Sou "crente" ou cristão?
Fé e ação não fazem efeito separadamente. Crer apenas não é suficiente para conquistar as bênçãos desejadas
Olhe para uma igreja lotada. Qualquer uma. Muitas cabeças, muitos corpos, muitas mentes voltadas a um único propósito, não é? Nem sempre.
Infelizmente, muitos não entendem direito o que fazem ali. Estão presos a rituais, a cerimônias automáticas, a gestos que nem entendem direito e acreditam que é assim que tem que ser. Até são assíduos, são fiéis aos dízimos e às ofertas e muitos são bem-intencionados. Mas será que estão mesmo em consonância com Deus e com a vontade dEle? Obedecem ao Altíssimo e submetem suas vidas a Ele como deveriam?
Quem se entrega a rituais e regras mecanicamente e acha que isso garante a Salvação está redondamente enganado. Esses são os chamados “crentes”. Essa definição nem sempre é utilizada da forma correta. Aqui no Brasil, a palavra é usada geralmente para designar quem não é católico. Também está errado, pois é uma palavra que não expressa o que o cristão deve ser e, muito menos, como ele deve agir.
Se você pensar bem, crente, ao pé da letra, é quem crê. Mas crer é uma coisa, seguir e obedecer é outra. Crendo, você dá um passo importante para começar tudo, mas só isso não quer dizer nada.
Outros acham que o passo seguinte a crer é aprender a doutrina. Não é que ela não seja importante, mas também está bem longe de ser tudo. Na própria Bíblia está escrito que “assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2.26). Ou seja, um “crente” pode até ter fé, mas, se não age nessa fé, de nada ela lhe servirá. Teoria sem prática, para um cristão, é igual a zero em efeitos.
Na ordem errada
Mas e quando a pessoa tem a fé e age e mesmo assim não consegue ver sua vida plenamente abençoada? Pode ser uma questão de fazer as coisas na ordem incorreta, como esclarece o bispo Júlio Freitas. “O que os crentes ao redor do mundo mais fazem é: orar, clamar, chorar, bater o pé no chão. Em primeiro lugar, que fique bem claro, não há nada de errado nisso, na nossa expressão de crença revelada por meio de uma das formas mencionadas anteriormente. O problema é que a maioria o faz pela ordem errada. E isso fica provado pela frustração causada pelo problema que só tem se agravado.”
E qual seria a ordem correta das atitudes? O bispo Júlio nos lembra da importante lição da derrubada das muralhas de Jericó (Josué 6), uma das conquistas mais conhecidas dos hebreus por terem obedecido rigorosamente a Deus. E ela só aconteceu porque eles seguiram a estratégia Divina de acordo com as etapas inteligentemente ordenadas.
“A Ordem de Deus foi que o Seu Povo, primeiramente, fizesse o seguinte:
1• Que a Arca da Aliança fosse adiante deles, que significa ter a confiança e atenção depositadas em Deus e não em seus recursos humanos;
2• Rodeasse as muralhas, que significa confrontar o problema, obstáculo, inimigo e não fugir deles;
3• Não falasse absolutamente nada, que significa não murmurar, ameaçar, amaldiçoar, gritar, se justificar;
4• Fizesse cada dia como orientado, uma vez por dia, mas, no sétimo, por sete vezes rodeasse as muralhas, que significa perseverasse, mantivesse a constância, o ânimo, confiasse;
5• Depois de cumprir com o Ordenado, então, todos juntos, gritariam, que significa unanimidade de Fé, espírito e obediência a Deus.”
E, pelo que conhecemos da Bíblia, Jericó foi conquistada. Com um exemplo prático, o bispo Júlio mostrou como as bênçãos acontecem na vida de quem primeiro crê, para depois agir de acordo com a crença, em uma boa demonstração de fé ativa e inteligente. Para quem ainda não entendeu, só quem age assim é abençoado. Por isso outros só ficam olhando (são “crentes”), enquanto outros conquistam (são cristãos de fato).
O que não fazer
Saber o que deve ser feito é crucial para uma vida plena. Saber o que evitar é tão importante quanto. Mesmo que você creia em primeiro lugar e tome atitudes, certos “vícios” humanos impedem que a pessoa evolua na fé e que não seja um cristão genuíno. Isso acontece quando o indivíduo até diz que entregou sua vida a Deus, mas não o fez de fato e suas inclinações humanas são barreiras que emperram seu desenvolvimento.
Julgar-se superior
Não é porque você tem fé e crê no Senhor Jesus que pode se achar melhor que aqueles que ainda não seguem este caminho. Você já foi um deles, um pecador, e eles também têm o direito de optar pela Salvação. Parece incrível, mas, ainda que arrogância e ser cristão sejam coisas que não combinam em absolutamente nada, muita gente “se acha”. Portanto, sua fé não é real.
Cristão de fachada
“Esquentar banco de igreja” qualquer um faz. Realmente captar aquilo que é ensinado ali e edificar sua vida com esse aprendizado é o que transforma a pessoa. E tal conhecimento gera ações, que devem acontecer no dia a dia, fora da igreja. Muitos são “santos’ entre as paredes de um templo, mas lá fora enganam, mentem, traem, se entregam a vícios, mas acham que estão limpos só porque dizem “amém” na hora da reunião.
“Fé passiva”
É lógico que orar por alguém ou por nós mesmos é importantíssimo. Mas orar sem “pôr a mão na massa” é completamente ineficaz. Faça a sua parte. Lembre-se da “fé sem obras”. Pedir algo a Deus e agir de acordo com o que pediu é uma coisa, mas esperar que “caia do céu” é outra.
De posse desse conhecimento, agora você tem tudo para não ser só mais um de “corpo presente” na igreja ou fora dela. Não há mais desculpas para ser aquele “crente” que não entendeu como fala e não é ouvido, pois, como lembrou o bispo Júlio em outro versículo, “só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o Todo-Poderoso” (Jó 35.13).
Aos domingos, em toda a Universal, bispos, pastores e obreiros clamam para que todos os presentes tenham um encontro com Deus. Se você tem chorado, mesmo que baixinho e sem que as pessoas saibam, se você está cativo por causa de um problema, não deixe de participar, desse dia especial. Veja o endereço da Universal mais próxima da sua casa.