Entre os dias 15 e 20 de setembro, mais de cem focos de incêndios florestais devastaram 135 mil hectares em Portugal, o que levou à realização da maior operação de combate ao fogo já feita no país. De 19 a 26 de setembro, a Unisocial ofereceu assistência por meio de doações para amparar os bombeiros que estavam na linha de frente da tragédia.

Foram doadas, ao todo, 32 mil garrafas de água mineral, 2,3 mil barras energéticas, 2 mil bolachas e 1,3 mil toalhas, entre outros itens essenciais. Essa ajuda humanitária foi cuidadosamente distribuída em quartéis de bombeiros das cidades de Lisboa, Faro, Évora, Leiria, Coimbra, Viseu, Porto e Ilha da Madeira.

O objetivo da ação da Unisocial – que une voluntários de todos os programas sociais da Igreja Universal do Reino de Deus – foi fornecer suporte aos profissionais que estavam constantemente expostos ao fogo e à fumaça, garantindo que pudessem se manter hidratados e recuperar as energias para continuar a operação.

Um dos beneficiados pela iniciativa, o bombeiro Luís Ferreira, relata que os últimos dias foram bastante intensos devido aos numerosos incêndios, às várias deslocações com as viaturas e às longas horas de serviço. “Precisamos desse alimento, dessa água, para nos fortalecer em relação ao nosso serviço”, afirmou agradecendo o gesto de solidariedade.

Devido ao aumento do risco de incêndio, o Governo de Portugal declarou situação de alerta em todo o território do continente. Dias depois, elevou a situação para calamidade em todos os municípios afetados. A onda de incêndios deixou uma vasta área de destruição, principalmente nas regiões norte e centro, e mataram nove pessoas.

Segundo Luís Cláudio de Almeida, responsável pela ação, a iniciativa teve grande adesão assim que as notícias se espalharam. “Isso mostra que as pessoas estão realmente solidárias e preocupadas com a condição do próximo. E é para isto que surgiu a Unisocial: para estender as mãos a estas pessoas que estão realmente em situação de calamidade”.

Cerca de 500 voluntários se sensibilizaram e se mobilizaram com o acontecimento. A partir daí, dedicaram-se a angariar e organizar os donativos, garantindo que chegassem em perfeitas condições ao seu destino. Além disso, não mediram esforços para alcançar locais distantes, realizando viagens de mais de três horas quando necessário.