Violência doméstica aumenta 22% durante a quarentena
A maioria das mulheres ainda não denuncia o agressor. Saiba como obter ajuda
Um estudo publicado, recentemente, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que houve um aumento de 22% nos casos de feminicídios durante os meses de março e abril deste ano. Meses correspondentes ao isolamento social, em decorrência da pandemia de COVID-19.
Em 12 estados, os números mostram que os feminicídios passaram de 117 para 143 vítimas, comparando com o mesmo período do ano passado.
Além disso, a organização apontou que, neste período, o número de denúncias diminuiu. O que pode apontar para a dificuldade que a mulher tem em denunciar agressões.
O isolamento social fez com que as mulheres fossem obrigadas a viver por muito mais tempo com seus agressores.
Fernanda Lellis, responsável pelo Projeto Raabe, que ajuda mulheres vítimas de violência, destaca que durante a pandemia de COVID-19 o número de pedidos de ajuda ao grupo aumentou em 80%.
Para ela, pedir ajuda é o primeiro passo para que a mulher consiga sair da condição de agressão. “Ela deve buscar por um local seguro. Sempre orientamos as vítimas que busquem a ajuda da família ou amigos e façam a denúncia. É importante não deixar o agressor no anonimato”, destaca Fernanda.
Ela destaca que o Projeto Raabe vem se dedicando a ajudar mulheres que pedem socorro às voluntárias. “Temos ajudado mulheres com aconselhamentos, a ter um equilíbrio emocional para sair desta situação. Disponibilizamos um curso gratuito de Autoconhecimento, que tem ajudado a mulher se conhecer, se valorizar e, assim, ter forças para sair do ciclo de violência”, pontua Fernanda.
O grupo ainda presta apoio legal e psicológico que a mulher precisa para enfrentar o agressor. “Damos orientações jurídicas e sociais a mulheres vítimas de violência e abuso”, afirmou.
Apoio na pandemia
Ademais, durante a pandemia, quando os encontros não podem ocorrer presencialmente, mas as pessoas continuam sofrendo, o grupo tem atuado por meio da internet.
“O Projeto Raabe disponibiliza o Curso Autoconhecimento online, por meio de lives nas redes sociais. E temos, também, uma linha direta de atendimento através do WhatsApp”, acrescentou Fernanda.
Para solicitar ajuda de uma das voluntárias do projeto, acesse as redes sociais do grupo (Facebook e Instagram), ou envie uma mensagem para o WhatsApp: (11) 95349-0505.