Ser pai: uma missão abraçada pelo Próprio Deus

Tanto a presença quanto a ausência de um pai têm poder de influenciar drasticamente a vida de uma pessoa. Por isso, uma das mais preciosas lições ensinadas pelo Senhor Jesus foi revelar que Deus é Pai

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Pai. Três letras que carregam um significado genuíno. Mesmo que alguns resumam sua importância a termos como “genitor”, a verdade é que pai é quem cuida, protege, disciplina, ensina, provê e serve como exemplo. Ele é ainda o melhor amigo, confidente e herói. Falar dessa forma, para alguns, pode parecer utopia, afinal, é a minoria, infelizmente, que tem exercido esse papel com maestria.

Para se ter uma ideia, desde 2015, a Lei 13.112 permite que a criança seja registrada sem o nome do pai. Desde então, mais de 1 milhão de certidões de nascimento foram emitidas sem essa informação. Todavia, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil, 228,3 mil crianças tiveram a paternidade reconhecida e o nome do pai incluso em sua certidão de nascimento. Só que a questão não é somente a falta de um nome em um documento, mas, principalmente, a ausência da figura paterna ao longo da vida.

O National Center of Fathering (Centro Nacional da Paternidade), organização norte-americana que analisa estudos e estatísticas sobre as consequências da ausência paterna, aponta seis impactos negativos da “epidemia” do crescimento da criança sem o pai: pobreza, abuso de drogas e álcool, problemas de saúde física e emocional, baixo rendimento educacional, envolvimento com a criminalidade, além de riscos de gravidez na adolescência e os reflexos desses fatores são visíveis em nossa sociedade.

ser paiO que é ser pai?

“Tradicionalmente, o papel do pai está associado à ordem e à disciplina, assim como o papel da mãe é associado ao cuidado. Quando você fala em pai, normalmente você não pensa em carinho e em abraço, você pensa em força, segurança e disciplina, não é verdade? Sei que em muitas famílias isso pode ser diferente, mas, tradicionalmente, é assim. E isso vem de onde? Vem do papel que Deus designou”, ensinou o Bispo Renato Cardoso, em uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo.

Deus estabeleceu a família e o papel que cada integrante dela deve desempenhar. Cabe ao homem atuar como provedor, não apenas financeiramente, mas também no que se refere à segurança, à disciplina e ao ensino de princípios e valores. Muitos consideram essa responsabilidade como um grande desafio, justamente porque esse papel é tão sublime que um dos primeiros ensinamentos que o Próprio Senhor Jesus fez questão de propagar enquanto esteve neste mundo foi o de apresentar Deus como Pai.

Antes de Ele vir ao mundo como homem para cumprir o plano de Salvação, aqueles que criam no Deus Único chamavam Abraão de pai, todavia o Filho Unigênito mudou isso ao revelar que poderíamos nos relacionar com Deus como um filho deve se relacionar com seu pai terreno. Na Bíblia Sagrada com as Anotações de Fé do Bispo Edir Macedo aprendemos que o sacrifício do Senhor Jesus rompeu a desigualdade da barreira física e espiritual que havia entre o Criador e Suas criaturas para que o relacionamento evoluísse para o de Pai com Seus filhos: “Ele nos reconciliou e nos aproximou do Deus-Pai, fazendo com que a Santidade do Senhor desça até nós. Porém, mesmo tendo acesso ao Altíssimo, devemos conservar o temor e o tremor a Ele”. Não é à toa que o divisor na vida de qualquer cristão é o momento em que Deus deixa de ser apenas Criador e passa a ser Pai, tornando-se nosso Melhor Amigo, Confidente, Auxiliador e tudo mais que um Pai precisa ser e que um filho precisa ter.

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O pai terreno é uma representação do Pai celestial. “Deus se revela como Pai celestial e a igreja é apresentada como mãe. Então, mesmo quando a pessoa não tem pai, não tem mãe, ela não precisa, de acordo com a Fé, ficar revoltada por causa disso, porque se ela transferir essa dependência para Deus de que ‘Ele é meu Pai’ e olhar para o Pai celestial, para a lei, para a ordem, para a disciplina (…), ela pode ser tão abençoada e estabelecida quanto alguém que veio de uma família abençoada, porque nEle a gente tem a perfeição”, completou o Bispo Renato. E, quando o pai terreno reconhece tal valor e responsabilidade que tem diante de sua família e de seus filhos, tudo muda, inclusive o relacionamento de seus entes queridos com o Pai dos pais.

