Um passeio por lugares bíblicos sem sair do Brasil
O Centro Cultural Jerusalém reúne conhecimento, lazer e imersão cultural no Rio de Janeiro
É consenso que a cidade de Jerusalém, em Israel, tem um grande significado espiritual, que está amparado em acontecimentos históricos e espirituais, especialmente os relacionados ao povo hebreu e aos anos em que Jesus viveu no local e fez grandes milagres.
Os brasileiros não precisam sair do País para conhecer um pouco da história do local. Com a intenção de propagar a cultura de Israel no Brasil, o ex-prefeito do Rio Janeiro, Marcelo Crivella, idealizou o Centro Cultural Jerusalém (CCJ), localizado em Del Castilho, bairro da zona norte da capital fluminense. A proposta do espaço é promover entretenimento e cultura de qualidade para toda a família, além de organizar ações para enaltecer o patrimônio histórico do local e da região.
“O CCJ funciona como um espaço eficiente de apoio à educação e ao desenvolvimento cultural do Rio de Janeiro. Ele foi construído para expor arte, cultura e práticas curatoriais. Há também atividades que envolvem registros, pesquisas, preservação e recondução à comunidade de bens culturais sob a forma de exposições textuais, bibliográficas e iconográficas”, explica Eliane Junqueira, gerente e guia do CCJ.
Significado espiritual
Além de ser um local turístico, o CCJ tem o objetivo de gerar reflexões sobre o passado, o presente e o futuro com ensinamentos que impactam a fé, a vida e a percepção de cada pessoa, “promovendo inserção social de forma singular e despertando emoções, lembranças e sentimentos, além de construir memórias e o prazer de estar em um espaço diferente”, detalha Eliane.
A maior maquete da América Latina
O espaço foi inaugurado em 2008. Com visitas abertas ao público, ele passou a ser um ponto turístico do Rio de Janeiro em 2009. Com capacidade para receber 70 mil pessoas por ano, o CCJ teve mais de 750 mil visitantes em dez anos. O lugar tem cerca de 4 mil metros quadrados, incluindo áreas de exposições com cerca de 2,4 mil metros quadrados, divididos em mezanino e térreo.
Nesses ambientes ocorrem exposições temáticas sobre Israel e suas diversas cidades. A principal obra é a exposição permanente da réplica da antiga Jerusalém, que foi construída com pedras originais da Galileia, com base em pesquisas arqueológicas e nos relatos do historiador judeu Flávio Josefo em sua obra História dos Hebreus. “Para um resultado eficaz e almejado, a obra contou com o trabalho de profissionais da universidade hebraica de Jerusalém (técnicos e arqueólogos), além de profissionais brasileiros. A planta foi trazida diretamente da Cidade Santa”, diz Eliane.
A réplica tem 736 metros quadrados e é considerada a maior do tipo na América Latina. Ela possui um sistema de iluminação que imita as fases do dia e, assim, os visitantes podem observar como seria o amanhecer, o dia, o entardecer e a madrugada da Jerusalém dos anos 66 a 70 da Era Cristã. Há ainda totens multimídia que interagem com o visitante e oferecem informações históricas referentes aos monumentos representados pela maquete, como as muralhas e as torres, o Tanque de Siloé, o Tanque de Betesda, o Monte Calvário, a Casa de Caifás, a Tumba do rei Davi e o Templo de Jerusalém, entre outros monumentos desse recorte histórico e temporal.
Cenário de visitações
No local, o visitante também pode ver exposições temporárias, como a de réplicas de objetos do século I, uma exposição iconográfica de locais da cidade de Jerusalém e sete cenários diferentes com manequins, objetos e vestuários de inúmeros personagens bíblicos.
O CCJ também possui um teatro que comporta cerca de 200 pessoas, uma representação do Rio Jordão em forma de batistério, uma sala de leitura com um acervo literário e bibliografias variadas para incentivo à leitura, uma loja e um espaço gourmet para tomar um café ou fazer uma refeição.
A visita é guiada por historiador ou guia de turismo. O local está aberto a todas as pessoas que se sentem representadas por Jerusalém ou que tenham curiosidade de conhecer essa cidade milenar.