Cerca de 13,2 mil caminhoneiros receberão assistência, neste domingo (10), por meio do programa social Guardiões da Estrada. Com a colaboração de 5,7 mil voluntários, a iniciativa realizará ações sociais em 616 localidades espalhadas pelos 26 estados e Distrito Federal. Serão distribuídos kits de higiene pessoal, refeições e exemplares de livros.

Em São Paulo, um dos principais eventos ocorrerá a partir das 16h, no Estacionamento Canaã, em Guarulhos (SP). Para promover saúde e bem-estar a aproximadamente 40 motoristas, serão oferecidos gratuitamente serviços de massagem, corte de cabelo, manicure, aferição de pressão e teste de glicemia.

Segundo a Pesquisa Nacional Realidade do Transportador Autônomo de Cargas 2024, um em cada cinco caminhoneiros nunca realiza check-up de saúde, 15% fazem a cada três anos, 16% a cada dois anos e 49% pelo menos uma vez ao ano.

Marcelo Oliveira, responsável pelo programa social no Amazonas, ressalta que muitos motoristas param apenas brevemente para descansar e, ao se depararem com a iniciativa, sentem sua profissão valorizada. Além do amparo físico, o apoio emocional oferecido pelos voluntários é essencial. “Uma palavra de vida já os fazem seguir a viagem de forma diferente”, pontua.

Em Manaus (AM), a ação será realizada no Porto do CEASA, onde os motoristas terão acesso gratuito a cortes de cabelo, higienização de unhas, limpeza de pele e aferição de pressão. Kits de higiene, frutas, água e livros também serão distribuídos.

“Muito bom esse trabalho e os alertas que o voluntário falou sobre não ficar à deriva de discussões com ninguém. Agradeço a Deus pelo seu cuidado e amor por mim, ao ponto de colocar esse projeto lindo no meu caminho”, disse Antônio Ferreira, de 54 anos, que participou de uma das ações do Guardiões da Estrada em Minas Gerais.

Desde setembro de 2018, o programa social atua nas principais rodovias, terminais de cargas e postos de combustíveis do país, com o intuito de aliviar a jornada desafiadora dos profissionais nas estradas.

O motorista de caminhão e voluntário José David Falcão, de 40 anos, conta que um dos casos que mais o marcou foi o de um caminhoneiro que estava há um ano longe de casa. “A distância da família, a espera de um ano… Podemos imaginar a ansiedade desse homem. Mas ele foi atendido por nós e assim, nós pudemos ajudar ouvindo e dando suporte”.