A força de um pai

Ildebrando Macedo, mais conhecido como Ildo, assistente parlamentar de 67 anos, era viciado em bebida alcoólica. Sua vida conjugal estava ruindo, a profissional não progredia e os problemas de saúde acometiam a ele e a família. Até que, durante uma confraternização, ele ganhou uma Bíblia de sua cunhada e relata o que ocorreu: “eu tinha desejo e curiosidade de saber o que estava escrito nela, só não tinha atitude de comprar uma. Eu já estava com 30 anos e foi assim que Deus, vendo o nosso sofrimento e atendendo às minhas súplicas, orações e questionamentos, também usou os programas de rádio para me alcançar com testemunhos e palavras de Fé”.

Foi quando ele conheceu a Universal. “Cheguei atento a tudo, em 1991, porque naquele ano acontecia uma grande perseguição contra a Universal, culminando com a prisão do Bispo Edir Macedo, em 1992. As emissoras de rádio, TV e os jornais falavam mal da Igreja diariamente, então eu fechava um olho, mas deixava o outro bem aberto. O pastor falava e pedia para abrirmos a Bíblia para provar que aquilo era verdade. Então, pouco a pouco, Deus foi libertando, curando e abençoando a mim e a minha família”, diz. Ele conta que, então, se batizou nas águas, recebeu o Espírito Santo e começou a buscar com intensidade, perseverança e fé a conversão de sua esposa. “Não foi fácil”, lembra ele, que ficou mais de dois anos perseverando. A filha, Elaine Macedo, cuidadora de 42 anos, conta que via o pai pedindo o lençol ou a fronha para a mãe e sempre os ungia: “na época, eu não entendia, mas hoje sei que ele estava usando a fé e buscando por nós. O poder de Deus chegou a mim, porque, apesar de não ir com ele à igreja, fui curada de uma terrível bronquite asmática por meio da fé dele. Por isso, agradeço a Deus todos os dias pela família que Ele me deu e sempre serei grata ao meu pai que não desistiu de lutar por nós”, afirma Elaine.

Cleide Macedo, de 61 anos, via a Fé do marido, mas resistia à ideia de acompanhá-lo na Universal: “eu era de outra denominação, mas, quando vi meu esposo diferente, aceitei o convite disposta a abrir o coração e obedecer a Palavra de Deus”. Com toda a família na Universal, Ildo reconheceu que aquela era a resposta do voto que tinha feito no Altar onde determinou que ele e sua casa serviriam ao Senhor. A outra filha, Claudia Macedo, assistente administrativo de 41 anos, alega que a fé do pai lhe deu o privilégio de conhecer o Senhor Jesus por amor: “mesmo criança, pude perceber a paz que aquela nova vida dele trazia à nossa casa. Por isso, tive o privilégio de conhecer o Senhor Jesus ainda na infância sem precisar encontrá-Lo na dor. Aprendi que Deus tinha que ser minha prioridade”.

Ildo diz que hoje serve a Deus ao lado de toda a família: “com muita alegria e satisfação vejo o quanto foi e é gratificante eu não ter desistido. Sempre pensava na responsabilidade espiritual que eu tinha em relação à minha esposa e aos meus filhos. Se eu desistisse, com certeza, os levaria também a desistir e eu sabia o quanto eles estavam procurando se espelhar em mim e na minha fé e confiança em Deus. Então, eu pedia forças, levantava minha cabeça e Deus me ajudava a continuar firme”.

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O filho, Rodrigo Macedo, de 40 anos, revela que ter uma referência de pai em casa impactou toda a sua vida: “ele foi um exemplo de caráter e de fidelidade a Deus que me impulsionou a seguir o mesmo passo de fé e temor. Hoje, sirvo ao Nosso Senhor no Altar, como pastor, e tenho minha esposa e meu filho abençoados levando a Palavra de Salvação, que é a mesma Palavra que fez com que por meio da conversão do meu pai toda a nossa família fosse salva”.

Ildo deixa claro que ser instrumento para salvar uma família inteira que hoje se dedica a salvar outras não é mérito seu: “não tive referência do que é ser pai, pois meu pai morreu quando eu tinha apenas 2 anos e, com certeza, antes de conhecer a Deus eu não estava sendo o pai que meus filhos necessitavam. Mas, depois da minha conversão e do batismo com o Espírito Santo, passei a ter uma referência do que é ser um verdadeiro pai, pois tenho por Pai o Deus-Pai que tem me dado sabedoria”.

