Vício pela fama quase levou Mike Tyson à morte. Entenda

Boxeador revelou sua luta com os holofotes após chegar ao estrelato mundial

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Em 1986, quando estava com 20 anos, o boxeador Mike Tyson conquistou o título mundial dos pesos pesados e ficou conhecido em todo mundo. De lá para cá, teve uma carreira marcada por conquistas, tendo realizado 58 lutas com 50 vitórias (44 por nocaute).

Assim, Tyson foi e é considerado o maior boxeador de todos os tempos. Tal reconhecimento trouxe fama ao atleta, mas toda essa popularidade quase o levou à morte.

“A fama é uma droga, cara. Me deixei levar demais por ela, quase morri por causa dela, porque achava que por ser famoso era realmente mais especial, muito especial mesmo. Eu queria ter tratamento preferencial em tudo. Cheguei ao ponto de quase me matar”, revelou ao jornal britânico Daily Star.

Aos 54 anos, o ex-campeão mundial de boxe recordou sua carreira e afirmou que, ao mesmo tempo que ela o ajudou a crescer profissionalmente também o prejudicou, porque, com o sucesso e o reconhecimento, ele se tornou muito egoísta. “A câmera é o narcótico mais poderoso. Até as pessoas consideradas mais espertas têm dificuldades para lidar com o ego, para parar de se adorar.”

Mike Tyson encerrou sua trajetória no boxe profissional em 2005. Em novembro do ano passado, fez uma luta de exibição contra Roy Jones Jr., que acabou empatada. Há indícios de que ele possa voltar ao ringue em breve para enfrentar o também ex-campeão Evander Holyfield.

O preço da fama

Uma das coisas que me instigaram a falar a respeito dessa declaração é a grande atenção dispensada às pessoas famosas. E isso acontece justamente porque o mundo valoriza as celebridades quando elas estão no auge de suas carreiras.

E é aí onde mora o perigo, porque tudo passa. A fama que se adquire hoje é um sopro de vento, ou seja, quando não se chama mais atenção não se é mais procurado, o que leva muitas pessoas à decepção e até mesmo à depressão.

Outra coisa que chama atenção é o esforço excessivo das pessoas para “aparecer”, seja nos programas de TV, nas redes sociais etc. Muitas das que “sonham em ser famosas” exaltam a si próprias até mesmo nas descrições do perfil pessoal ou das fotos postadas.

O verdadeiro reconhecimento

Só que enquanto alguns lutam para se tornar celebridade e fazem isso a qualquer custo, outros, a conquistam naturalmente, às vezes, até sem desejar. De qualquer forma, se não houver sabedoria, ser “admirado” por outras pessoas pode custar caro.

Especialistas afirmam que além de ilusória, a fama pode elevar o ego do indivíduo a tal ponto dele se achar um “deus”, acima de todos. Assim, quando ele não é mais admirado por estranhos, pode “cair do pedestal” e viver uma frustração intensa por ter que enfrentar o vazio de sua realidade.

Isso acontece porque quando falamos desse tipo de atenção exagerada, falamos de questões que envolvem o narcisismo.

É claro que, de um certo modo, todos nós queremos e necessitamos, por essência, de reconhecimento. Isso traz motivação. Mas, a fama, do modo que tem sido buscada, vai além disso. Diz respeito ao excesso que esconde uma falta.

Essa necessidade exacerbada de ser admirado por um número muito grande de pessoas não deveria existir. Porque, ao focar em ser adorado, o ser humano deixa de se preocupar com o que realmente importa.

É preciso encontrar o equilíbrio e ter um objetivo que verdadeiramente valha a pena. Afinal de contas, já dizia o rei Salomão: “Tudo é vaidade…”

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Colaborador

Refletindo sobre a notícia por Ana Carolina Cury | Do R7 / Imagem: Reprodução Facebook @miketyson