Um copo cheio e uma vida vazia

Saiba como Leonice Rios colocou um fim ao sofrimento provocado pela dependência de álcool e pela depressão após bater em várias portas

Imagem de capa - Um copo cheio e uma vida vazia

Nascida no interior do Maranhão e moradora do Tocantins, a empreendedora Leonice Rios, de 59 anos, conta que teve uma infância difícil em razão do vício do pai em álcool. “Eu e meus irmãos crescemos vendo um pai agressivo e nos tornamos nervosos e revoltados. Havia muitos problemas familiares, além da situação financeira complicada”, relata.

Ela frequentava muitas festas com os pais e, mesmo vendo o sofrimento causado pela dependência de álcool, passou a beber e a fumar aos 13 anos. Na tentativa de mudar sua realidade, Leonice se casou aos 18 anos. “Fiquei casada por cinco anos e tive duas filhas gêmeas nesse relacionamento. Nós dois bebíamos muito e o divórcio veio após uma traição. Depois da separação, eu vivi uma das piores fases da minha vida. Me afundei na tristeza e em uma depressão que parecia não ter fim”, diz.

Sem conseguir cuidar das filhas nem trabalhar por causa da depressão, Leonice e as crianças foram morar com a mãe dela. Ela explica que bateu em diferentes portas em busca de uma solução e tentou alguns tratamentos médicos, mas não obteve resultado. Ela também fez vários eletrocardiogramas para saber o que acelerava seu coração, mas não descobria o problema. Por fim, ela afirma que procurou “casas de encostos”, entretanto, o seu tormento aumentou. “Fiz tratamento com psicólogos e psiquiatras, tomava remédios para dormir e para acordar. Não dormia à noite, não conseguia me olhar no espelho e ouvia vozes dizendo que eu estava louca. Fiquei cerca de 30 dias sem tomar banho e sem sair de casa”, declara.

Convite

Quando acreditava que já tinha tentado de tudo para mudar de vida, Leonice recebeu o convite de uma pessoa desconhecida para participar de uma reunião de libertação, realizada às
sextas-feiras na Universal. Ela revela que saiu do encontro leve e, por isso, frequentou a Universal por um tempo, até que se libertou da depressão. Como a vida parecia ter voltado ao normal, ela decidiu se afastar da Igreja.

Recaída

Como retornou a frequentar festas, Leonice voltou a beber e a depender de remédios para tudo. Ela diz que também chegou a usar drogas ilícitas em busca de sensações mais fortes. “Passou um período de dez anos e eu segui com uma vida vazia, com bebidas, festas e relacionamentos”, lembra.
A nova chance de mudança de vida veio de uma pessoa muito próxima a ela. “Minhas filhas cresceram, uma delas passou a frequentar a Universal e me fez o convite. Lembrei da ajuda que recebi no passado e aceitei”, afirma.

Entrega total

Foi em 2017 que Leonice retornou à Universal e pegou firme nas reuniões de libertação. “Fui liberta do espírito dos vícios e dos remédios. Tive um encontro com Deus quando entreguei minha vida para Ele, me batizei nas águas e recebi o Espírito Santo. Dessa forma, todo o vazio que carreguei por anos teve fim. Hoje sou feliz, completa e não preciso de bebidas, antidepressivos ou doses mais fortes, pois tenho a paz e a alegria que só a Presença de Deus pode dar”, conclui Leonice, que agora vive em harmonia com as filhas e atua como voluntária no grupo Universal Socioeducativo.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Cedida