“Solteiros não sabem o que querem”, afirma estudo

Resultado aponta que exigências de solteiros apenas os atrapalham a encontrar seus pares

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Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia (EUA) com mais de 700 pessoas descobriu que as pessoas não sabem, realmente, o que buscam em um parceiro amoroso. De acordo com os resultados, as pessoas são exigentes, mas não valorizam as qualidades exigidas.

Os pesquisadores realizaram testes de comportamento pedindo para que cada uma elegesse as características que não poderiam faltar em um namorado (a). Por exemplo: “engraçado”, “inteligente”, “bonito”, “verdadeiro”.

O objetivo era que cada pessoa descrevesse o seu “tipo ideal”.

Após as listas serem feitas, os voluntários avaliaram pessoas conhecidas e desconhecidas (amigos, encontros às escuras e até mesmo namorados). O resultado encontrado é que, na realidade, aquele “tipo ideal” descrito na primeira fase não tinha qualquer relação com as avaliações finais.

De fato, as qualidades exigidas naquele primeiro momento eram apenas “qualidades que todos gostariam de ver em um companheiro”, como descreve o autor do estudo, Jehan Sparks:

“Então, no final, queremos parceiros com qualidades positivas. Mas as qualidades que você lista, especificamente, não têm um poder preditivo especial para você”.

Ou seja: embora as exigências afastem os pretendentes, as pessoas, na verdade, não fazem questão que seus companheiros sejam aquele ser perfeito.

A perfeição não existe

“Muitos solteiros ficam sozinhos, porque a sua lista de exigências é interminável e nem um gênio da lâmpada teria condições de atender aos pedidos, às expectativas do solteiro ou da solteira”.

Quem avalia é o escritor Renato Cardoso, autor do livro “Namoro Blindado: O Seu Relacionamento À Prova de Coração Partido”. Na obra, ele descreve, que a longa lista de atributos que o futuro pretendente deve ter é uma das maiores razões de as pessoas permanecerem solteiras.

De acordo com ele, “o problema do solteiro não é encontrar alguém, mas ‘se permitir’ encontrar alguém. Não há falta de pessoas disponíveis, mas a busca incessante por perfeição tem impedido esse encontro. Quando não, a pessoa até encontra, mas logo se desencanta da outra, porque seus padrões são tão altos que ninguém consegue se enquadrar neles”.

Essa reflexão vai ao encontro do estudo realizado na Califórnia. As pessoas não sabem o que buscam para alcançar a felicidade. Mas, mesmo assim, fecham-se para bons pretendentes com os quais poderiam construir uma relação amorosa.

Por isso, Renato orienta:

“É preciso que você se permita encontrar pessoas e conhecê-las sem compromisso. E, também, que entenda a improbabilidade de encontrar alguém que preencha todos os seus caprichos. Amar é conhecer a outra pessoa, admirar o que você conhece dela e olhar seus defeitos positivamente”.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images