“Tentei o suicídio tomando medicamentos e tentando cortar os pulsos”

Ela chegou à Universal destruída, desesperada, depressiva e com vontade de morrer

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A auxiliar administrativa Beatriz da Cruz Almeida, de 26 anos, chegou à Universal em 1994, levada pela mãe. “Eu era uma criança muito doente, que vivia febril, com imunidade baixa, e meu tio convidou minha mãe para participar de uma das reuniões”, recorda. No entanto, tempos depois, todos da família se afastaram da Igreja e da presença de Deus.

Beatriz cresceu cercada de complexos. Na adolescência, sofreu com um relacionamento abusivo. “Achei, supostamente, que a relação supriria minhas necessidades, carências e complexos. No começo, foi um mar de rosas, mas ele se tornou possessivo. Logo veio o primeiro tapa no rosto, além de puxões de cabelo, no braço e beliscões. Sofri muitas agressões físicas e sexuais e cheguei até a desmaiar”, conta.

Aos 17 anos, Beatriz engravidou. Três meses depois, foi obrigada a tomar medicação para abortar. “Ele e a mãe dele me obrigaram. Durante os três dias em que fiquei na casa da mãe dele, passei por situações humilhantes, ouvindo que não prestava nem para perder uma criança e que, por culpa minha, a criança nasceria com problemas. Voltei para a casa da minha mãe e lá acordei com o chão ensanguentado. Fui internada, fiz todo o procedimento de curetagem. Depois disso entrei em estado depressivo. Fiquei um mês deitada, apenas tomando água e comendo bolacha salgada.”

Os pensamentos de suicídio começaram a surgir. “Tentei o suicídio tomando medicamentos e tentando cortar os pulsos. Só vinha na minha cabeça que eu não prestava nem para viver nem para morrer”, recorda.

Vida restaurada
Anos depois, em um domingo, Beatriz viu sua mãe se preparando para sair e perguntou aonde ela iria. “Ela se arrumava para ir à Igreja.

Eu disse que iria junto. Cheguei destruída, desesperada, depressiva e com vontade de morrer, mas me libertei dos complexos e dos pensamentos negativos. Busquei o batismo com o Espírito Santo e, quando aconteceu, veio uma certeza de que eu não estava mais sozinha. Hoje sou uma pessoa feliz de verdade. Todo mundo passa por problemas, mas, mesmo em meio à tempestade, tenho paz”, finaliza.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Cedida