Seca no Amazonas: famílias afetadas recebem ajuda humanitária
Ação solidária acontecerá no próximo sábado (21) e deve beneficiar cerca de 400 pessoas
No próximo sábado (21), às 9h, o programa Unisocial levará ajuda humanitária às famílias afetadas pela estiagem severa que atinge o Amazonas. O evento solidário, que deve amparar cerca de 400 pessoas, ocorrerá na Comunidade Ribeirinha do Moreira, localizada no município de Codajás, às margens do Rio Solimões.
Segundo a Defesa Civil, a estiagem de 2024 já afetou cerca de 747 mil pessoas, um número que supera o impacto da seca histórica registrada no ano passado, quando a tragédia alcançou 633 mil moradores da região amazônica.
Com o apoio de 40 voluntários, a iniciativa em Codajás distribuirá aproximadamente 350 quilos de alimentos não perecíveis, roupas masculinas e femininas, kits de higiene bucal e conjuntos de roupas de cama. No entanto, o objetivo do evento vai além de suprir as necessidades materiais, buscando também oferecer apoio emocional em um momento de vulnerabilidade.
O responsável pela ação, Mateus Albino, explica que a seca reduz os níveis das águas dos rios, dificultando o transporte de pessoas e mercadorias. “Muitas comunidades, que ficam nas dependências do município de Codajás, dependem da pesca para sobreviver e com a estiagem, o acesso fica difícil. Eles ficam isolados, sem poder se deslocar para outros lugares”.
Mateus ressalta que essa iniciativa “alivia a vida dos ribeirinhos, que todos os anos enfrentam dificuldades com a baixa do rio. Neste ano, a população local enfrenta uma estiagem ainda mais severa. Em situações de calamidade como essa, toda ajuda é bem-vinda, e tratando-se de ajudar ao próximo, nossos voluntários não medem esforços”.
Além dos donativos, o Unisocial oferecerá, gratuitamente, serviços de corte de cabelo, esmaltação de unha e aferição de pressão. Para as crianças, haverá uma área recreativa com pula-pula, brincadeiras, pipoca e algodão-doce, proporcionando um ambiente de cuidado e diversão.
“Eu nasci e cresci em uma comunidade ribeirinha. Então, sei exatamente as dificuldades que são enfrentadas nesse período de seca”, conta a voluntária Mirle de Souza. Para ela, poder contribuir com esse trabalho, tanto no apoio social quanto no emocional, é algo “gratificante”.