O empresário Alex Vianna, de 34 anos, conta que teve uma infância complicada. “Havia uma desigualdade muito grande em meu lar por causa do abandono do meu pai e parecia que toda a raiva que alguns familiares tinham por ele era descontada em mim, a única figura masculina em casa. Então, na adolescência, preferi ficar mais na rua. Assim, conheci as más influências, a marginalidade e as drogas”, lembra.

Há 16 anos, Alex conheceu a Universal e teve sua vida impactada pela Palavra de Deus. Ele permaneceu na fé por nove anos, mas depois se afastou da Igreja. Foi então que ele voltou aos vícios e sua rotina se tornou um pesadelo.

COMO UM MENDIGO
Alex sofreu vários retrocessos. “Eu tinha um salário bom, conquistei apartamento, carros, motos, mas estava afastado e longe de Deus. Eu me envolvi em um relacionamento e acabei descobrindo traições. Cheguei a vomitar por 50 dias até ser diagnosticado com depressão, síndrome do pânico e ansiedade. Eu tomava 17 comprimidos por dia. A depressão foi o auge da minha decadência”, relata ele, que perdeu todas as suas conquistas materiais. “Voltei para a casa dos meus familiares e não demorou para que começassem as humilhações. Eu era um peso por estar doente e não tinha oportunidade nem condições físicas e mentais para trabalhar”, descreve.

Quando procurava emprego como lavador de pratos em uma
pizzaria na Praia Grande, no litoral de São Paulo, ele sofreu um ataque de pânico. “Eu chorava e implorava ajuda às pessoas, que me tratavam como se eu fosse invisível. Até que arranquei um rapaz que estava dormindo dentro de um carro e dirigi o veículo até um hospital. Fui preso em frente ao hospital e fiquei seis meses detido. Na primeira
audiência fui solto e segui feliz para casa. No entanto, quando cheguei à casa dos meus familiares, eles tinham ido embora sem deixar pistas nem endereço. Levaram tudo: roupas e documentos.”

Alex ficou sem nada e sem ninguém. “Eu tinha só uma camiseta, uma bermuda, o alvará de soltura e o RG. Fiquei um ano na rua vivendo como mendigo e quase morri diversas vezes. Vi um homem ser esfaqueado 34 vezes e apanhei de seis rapazes. Vivia à base de drogas, bebidas e remédios. Usava qualquer droga conhecida pelo homem. Também revirava lixeiras para me alimentar”, relembra. Contudo, o que ele não queria era revirar a própria dor e a mágoa que tinha de sua família. “Não queria ver minha mãe nem pintada de ouro nem ter contato com ninguém.”

NOVA CHANCE
Há dois anos, uma edição do programa Entrelinhas, da plataforma Univer Vídeo, deu início à sua transformação de vida. “O Bispo Macedo e a dona Ester falaram sobre mim no programa e os pastores da Praia Grande fizeram um grande resgate. Assisti às reuniões de libertação, às sextas-feiras, me batizei nas águas, tive meu encontro com Deus e fui batizado com o Espírito Santo.”

Depois de voltar à Universal, ele construiu uma nova história. “Perdoei minha família e hoje tenho uma ótima relação com ela. Tenho a paz que nunca tive, moro em São José dos Campos (SP), estou noivo e abrindo a segunda empresa no ramo de tecnologia. Não uso mais drogas, não bebo e não dependo de remédios. Eu nasci de novo”, finaliza.