Se você gosta de fake news, não precisa ler isto
Mais de 75% dos brasileiros não são capazes de discernir a verdade entre as notícias espalhadas pelas redes sociais
O Brasil é um país com baixíssimo índice de alfabetização. Atualmente, 30% dos brasileiros são analfabetos funcionais. Ou seja: são incapazes de interpretar textos e identificar ironia, ler com atenção e corretamente e realizar operações matemáticas em situações de vida cotidiana. O resultado disso é que as fake news e redes sociais se tornam inseparáveis.
De acordo com o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), apenas 12% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são proficientes em leitura. Essas são as pessoas que, ao receberem uma informação nas redes sociais, buscam ler atenciosamente e pesquisar a veracidade.
Entre os 25% de brasileiros que têm leitura intermediária, cerca da metade busca a verdade sobre as mensagens que recebem.
Ou seja: mais de 75% dos brasileiros não são capazes de discernir a verdade entre as notícias espalhadas pelas redes sociais.
Dessa maneira, fake news e redes sociais se unem de maneira muito perigosa.
De acordo com o Inaf, 86% dos analfabetos funcionais utilizam o WhatsApp, 72% usam o Facebook e 31% o Instagram (evidentemente, a mesma pessoa pode utilizar mais de uma das redes sociais).
O mais alarmante é que, mesmo sem entender o que está sendo informado e sem pesquisar se é verdade ou não, 84% dos analfabetos funcionais compartilham notícias que receberam pelas redes sociais.
Fake news e redes sociais destroem vidas
“Um dos reflexos do baixo nível de alfabetismo no contexto digital é que estas pessoas ficam mais vulneráveis à desinformação, especialmente memes, imagens manipuladas e usadas em contexto falso”, explicou Christine Bragale, especialista norte-americana em fake news e vice-presidente de comunicação do The News Literacy Project.
Analfabetos costumam buscar o caminho mais fácil na assimilação da informação. Ou seja: leem apenas os títulos, acreditam em imagens falsas, tomam como verdade sem pesquisar o assunto.
Dessa maneira, milhões de mensagens falsas circulam pelas redes sociais. E, mesmo aqueles que têm uma capacidade maior de leitura, tornam-se vítimas. Isso porque é muito difícil alguém receber a mesma notícia de várias fontes diferentes e não acreditar nela.
Foi o que aconteceu com Rafael Amorim, por exemplo. Ele se tornou vítima de fake news por acreditar em mensagens compartilhadas pelas redes sociais.
“As fake news chegaram na minha vida pelas redes sociais. Hoje a gente está o tempo todo com o celular na mão. Estamos sempre em alguma rede social. Então, sempre tem alguém fazendo um trocadilho, amigos encaminhando…”
Como a maioria das pessoas, ele acreditava naquelas mentiras e encaminhava para os outros.
Acreditar nessas notícias trouxe inúmeros prejuízos para Rafael e seus contatos. Clique aqui e conheça a história completa de Rafael.
Para que você não se torne também vítima de fake news e redes sociais, clique aqui e conheça os 5 passos fundamentais que uma pessoa deve dar ao receber notícias.