Seja o segundo e vença!

Com Deus, o segundo lugar é de um campeão. Entenda os privilégios de se colocar nesta posição, enquanto prioriza o Criador em sua vida

Imagem de capa - Seja o segundo e vença!

Quem nunca quis o primeiro lugar? Desde pequenos, somos impulsionados a desejar uma posição de destaque – o topo dos pódios.

Afinal, a ideia que recebemos é que ficar em segundo é vergonhoso. Porém, muitas pessoas têm se esforçado para ocuparem um lugar privilegiado, mas, por estarem “apoiadas” em suas próprias condições, vivem uma série de frustrações. Elas dão a vida por algo, mas ficam sempre para trás.

Já pensou, então, que a solução está, justamente, em sair do controle desse “ranking” e deixá-lo com Quem é mais forte e infinitamente mais capaz do que nós? Isso é possível quando é feita uma Aliança com Deus e ela acontece ao colocá-Lo no topo das prioridades, tornando-se, assim, “o segundo”.

Soa estranho ser o segundo, não é mesmo? Porém, é somente nesta posição que é possível depender exclusivamente do Criador para ter a vida que sempre sonhou – e mais do que isso: para que os planos dEle se concretizem. E esta dependência é expressada por meio da fidelidade nos dízimos.

Afinal, o que é ser dizimista?
Alguns nomes conhecidos mundialmente, como William Colgate, fundador da empresa Colgate, e de Henry Crowell, fundador da Quaker, reconheceram que o segredo para o sucesso de suas empresas até os dias atuais está na fidelidade dos dízimos a Deus. Mas, quando se fala em dízimo, é inevitável não notar um descontentamento no semblante de muitas pessoas que desconhecem o verdadeiro sentido dele. Só que, o que muitas não sabem, ou ignoram saber, é que o ato de dar o dízimo não corresponde apenas à atitude de devolver a décima parte dos seus ganhos a Deus. E, honestamente, se fosse apenas isso seria fácil. Ser dizimista, na verdade, é colocar Deus em primeiro lugar em tudo.

Em Provérbios 3.9-10 está escrito: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” O detalhe que faz a diferença nesta passagem bíblica é a palavra “primícias”.

Por definição, ela significa a primeira e melhor parte de algo. Sendo assim, dar as primícias de tudo para Deus – o que inclui não apenas o valor material – demonstra honra a Ele e revela Quem é mais importante. “Ser dizimista é colocá-Lo como prioridade em tudo, deixá-Lo no topo da agenda. Por exemplo, orar e ler a Bíblia logo de manhã. É colocá-Lo em primeiro nos seus pensamentos, no seu tempo, deixá-Lo acima de tudo e todos”, explicou o Bispo Renato Cardoso no Templo de Salomão.

Quando separamos as primícias para Aquele que é Dono de tudo, o restante é abençoado, conforme está descrito: “E, se as primícias são santas, também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são.” (Romanos 11.16). No entanto, o contrário também é verdadeiro: se não devolvemos as primícias, todo o resto torna-se amaldiçoado. E essa é a razão porque muitos, apesar de todo esforço, não alcançam a prosperidade em sua essência em suas vidas, tendo em vista que a prosperidade vai além do dinheiro.

Capacitação do Alto
O empresário no ramo de construção civil José Arnaldo de Melo, (foto abaixo) de 52 anos, conta que trabalhava arduamente desde os 7 anos, quando perdeu o pai. Contudo, o dinheiro que ganhava nunca era o suficiente para suprir as necessidades da família.

“Dos 7 anos aos 19 eu já era o homem da casa e o que eu ganhava eu dava para minha mãe para ajudá-la. Natural de Pernambuco, aos 19 anos, me mudei para São Paulo com o objetivo de ter uma vida melhor. Mas continuei sofrendo bastante. Eu dormia em alojamento e dividia espaço com ratos e pulgas. Passei fome e muita humilhação e chorava de saudade da minha família.”

