Um lugar único

Cada detalhe do Templo de Salomão não é aleatório, mas foi pensado por Deus para promover o que o Criador mais deseja

Imagem de capa - Um lugar único

O desejo de Deus sempre foi estar com o ser humano. Desde o início da Criação, tudo foi pensado por Ele com este objetivo. Entretanto o ser humano fez escolhas que o afastaram do Seu Criador, mas, para resgatá-lo, o plano da Salvação começou a ser executado. Após libertar o Seu povo que vivia como escravo no Egito, Deus o conduziu pelo deserto rumo à Terra Prometida. Moisés, que foi escolhido por Deus para essa missão, recebeu instruções para a construção de um Tabernáculo. Em seu interior, ficava a Arca da Aliança, que representava a Presença de Deus e a condução que Ele fazia do povo.

Tempos depois, o rei Davi não se conformou em ver a Arca da Aliança em uma tenda, enquanto ele habitava em um palácio, e decidiu construir um Templo. Deus se alegrou, aprovou a ideia e detalhou como deveria ser a Sua Casa. Apesar de Davi ter aplicado todos os seus recursos para o projeto, foi o seu filho e sucessor, o rei Salomão, que recebeu a missão de executar a obra.

Infelizmente, alguns séculos mais tarde, o Templo foi destruído na invasão babilônica. Reconstruído pelos judeus e reformado no período do rei Herodes, o Templo foi destruído de novo pelos romanos no ano 70 depois de Cristo.

O Templo hoje

O objetivo da construção do Templo de Salomão, em São Paulo, que é uma réplica do primeiro Templo, é o mesmo dos tempos antigos: promover o temor, a reverência e a santidade a Deus. O projeto seguiu as instruções bíblicas, mesmo tendo que atender às demandas atuais, visto que no passado o acesso ao Templo era permitido apenas ao sacerdote. Por isso, o seu tamanho original era de 31,44 metros de comprimento, 10,48 metros de largura e 15,72 metros de altura.

Hoje o número de pessoas que o acessam diariamente é muito maior e, por isso, sua escala foi ampliada: ele tem 126 metros de comprimento, 104 m de largura e 55 m de altura e fica em um terreno com 35 mil metros, com total de 100 mil metros de área construída. O complexo inclui o Santuário, com capacidade para cerca de 10 mil pessoas sentadas, a Escola Bíblica infantil, auditórios e o Batistério, além de outros departamentos e apartamentos para residência pastoral.

Além disso, o local foi projetado para provocar o menor impacto ambiental possível, sendo o primeiro empreendimento com fim religioso a alcançar a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

Sua área externa é composta por uma Esplanada, o Pátio das Bandeiras e o Jardim Bíblico, composto por uma réplica do Tabernáculo de Moisés, o Memorial e um jardim com oliveiras centenárias. Essas áreas podem ser acessadas durante o tour guiado, que deve ser agendado com antecedência.

Arquitetura divina

A planta original do projeto é única, pois foi pensada pelo Próprio Deus (1 Crônicas 28.18). E, mesmo sendo impossível abrigar o Criador do universo em um lugar, Deus não se opôs ao desejo de Davi e afirmou que toda oração que fosse feita nesse lugar seria ouvida por Ele.

Por isso, ao longo dos dez anos de existência, milhões de pessoas já visitaram o local e compartilham experiências transformadoras.

O Pastor Marcos Tercio, responsável por toda logística de organização do Santuário do Templo, explica por que o Templo de Salomão é um lugar único. “Ele foi o único lugar cuja inspiração da arquitetura não foi de pensamento humano, mas de Deus, que sempre quis estar próximo ao Seu povo. Além disso, ele é um lugar de santidade, em que as pessoas chegam e têm paz”, diz.

E, para todos que desejam conhecer esse Lugar Sagrado e até para os que já o conhecem, ele esclarece o que fazer para alcançar a transformação de suas vidas: “é preciso ter em mente que irá à Casa de Deus porque Ele disse que estaria atento à oração que se fizesse nesse lugar e ir convicto de que estará diante do Único que pode mudar qualquer situação. Se a pessoa colocar em prática os ensinamentos que receberá, ela não será mais dependente do que a escraviza”.

 

Porta Formosa: é impossível não notá-la ao chegar no Templo. É o principal acesso ao Santuário e representa o Senhor Jesus. Ele mesmo afirmou: “Eu Sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (João 10.9). Por ela, só é permitida a entrada, pois a saída do local é feita por portas adjacentes.

