Se sobrevivesse, ele vegetaria para sempre

Eliane Macedo e Antônio Neto se valeram da fé para desafiar o prognóstico médico

Imagem de capa - Se sobrevivesse, ele vegetaria para sempre

Eliane Silva Macedo, confeiteira de 39 anos, conta que, em abril de 2016, seu filho, o estudante Antônio Cardoso Saraiva Neto, na época com 13 anos, foi atingido por uma moto enquanto pedalava sua bicicleta. “A médica me pediu para não entrar em desespero e me informou que o estado dele era crítico. Se eu não tivesse uma base estruturada em Deus, provavelmente teria feito um grande escândalo, mas mantive a calma. Quando o vi, ele estava com os pés e as mãos amarrados à cama, emitia um ronco muito estranho e estava totalmente inconsciente”, diz. Ele sofrera um traumatismo craniano grave.

Como moravam no interior do Pará, em São Félix do Xingu, foi necessário transferir Antônio para outra cidade que tivesse um hospital mais bem equipado. A viagem de ambulância de 370 km até Redenção (PA) durou sete horas. O diagnóstico dele era de equimose periorbitária esquerda, ferimento contuso saturado, contusão de couro cabeludo, hematomas subgaleais, com tubo orotraqueal respirando com ventilação mecânica. O mais preocupante era o que causava todo o quadro: o trauma cranioencefálico (TCE), lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita a função cerebral.

Ele deu entrada em estado de coma grave no segundo hospital. Depois de dois dias de internação, ele piorou e foi para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). “Para mim, a UTI era o fim e entrei em desespero. Foi quando Deus falou em minha mente: ‘cadê a sua confiança em Mim?’ Parei de chorar na mesma hora e passei a confiar que Deus estava no controle de tudo. O Antônio ficou 38 dias na UTI. Os médicos disseram que, se ele sobrevivesse, ficaria em estado vegetativo”, relata.

Preocupação com a alma

Se sobrevivesse, ele vegetaria para sempreEliane relata o que a afligia naquela situação: “minha maior preocupação era que meu filho morresse sem a Salvação, pois ele estava andando com más companhias e tinha se envolvido com maconha e bebidas, estava muito rebelde e desobediente. Clamei a Deus por sua alma, para que ele acordasse do coma e eu falasse da Salvação para que ele fosse salvo, mas, se ele sobrevivesse, eu não aceitaria que ele vegetasse”.

Ela detalha que antes do acidente já estava usando a Fé em favor do filho nas reuniões de libertação, manteve seu propósito e fez o que a Fé lhe pedia: “fui para o Altar, fiz minha Fogueira Santa fora de época, orava, jejuava, o ungia todos os dias com o óleo consagrado que levava escondido para a UTI, pois era proibido, e bebia a água consagrada em favor dele. Eu já estava fazendo campanha por ele na sexta-feira e continuei. As palavras dos médicos eram as piores. Eles diziam que teriam que fazer uma cirurgia para abrir o crânio, outra próxima ao estômago para alimentá-lo e que ele poderia morrer a qualquer momento. O cenário era de morte, já que todo dia morria uma pessoa na UTI. Ignorei, pois eu sabia que tudo é possível ao que crê”.

A fé ignora o visível

Antônio ficou 45 dias internado e não precisou fazer nenhuma cirurgia. Eliane diz que a cura não ocorreu da noite para o dia e que foi um processo. Primeiro, houve desmame dos aparelhos, mas ele ainda estava inconsciente. Depois, apesar de acordado, ele não falava, não andava e seu olhar era vago.

Antônio recebeu alta, mas ainda se alimentava por sonda e precisava ficar atado à cama, pois se debatia muito e removia a sonda. “Quando retornou ao hospital 30 dias após a alta, o médico ficou surpreso com a evolução dele. Eles o chamam de Antônio Milagre. De fato, ele é a prova de que para Deus nada é impossível. Ele usou cadeira de rodas por um ano e teve que reaprender tudo do zero. Fez fisioterapia motora, respiratória e fonoterapia”, diz Eliane.

Hoje, Antônio não tem sequelas. “Ele estuda e até já foi campeão estadual de
jiu-jítsu, em 2022. Anda de bicicleta, evangeliza, faz parte da FJU e cozinha. Ele é uma bênção para honra e glória do Senhor Jesus”, conclui.

Atenção: A Universal ensina a prática da Fé espiritual associada ao tratamento médico recomendado a cada paciente.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Maielly Rodrigues Sales e Arquivo Pessoal