Há uma semana, a capital do Chile, Santiago, tem sido palco de manifestações populares. Muito semelhante ao que aconteceu no Brasil, em 2013, as manifestações deram início quando o atual governo do país anunciou o aumento das passagens de metrô em 30 pesos. Com isso, a passagem passaria a custar 830 pesos chilenos, o que corresponde a aproximadamente R$4,60, na cotação feita no dia do fechamento desta reportagem.

Após a decisão de aumento, estudantes passaram a pular catracas de metrô, recusando-se a pagar passagens. Todavia, o protesto deu lugar ao vandalismo. Uma onda de agressões, incêndios em estações de metrô, saques a supermercados e degradação do patrimônio público tomaram conta da capital chilena.

Desde então, 18 pessoas já morreram. Na última quarta-feira, 22 de outubro, uma criança e um homem perderam a vida após serem atropelados por um motorista que avançou contra os manifestantes.

O presidente do Chile, Miguel Juan Sebastián Piñera Echenique, declarou estado de emergência. Com a declaração, militares foram enviados às ruas.

Com o caos instalado na cidade, o presidente Piñera voltou atrás e suspendeu o aumento das tarifas de transporte. Contudo, a ação do governo não foi suficiente para acalmar os ânimos dos cidadãos chilenos. Agora, os protestos que, inicialmente, eram contra o aumento da tarifa de transporte público, se tornaram atos de insatisfação contra o governo de Sebastián Piñera.

Fé, esperança e oração

A Universal está presente no Chile há 29 anos e possui mais de 30 templos, contudo, devido aos ataques e manifestações, as reuniões na igreja tiveram seus horários alterados. “Graças a Deus as nossas igrejas têm sido guardadas, Deus tem nos livrado de qualquer tipo de vandalismo, mas, por medidas de precaução, tivemos que mudar alguns horários das reuniões e, muitas vezes, quando os protestos mais violentos começam, temos que fechar as igrejas”, disse o Pastor Maurício Alves de Oliveira, responsável pelo trabalho da Universal no Chile.

Em meio ao caos, bispos, pastores, membros e obreiros da Universal no país têm feito correntes de oração, a fim de que Deus proteja à nação.

“Sabemos que por trás de todo tipo de destruição, há um mal espiritual. Por isso, estamos em um relógio de oração, de norte a sul do país, para que Deus possa dar o livramento à nação chilena e que venha iluminar e dar sabedoria às autoridades governamentais”, afirmou o Pastor Maurício.

Além do apoio espiritual, voluntários da Universal também têm contribuído na ordem da cidade. “A Força Jovem Universal daqui de Santiago tem apoiado na limpeza da cidade, já que, por causa do vandalismo, as ruas ficaram muito sujas. E vamos estar à disposição para poder ajudar e colaborar conforme as necessidades forem surgindo”, ponderou o Pastor, que ainda acredita que a instituição possui papel fundamental em momentos como os que Santiago tem enfrentado.

“A nossa maior preocupação é levar paz às pessoas e estabilidade emocional mas, principalmente, uma dependência total de Deus em momentos difíceis como este. E estamos aqui para ajudar e apoiar em tudo o que está ao nosso alcance”, concluiu o Pastor.