Universal no Japão: três décadas levando fé e salvação aos aflitos

Ações dos programas sociais beneficiaram mais de 17 mil pessoas no país em 2024; trabalho em solo nipônico é realizado em japonês, português, espanhol e inglês

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Três décadas se passaram desde a inauguração da Universal no Japão, em 1995. Neste dia 12 de fevereiro de 2025, a Igreja celebrou 30 anos na Terra do Sol Nascente. Lidar com uma nova nação, idioma e cultura é um grande desafio. Porém, para aqueles movidos pelo “Ide” — a missão de pregar o Evangelho a toda criatura —, o desafio se torna oportunidade. Neste sentido, além do apoio espiritual oferecido, mais de 17 mil pessoas foram beneficiadas pelas ações sociais promovidas pela Universal no Japão somente em 2024.

O trabalho evangelístico no Japão começou com a comunidade brasileira, mas logo se expandiu para outras nacionalidades, além dos japoneses. No início, devido à dificuldade que as pessoas tinham em chegar ao templo — por fatores como clima, distância ou tempo — as mensagens do Santo Culto em Seu Lar eram gravadas em português e japonês, e enviadas por fitas cassete.

O Bispo Alexandre Teixeira, responsável pela Universal no Japão há quase um ano, conta que o primeiro desafio enfrentado no país foi mesmo o idioma: “E, depois, a cultura oriental, que é completamente diferente das ocidentais”, reflete. No entanto, comemorar os 30 anos da Igreja no território japonês é, para ele, “uma grande alegria, pois sabemos que ao longo desses anos, milhares de vidas foram transformadas aqui”. Ainda assim, ele ressalta: “Há muito a ser feito, pois muitas almas precisam ser alcançadas e salvas”.

Atualmente, a Igreja em solo nipônico realiza reuniões em japonês, português, espanhol e inglês.

Mais que cuidados, companhia

No Japão, um dos programas sociais mantidos pela Universal é o Calebe Universal. No ano passado, o programa realizou 194 ações que auxiliaram a combater a solidão e melhorar a qualidade de vida da população idosa. A iniciativa promove atividades que estimulam a mente e o corpo, como artesanato, caminhadas e eventos que proporcionam lazer e aprendizados diversos. De modo mais específico, o programa social realiza, também, visitas periódicas a casas de repouso, levando alegria, carinho e serviços variados aos idosos.

Em 2022, segundo dados do Ministério da Justiça do Japão, mais de 80% das mulheres idosas presas no país foram encarceradas por roubo. Esses crimes podem estar relacionados à solidão, que afeta muitos idosos no Japão, de acordo com outra pesquisa: quase 40 mil pessoas morreram sozinhas, em suas casas, no primeiro semestre de 2024 — e mais de 70% dessas vítimas tinham 65 anos ou mais, conforme dados da Agência Nacional de Polícia do Japão.

Na Prisão de Tochigi — maior presídio feminino do país, localizado ao norte de Tóquio — uma em cada cinco detentas é idosa.

Impacto positivo da FTU no Japão

Além do cuidado com os cidadãos de idade avançada, a Igreja também atua junto à juventude. Uma das iniciativas presentes no país é a Força Teen Universal (FTU) — voltada para adolescentes de 11 a 14 anos — que desenvolve atividades esportivas, artísticas, culturais e momentos em família, que contribuem para o desenvolvimento dos jovens.

Neste dia 16 de fevereiro, o programa realizou a “Feira do Conhecimento Bíblico” no Japão, reunindo mais de 500 pessoas em Hamamatsu, Tóquio e Gunma. Com o apoio de 100 voluntários, a programação incluiu palestra, apresentações culturais e um quiz bíblico.

Vale destacar: a FTU oferece suporte tanto para os adolescentes quanto para os pais, ajudando a fortalecer os laços familiares. Um exemplo disso é a história de Fernanda Kawamorita, que tinha um relacionamento difícil com a filha Nicoly, antes de ela participar do programa. A falta de diálogo e a presença de sentimentos negativos, como raiva e rancor, impediam que vivessem em harmonia.

“Minha filha está participando da FTU há sete meses. Antes, não havia diálogo entre nós, apenas raiva, mágoas e sentimentos negativos. Com a participação dela no programa, tenho visto, a cada dia, a cada semana, uma mudança! A transformação foi gradual, tanto nela quanto em mim”, conta Fernanda. Ela conclui afirmando que, hoje, a relação com a filha foi reconstruída e está muito mais forte.

 

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Colaborador

Unicom / Fotos: cedidas