Vazio: onde começa e como se chega ao fim

Essa sensação incômoda anestesia a alma e empurra muitas pessoas para um abismo em que imperam a solidão e a tristeza. O próximo domingo, dia 23 de junho, propõe uma resposta para ela

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Há uma imensidão no vazio e, por esse motivo, toda tentativa de suprimi-lo parece impossível. A dor que ele causa é concreta e costuma ser acompanhada de desespero e angústia. Nem a condição social da pessoa que sente esse vazio é capaz de amenizar a dor: mesmo os mais afortunados amargam a solidão, ainda que busquem ilhas paradisíacas ou o conforto de hotéis cinco-estrelas.

Ocorre que o vazio, ainda que camuflado por conquistas, relações improvisadas e prêmios, deixa feridas em qualquer um que finja ignorá-lo. A Terra já foi testemunha de um espaço sem forma e vazio, como mostra o livro bíblico em Gênesis 1.1-4. Naquela época, “havia trevas sobre a face do abismo”, até que “houve luz”, e “fez Deus separação entre a luz e as trevas”.

Esse antes e depois, que não só deu forma como preencheu e aperfeiçoou o que o Criador havia planejado (Gênesis 1.5-25), fez com que tudo fosse bom, pois a Presença dEle supriu todo resquício de vazio que existia. Aliás, em Isaías 45.18, fica claro que o
Senhor nunca quis o vazio para a Terra nem para os que nela habitam, pois Ele “não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada”.

Uma saída

Aos que se identificam com essas palavras e se sentem sedentos, uma proposta pode saciar o vazio de que sua alma padece: no dia 23 de junho, em todas as Universal, será realizado o Domingo do Fim do Vazio, um dia para que a realidade em que muitos vivem tenha um desfecho diferente. Esse propósito acontecerá ao longo das reuniões do Encontro com Deus. À Folha Universal, o Bispo Adilson Silva esclarece por que se estabeleceu um dia voltado especificamente para essa finalidade. “Como se trata de um problema que vem se alastrando na sociedade – e sabemos que existem muitas pessoas em busca de solução para ele –, vamos dedicar um domingo a ele, quando os encontros serão voltados para orações em favor das pessoas que sofrem com esse vazio e que reconhecem que precisam preenchê-lo com Deus”, diz.

Paliativos

O vazio é um problema que eclode de várias formas: uns o chamam de angústia, outros de tristeza profunda e até de depressão. Muitos aceitam o vazio porque o tacham de “existencial”. Com isso, medicamentos e terapias ganham destaque – o mais surpreendente é que, pelo que se observa, muitas vezes essas alternativas se reduzem a algo sedativo. Hoje, o Brasil tem a maior taxa de depressão na América Latina, como mostra a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). “A maioria das pessoas encara esse vazio como um problema emocional”, ressalta o Bispo. Em meio a diferentes termos e opiniões, o que sobra é a normalização do vazio e, com isso, ele se encaixa em uma realidade cada vez mais comum. “Os médicos, obviamente, têm que dar um tratamento para a pessoa, que não pode sair do consultório sem uma direção, mas os medicamentos se limitam a agir no corpo”, defende o Bispo. Então, “o resultado é que a pessoa fica como que estivesse anestesiada e isso fica sendo um paliativo que não traz solução porque, na verdade, o problema ultrapassa a matéria. Ele não se restringe ao corpo. O problema é um vazio na alma”, observa.

Ele explica que, do ponto de vista espiritual, o vazio da alma denuncia a sede de Deus. “As pessoas buscam explicação para isso de uma forma científica, lógica, emocional. Infelizmente, muitos que professam a fé nas Escrituras Sagradas, hoje em dia, estão aceitando a depressão ou esse vazio como se fosse algo normal – mas não é. A única forma de colocar um fim a esse vazio, a essa depressão, ou seja lá a forma que as pessoas prefiram chamar, é por meio de um encontro real e verdadeiro com Deus, na Pessoa do Espírito Santo. Na verdade, esse vazio que existe na alma humana é do tamanho da Presença de Deus. Isso significa que não há nada que preencha essa lacuna, exceto Ele, porque esse vazio tem a forma do Espírito de Deus”, salienta.

O vazio mora na alma

Ao longo do livro Os Segredos e Mistérios da Alma, o Bispo Edir Macedo descreve que vivemos dias de almas doentes “com depressão, ansiedade, baixa autoestima e pouco ou nenhum senso de valor próprio. Os seres humanos estão em franca derrocada emocional e espiritual, buscando inutilmente a validação e o prazer das coisas, lugares e pessoas”. Entretanto, as pessoas não dão à alma a devida importância e, por isso, ela é tratada com desdém “porque não a veem, não a tocam nem a ‘sentem’, mas investem pesado na aparência do seu corpo, nas vaidades e na construção da vida terrena. Enquanto isso, a alma vai sendo engolida pelo vazio interior”, enfatiza. Nem a beleza, nem a roupa de grife ou o carro novo, o casamento, a chegada do filho ou o diploma acadêmico, como detalha o Bispo, “consegue preencher o vazio existencial. Quanto maior for o vazio, mais cruel e sufocante será a dor interior. (…) Grande parte das pessoas que vemos – e que está até sorrindo – tem dentro de si um rio de lágrimas e um emaranhado de frustrações, pois sua alma vive em constante conflito. Por mais que façam tudo para camuflar a aflição interior, estão destroçadas por causa do sofrimento”.

Então, como sobrepujar os problemas e as dores que parecem engolir tantas pessoas? O Bispo ensina que o reconhecimento de que a alma não se satisfaz com as distrações disponíveis e que a Palavra de Deus é a Única capaz de curar as feridas são as respostas que muitos procuram. Para  todos esses, as portas da Universal estarão abertas no próximo domingo. Não deixe de comparecer à Igreja mais próxima de você.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Collab Media/GettyImages