Dando parte de si

O empresário Ricardo Coutinho, de 42 anos, chegou à Universal em 1995. Ele conta que ao observar a transformação da mãe que, antes, era mãe de santo, ele apenas pensou: “é esse Deus que eu preciso servir”. Logo, ele abraçou a Fé sobrenatural e, decidido, se batizou nas águas. Ele frequentava todos os cultos, obedecia a tudo que lhe era ensinado com base na Palavra de Deus e buscava incessantemente o Espírito Santo.

Foi em uma vigília que Ricardo conquistou o seu Bem mais precioso: “aquela alegria tomou conta do meu coração. Foi como se uma borracha tivesse passado sobre mim e veio aquele amor, aquela certeza de que dali em diante minha vida seria completamente diferente e foi o que aconteceu. Depois do batismo com o Espírito Santo, como eu era jovem, foquei nos estudos e no trabalho, até conhecer minha esposa, Luciana”.

Realizado, o casal decidiu que era hora de ter um filho. Mas, ainda na gestação, o desafio de ser pai começou. No quinto mês, Luciana Coutinho, de 42 anos, e Ricardo descobriram que a filha tinha uma intercorrência física. Ele sabia que, mesmo com o Espírito de Deus dentro de si, as lutas vêm e decidiu que era hora de exercitar a Fé e praticar o que ele e a esposa tinham aprendido. “Parece até o testemunho do Bispo Macedo, quando sua filha, Viviane, nasceu. Eu chamei minha esposa, dobramos os joelhos e falei: ‘Deus, tudo é para a Tua glória, não para a minha. Se está acontecendo isso, eu tenho certeza de que o Teu Nome vai ser glorificado lá na frente”, lembra.

Anna Júlia nasceu e ficou na UTI neonatal por 25 dias. Mesmo em casa, ela precisava de cuidados especiais por ter nascido com uma forte icterícia e sem o apêndice pré-auricular. Os pais notaram que ela também não crescia conforme o ideal e foram investigar a causa. Com os exames e biópsias, receberam o diagnóstico: ela tinha um fígado cirrótico e precisava entrar para a fila de transplante.

Luciana conta que, quando iam à igreja, colocavam a filha no Altar e diziam para que Deus fizesse a Sua Vontade. Inspirado pelo Espírito Santo, Ricardo procurou informações sobre o transplante até encontrar um hospital renomado: “aí descobri que eu era compatível com minha filha e tive certeza de que era a resposta às orações. Foram 12 horas de cirurgia e, quando acordei e fui vê-la, finalmente a conheci, porque até então nós não sabíamos nem o tom de pele dela por conta da icterícia”.

Hoje, Anna Júlia, com 11 anos, é uma menina saudável, inteligente e que ama estar na Casa do Pai. Ricardo compartilha que sempre diz a ela que o fato de estar viva não se deve a ele, que lhe doou o fígado, mas a Deus, para que Ele fosse glorificado: “é o Espírito Santo Quem tem me ensinado a ser esse pai que ensina a filha sobre a Fé sobrenatural. Passamos por muitas lutas, mas Deus sempre nos deu forças e me ensina todos os dias a educar minha filha na Presença dEle”, encerra.

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O Pai dos pais

Se você tem filhos ou enteados, peça que o Deus-Pai lhe ensine a cumprir sua responsabilidade da maneira como Ele estabeleceu – e como Ele tem feito na vida de todos que se submetem a obedecê-Lo e honrá-Lo. E, se você não tem alguém que exerça o papel da figura paterna em sua vida, não se esqueça de que Deus é o Pai dos Pais. É Ele quem ensina um homem a ser pai, uma mãe a ser mãe, um filho a ser filho, uma esposa a ser esposa, um marido a ser marido e qualquer pessoa a desempenhar o papel que lhe foi atribuído por Ele. O Deus-Pai deve ser o primeiro e a principal referência, como está descrito em Mateus 5.48: “Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”.

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(*) Colaborou: Kaline Tascin

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Colaborador

Laís Klaiber (*) / Fotos: FG Trade, PeopleImages e Sinenkiy/GettyImages, Reprodução, Daniel Bravo e Cedidas