 

 

Luminárias: elas estão espalhadas pela Esplanada. Além de iluminarem o local, as luminárias estão repletas de significado. Algumas têm o formato de tamareiras, em alusão ao Salmo 92, que diz que o justo florescerá como a palmeira, e outras, como as situadas na parte superior do portão frontal da Esplanada, possuem o formato de trigo, representando os filhos de Deus que, cheios do Espírito Santo, dão frutos e iluminam o mundo.

 

 

Pátio das Bandeiras: nele estão situadas as bandeiras das nações onde a Universal está presente cumprindo a ordem do Senhor Jesus de ir por todo o mundo e pregar o Evangelho da paz a todos os povos.

 

 

 

Poço de Jacó: durante a construção do Templo, houve uma surpresa: a descoberta de um poço de água. A água é um elemento que tipifica a vida. Os visitantes têm acesso ao poço e, em dias determinados, podem pegar água para consumo.

 

 

 

Jardim das Oliveiras: é uma réplica do Jardim do Getsêmani, local em que o Senhor Jesus viveu os seus últimos momentos antes do julgamento que o levou à crucificação. Ele é formado por 12 oliveiras centenárias e faz parte do roteiro do tour.

 

 

 

Memorial: nele, os visitantes podem conhecer de maneira interativa a história do povo de Israel. O Memorial possui ainda réplicas de elementos bíblicos e até alguns achados arqueológicos. A visita ao local também faz parte do roteiro do tour guiado pelo Jardim Bíblico.

 

 

Tabernáculo de Moisés:
a réplica possui as medidas originais do que se pode chamar de primeiro lugar na Terra feito para se tornar a habitação de Deus no meio do seu povo. Deus deu a Moisés as instruções detalhadas de como este local e cada elemento que o compunha deveriam ser.

 

 

Véu do Santuário: o véu representa o corpo do Senhor Jesus. Antes, apenas o sacerdote poderia entrar além do véu, pois era quem intermediava a relação entre Deus e as pessoas. Com o sacrifício do Senhor Jesus, o véu foi rasgado (por isso é possível ver as bordas dilaceradas) de alto a baixo, o que abriu caminho e deu acesso ao Pai.

 

 

 

Colunas: no Templo original, duas colunas ganhavam destaque e ficavam na parte externa do Templo. Na atual réplica, elas foram erigidas ao lado do Altar no interior do Santuário. A que fica à esquerda se chama Boaz e significa “nEle está a força”, e a da direita, Jaquim, e significa “Ele estabelecerá”.

 

 

 

Bordão de Arão: nas paredes do interior do Santuário é possível ver uma espécie de arabesco. Eles são, na verdade, a representação do Bordão de Arão, descrito no capítulo 17 do livro bíblico de Números, e representa a confirmação da escolha de Deus, autoridade e disciplina.

 

 

 

Candelabros: o candelabro era a única fonte de iluminação no Templo antigo, simbolizando que o Senhor Jesus é a única luz neste mundo e que Ele deseja habitar, por meio do Espírito Santo, naqueles que entregam suas vidas a Ele. Por isso, os candelabros estão nas paredes do interior do Santuário, na área externa próxima ao poço de Jacó e também sobre o Altar, sendo que este tem em seu formato o nome “Jesus” em hebraico, que é “Yeshua”.

 

 

 

Tábuas dos Mandamentos: na base do púlpito, onde o Pastor diariamente ministra a Palavra de Deus, estão as réplicas das tábuas com os dez mandamentos determinados por Deus para o Seu povo.

 

 

Pedras no Altar: na base do Altar é possível ver 12 pedras de cores diferentes. Elas representam as 12 tribos que deram origem a Israel, a nação santa, que foi escolhida por Deus para trazer ao mundo o Salvador. No passado, essas pedras compunham uma peça que o sacerdote carregava em seu peitoral. Elas representam o desejo de Deus de que cada pessoa esteja com Ele e faça do Altíssimo o seu refúgio.

 

O Altar: ele representa Deus e é o lugar de encontro entre Ele e o ser humano. É o lugar mais sagrado do Templo, não tem imagens para adoração, mas possui símbolos deixados por Ele. Há ainda um véu que é aberto nas primícias da semana, no domingo, e fechado na última reunião realizada aos sábados. Além do púlpito e do candelabro, o Altar tem uma réplica da Arca da Aliança, que representa a Presença de Deus no meio do povo, uma mesa, que simboliza o banquete espiritual que se vive com o Criador, e, acima dele, a frase “Santidade ao Senhor”.

Dias de Celebração

As comemorações pelo 10º aniversário do Templo de Salomão ocorrem de 22 a 31 de julho. O acesso ao local é gratuito e sem necessidade de credencial ou convite. Clique aqui e confira a programação.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Demétrio Koch