Samuel: O último juiz de Israel

Ele foi levantado para ser sacerdote, profeta e juiz em Israel e viu esse mesmo povo rejeitar a Deus

Imagem de capa - Samuel: O último juiz de Israel

A primeira temporada da série Reis, da Record TV, entrou na fase em que Israel é liderada por seu último juiz, Samuel (Rafael Gevú). Ele foi o filho dos votos de Ana (Branca Messina), que, após conseguir engravidar, entregou o menino ao sacerdote da época para que ele servisse a Deus.

Ana não fazia ideia que Deus já tinha em mente um plano de como usaria aquele jovem rapaz. Samuel seria preparado desde a infância para se tornar um grande sacerdote, profeta e juiz em Israel. Depois de seu nascimento e desmame, Ana deixou Samuel com o sumo sacerdote Eli (José Rubens Chachá) e o menino cresceu ao lado dos filhos dele, Hofni (Vinicius Redd) e Fineias (Edu Porto).

Em todas as passagens que a Bíblia relata a condição espiritual dos filhos de Eli, é enfatizada a comunhão de Samuel com Deus: “E o jovem Samuel ia crescendo, e fazia-se agradável, assim para com o Senhor, como também para com os homens” (1 Samuel 2.26).

Quando Deus deu a sentença a Eli, Ele o avisou: “E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o meu coração e a minha alma, e eu lhe edificarei uma casa firme, e andará sempre diante do meu ungido” (1 Samuel 2.35). Deus estava falando de Samuel.

Pela lei de linhagem sacerdotal, Samuel não poderia ser sacerdote, pois não vinha da tribo de Levi nem era descendente de Arão. Seu pai, Elcana, era um efraimita, descendência considerada não sacerdotal. Porém, Deus, diante do desprezo de Eli, desprezou a ele e toda a sua descendência. Por outro lado, diante da honra dada a Ele por Samuel, o honrou com o privilégio de servi-Lo, revelando que não vê aparência, posição ou capacidade, mas a entrega e a disposição de uma pessoa. Logo depois que Eli recebeu a sentença de que ele e sua família seriam removidos do sacerdócio, a Bíblia relata que Deus chamou Samuel.

Deus chama Samuel
Um dia, estando já todos deitados e prontos para dormir, o Senhor chamou Samuel, mas o menino, que não O conhecia ainda, achou que era Eli quem o chamava. E indo perguntar ao sacerdote do que precisava, Eli dizia que não o tinha chamado e o mandava voltar para a cama. E assim aconteceu por três vezes até que, na terceira, Eli entendeu que era Deus que chamava Samuel e orientou o menino a voltar para cama e, quando fosse outra vez chamado, respondesse: “Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve” (1 Samuel 3.9).

Deus revela a Samuel o que faria a Eli e sua família e, daquele dia em diante, à medida que o menino crescia, o Senhor era com Samuel e toda Israel reconhecia que Deus o havia confirmado como Seu profeta.

A decadência moral e espiritual de Eli e de sua família se refletia em todo o povo. Por causa disso, Israel havia perdido a comunhão com Deus e consequentemente foi derrotado por seus inimigos. Na batalha contra os filisteus, além da derrota, a Arca da Aliança foi levada pelos inimigos. Foi uma praga enviada pelo Senhor contra os filisteus que os fez devolvê-la.

O fato de a Arca ter sido devolvida não significava que o povo de Israel estava andando na Presença de Deus. E é nesse cenário que Samuel desperta o povo para o que precisava ser feito: “Se com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus” (1 Samuel 7.3).

A Bíblia relata que os filhos de Israel tiraram os falsos deuses e serviram só ao Senhor, passaram a congregar em Mizpá e reconheceram que pecavam contra Deus. A partir daquele momento, Samuel passou a julgar o povo e a sacrificar por ele. Ele fez isso todos os dias de sua vida, visitando anualmente as cidades e sempre retornando a Ramá, onde edificou um Altar ao Senhor.

A (má) intenção por trás do pedido
Quando Samuel chegou à velhice, ele instruiu seus filhos na missão de julgar o povo. Porém, eles não seguiam o exemplo do pai: “se inclinavam à avareza e aceitavam subornos para perverter o direito” (1 Samuel 8.3). Diante disso, os anciãos de Israel foram até Samuel e pediram um rei. Samuel achou aquele pedido ruim e consultou a Deus.

Deus sabia que os filhos de Samuel eram só um pretexto para a rejeição dEle por Israel. Então, o Senhor pediu que Samuel explicasse como funciona a vida de uma nação que decide ser reinada por um homem: o povo seria servo do rei. (1 Samuel 8).

No episódio dez do Estudo do Livro de 1 Samuel, disponível na plataforma Univer Vídeo, a escritora e diretora de conteúdo da Record TV, Cristiane Cardoso, explica que Israel não precisava de um rei, pois Deus reinava lá. Entretanto, para que uma nação ou pessoa tenha Deus como rei, é preciso estar bem com Ele, ou seja, viver de acordo com a Palavra dEle. Por outro lado, quando se tem um homem reinando, não é preciso estar bem espiritualmente com ele nem dar satisfação sobre escolhas pessoais, apenas cumprir suas obrigações legais. Essa falsa liberdade levou o povo a pedir um rei.

A escritora alerta que o mesmo acontece nos dias de hoje quando uma pessoa apresenta suas “razões” para sair da Igreja e seguir a Deus do seu modo. Na verdade, o que está por trás dessas desculpas é: “eu não quero viver para Deus, eu quero viver para mim, mas a pessoa não fala assim porque iria expor o quanto está mal”, lamenta a autora, que ainda adverte sobre a importância de sempre estarmos atentos às verdadeiras intenções por trás das razões que apresentamos. Assista à série Reis, de segunda a sexta-feira, às 21 horas, na Record TV.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Edu Moraes