As dificuldades para se manter sozinho já eram grandes, mas aumentaram quando Arnaldo passou a sustentar a sua companheira, com quem decidiu morar junto, e a filha que teve com ela. “Morávamos em uma comunidade e eram brigas e miséria total. Quando começava a chover, eu tinha que tampar todos os buracos da casa, porque atrás passava um córrego que transbordava.”

Arnaldo recebia inúmeros convites para assistir às reuniões na Universal, quando passava na frente da Igreja ou era convidado por evangelistas onde morava. Então, após sete anos vivendo em São Paulo, ele aceitou um desses convites. “Cheguei na Universal fracassado e desejando morrer. Eu sabia que lá era a minha última oportunidade de encontrar a solução.”

Na primeira semana indo à Igreja, uma tragédia aconteceu: sua filha, aos 4 anos, foi atropelada e faleceu. Sabendo que Arnaldo frequentava a Universal, seus colegas de trabalho o questionavam sobre Deus ter permitido a morte da menina. Contudo, Arnaldo se manteve firme. Em vez daquela perda esfriar sua fé, recentemente despertada, ela o “empurrou” para que ele conhecesse de fato a Deus.

“Minha filha falava de Jesus com a convicção de um adulto. Após a morte dela, pensei: se esse Deus que ela tanto falava realmente existia, eu queria conhecê-Lo. Então, fiquei firme e me batizei nas águas.” Só que outro problema surgiu: “quando quis oficializar a minha união, minha mulher alegou que não gostava mais de mim e que queria a separação. Deixei tudo o que tinha para ela e comecei minha vida do zero. Mas agora eu tinha Deus”.

Arnaldo ouviu o Pastor ensinar que ser dizimista era ser fiel a Deus em todos os sentidos. “Eu fiz de Deus o primeiro na minha vida e até hoje O faço, porque sem Ele eu não sou nada.” Sua fidelidade a Deus o levava a ser também honesto em tudo. Isso não o isentou de enfrentar dificuldades. Porém, todas elas só reforçavam nele a certeza de que uma parceria com Deus nunca falha.

Encorajado pela fé e crendo que mesmo sem estudos Deus o capacitaria, Arnaldo abriu sua empresa no ramo de construção civil. Àquela altura, ele já estava casado. Ele conta como perseverou: “passamos dificuldades a ponto de dividirmos um ovo, mas nunca deixamos de ser fiéis a Deus no pouco ou no muito, crendo que tudo aquilo passaria e que coisas grandes Deus tinha preparado para nós. Para fazer o primeiro serviço da empresa, eu andava mais de 5 km a pé com dois funcionários, porque eu não tinha dinheiro para o transporte”, lembra.

Foi quando uma grande construtora contratou a empresa de Arnaldo e o número de obras aumentou. Ele admite que o medo surgiu, mas a confiança de que Deus não iria desampará-lo foi maior. “Eu cria na sabedoria que Deus me dava, e, quanto maior era a luta, maior era a vitória. Eu dependia de Deus e via o problema, mas focava nEle, que é O maior”.

Hoje a empresa de Arnaldo tem 26 funcionários, inclusive engenheiro, inúmeras obras concluídas em áreas nobres da capital e do interior paulista e em outros estados. Por priorizar o Espírito Santo, ele celebra o casamento sólido de mais de duas décadas. “Em meu lar há amor e carinho. Procuro sempre lembrar de onde Deus me tirou e que eu não pense que já sei tudo ou que sou alguma coisa. Quero ter sempre

Ele como o primeiro na minha vida e sempre me colocar como servo, e não como senhor”, finaliza.

