Seja presencial, seja remotamente, a vida profissional consome a maior parte do nosso dia. A elevada carga horária, somada a esforços, estresse e rotinas insalubres, pode levar ao surgimento de doenças ocupacionais, como as lesões por esforços repetitivos (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Você já ouviu falar delas?

Campeãs no ranking
De acordo com a Secretaria da Previdência, do Ministério da Economia, em 2019 houve 193,6 mil afastamentos relacionados a acidentes ou doenças de trabalho e um estudo do Ministério da Saúde (MS), de 2018, mostra que LER e DORT são as doenças que mais acometem trabalhadores no Brasil. Entre 2008 e 2018 foram 67.599 registros. Ainda segundo o MS, em 2007 foram registrados apenas 3.187 casos, mas em 2022 foram 7.259, sendo que o período entre 2015 e 2017 foi o que registrou maior número de casos, com média de mais de 9 mil por ano.

Tenha atenção e cuidado!
Os números reforçam a importância de o trabalhador ficar atento à sua saúde e, especialmente, ao aparecimento de LER/DORT, que são desconhecidas por muitas pessoas e podem ser confundidas com pequenas inflamações.

João Pedro Rocha, ortopedista voluntário do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), explica que os termos LER e DORT se referem a um grupo de doenças que afetam músculos, tendões, nervos e articulações, principalmente dos membros superiores, pescoço e coluna vertebral: “elas são causadas por movimentos repetitivos, sobrecarga física e posturas inadequadas no trabalho ou em atividades de lazer”.

A falta de tratamento pode afetar intensamente a vida e o bem-estar do trabalhador e, por isso, Rocha enfatiza que é fundamental consultar um médico especialista, caso perceba algum sinal da doença: “o tratamento precoce é essencial para evitar o agravamento da doença e suas consequências. Além disso, a prevenção é a melhor forma de evitar o desenvolvimento de LER/DORT”, conclui.

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