ineficaz, atentatória contra direitos fundamentais da Carta Magna e condenada até mesmo pela própria Organização Mundial de Saúde. Nas palavras do Dr. David Nabarro: ‘O lockdown não salva vidas e faz os pobres muito mais pobres’. O Amazonas, estado com o maior índice de isolamento social do Brasil, apresentou o maior número de internações e mortes por COVID-19, cerca de 30-45 dias após o primeiro lockdown”.
Portanto, este é um momento de muita cautela para que na tentativa de conter a COVID-19, os governantes não tomem medidas extravagantes, como gerar desempregos em massa e mais mortes.