Voltando à estaca zero
“Falida em todas as áreas da minha vida. Eu havia perdido a minha empresa, meu único apartamento iria à leilão, estava sem dinheiro até para comprar pão, tinha protestos de dívidas e 21 cheques devolvidos no Banco Central. Além disso, eu era viciada e depressiva e sentia desejo de morte.” Foi assim que a empresária no ramo alimentício Fátima Silva, (foto abaixo) de 55 anos, chegou à Universal há 20 anos.

Ela conta que, apesar de trabalhar desde muito jovem, não conseguia estabelecer sua vida. De uma família constituída por 14 irmãos, Fátima diz que não teve uma infância feliz. Já adulta, durante um tempo, ela trabalhou na área metalúrgica, mas com o salário que recebia, tudo na sua vida era limitado. Até que ela resolveu ter a própria empresa em sociedade com seus irmãos. “Conquistei carros e apartamento e tinha uma vida tranquila, porém, nunca crescia. Tudo o que eu conquistava eu perdia. Dinheiro era como areia na minha mão: eu não conseguia guardá-lo e gastava tudo em jogos.”

Neste período, Fátima, que estava em um relacionamento havia sete meses, foi trocada por outra pessoa. “Eu achava que o que eu tinha manteria o relacionamento, mas não foi o que aconteceu. Vi que o dinheiro não comprava nada.” Com a traição, Fátima se aprofundou ainda mais no vício em jogos para conquistar mais dinheiro. “O primeiro na minha vida era o dinheiro. Eu tinha uma ‘fé’, sabia que Deus existia, mas acreditava que na minha vida Ele não faria nada.”

Fátima lembra que, mesmo no fundo do poço, a sua reação ao ser convidada para participar de uma reunião na Universal foi a pior possível. “A Igreja foi a última porta, mas foi nela que eu encontrei uma saída.” Ela conta que, curiosamente, ao chegar na Igreja, fez um juramento para Deus que ficaria apenas dois meses, com o intuito de conquistar dinheiro para continuar nos jogos.

O prazo foi ultrapassado e, durante cinco anos, Fátima permaneceu indo à Igreja e até alcançou bênçãos “dando” os dízimos, mas, por não ser fiel, sua situação se tornou pior do que a de antes: “a vida parecia que estava entrando nos eixos, eu tinha comprado um carro e recuperado o apartamento e a empresa, mas, por ganância, deixei de honrar a Deus e voltei à estaca zero”.

Por seis meses, ela ficou distante das coisas de Deus, até que despertou. Sabendo em que havia falhado, ela se consertou. “Fiz o que deveria ter feito desde o início: uma Aliança com Deus. Naquele momento, eu não queria dinheiro; eu queria focar em meu lado espiritual.

Quando cheguei na Igreja, eu foquei apenas na minha vida financeira, mas conquistei e novamente voltei para o mundo. Então, a partir dali, eu queria o principal: Deus”.

Então Fátima não mediu esforços para que Deus se tornasse o primeiro. Ela perdoou a quem ela sentia ódio e se batizou nas águas.

“Aprendi que Deus tem que ter a minha primícia em tudo, com fidelidade e obediência. Foi aí que veio a transformação, porque o que eu tenho dentro de mim não tem dinheiro que compre: o Espírito Santo. É impossível recebê-Lo sem ser fiel, e eu não era. Hoje eu sou dependente dEle e é por isso que minha vida é um sucesso. O dízimo fez mudar a minha vida em todos os sentidos”.

Hoje, ocupando o segundo lugar, Fátima nem lembra da vida infeliz de antes. “Sou determinada, corajosa e ousada. Todos os dias acordo confiante sabendo que Ele segura a minha mão e me faz ser vencedora”, declara.

“Eu era o primeiro”
Foi um ‘banho de água fria’ para o administrador Antonio Carlos Brasil, (foto abaixo) de 53 anos, ouvir, no primeiro dia em que chegou à Universal, que tudo o que ele considerava fundamental para ter sucesso não valia nada se ele não dependesse de Deus. “Eu tinha 32 anos quando, à convite da minha irmã, participei de uma reunião. Na ocasião, eu tinha acabado de ser demitido de uma empresa renomada no ramo da saúde com um bom cargo e salário. Além disso, meu casamento estava destruído. Eu achava que só com conhecimento e habilidade eu poderia vencer na vida. Eu conhecia a força do meu braço e minha intelectualidade, mas, quando cheguei na Igreja, aprendi que meu diploma podia valer para a minha profissão, mas para a transformação da minha vida ele não significava nada”, conta.

Depender de alguém era um pensamento que Antonio teve que eliminar desde cedo. Na infância, após inúmeras traições do seu pai, viu sua mãe pedir o divórcio. Ele recorda que cresceu com a presença só da mãe, mas, na adolescência, a ausência dela também passou a ser constante. “Eu vivia muito solitário e, apesar de ter objetivos, me sentia perdido.” Então, crescer e ser independente passou a ser uma meta para Antonio.

À medida que o tempo foi passando, o jovem foi se estabelecendo e se destacando na vida. “Quem era o primeiro era eu. Confiava no meu conhecimento e na minha experiência, porque todo mundo falava que eu era ‘o cara’ dentro da empresa. As amizades me elogiavam muito.” Até que todas essas conquistas começaram a desmoronar e então ele conheceu o Único de quem poderia ser dependente.

O empresário revela que a cada dia que ouvia a Palavra de Deus percebia o quanto ele era “insignificante”, como ele mesmo diz, e que precisava conhecer a grandeza de Deus. Nesse processo, entender o que o dízimo significava foi um divisor de águas em sua vida. “Eu havia passado, antes de chegar à Universal, por uma comunidade evangélica, onde o pastor tinha vergonha de pedir o dízimo. Então, na Universal, eu soube o que ele representava realmente. Que não era o dinheiro, mas uma questão de devolver aquilo que era de Deus e viver verdadeiramente uma fidelidade a Ele. Então, foi a primeira vez que eu pude fazer prova disso e que Deus poderia abrir as portas e cumprir as promessas dEle”, relata.

Para se tornar o segundo, Antonio revela que teve que superar inúmeras dificuldades. “Eu devolvia o dízimo, mas minha conta no banco estava negativa. Porém eu queria ser fiel, independetemente, de qualquer coisa, pois tinha certeza que Deus iria me honrar.”

Esse entendimento também despertou o empresário para buscar o batismo com o Espírito Santo. Foi então que, perseverante, ele pôde ver as promessas se cumprirem. “Quando eu menos esperava, as coisas aconteciam. Foi de fé em fé e Deus dando direção e ideias, que nasceu a nossa empresa. Até o nome dela foi inspirado por Ele. Hoje ela é uma das maiores redes de clínicas médicas do País.” E não é só o sucesso nos negócios que Antonio comemora, mas igualmente a prosperidade plena dele e de sua família, que também conheceu a Deus.

Prove a Deus
Como alguém que se considera servo de Deus, mas que não é capaz de ser fiel nos primeiros 10% (primícias de Deus), pode ser fiel a Ele na totalidade de sua vida? E como uma pessoa que não serve ao Senhor com toda a sua vida tem fé para receber o batismo com o Espírito Santo, que é o Próprio Deus dentro dela?

“As primícias tratam sobretudo do reconhecimento de Jesus Cristo como primeiro-amor, prioridade e consideração, como Senhor dos que O servem. Só pelo fato de o Senhor não ser considerado O Primeiro, já mostra infidelidade de quem se diz servo dEle”, ressaltou o Bispo Edir Macedo em uma postagem em seu blog.

É preciso reconhecer que Ele é o Senhor de tudo o que mantém nossa vida em ordem. E que ser dizimista é uma forma de praticar este reconhecimento. Faça uma prova com Ele, que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de Mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” (Malaquias 3.10).

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Getty images, Demetrio Koch, Mídia FJU/Curitiba/PR