Você confia na imprensa?

Estudo mostra que, a cada dia, a população vem perdendo a credibilidade em veículos de comunicação. O grupo Record, no entanto, foi apontado como a empresa que mais tem a confiança do público. Saiba mais

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Você confia nas notícias que lê e assiste? Hoje em dia, não é difícil encontrar alguém que discorda/duvida de uma notícia e faz questão de compartilhar seus argumentos. 

Esse descontentamento e essa desconfiança, no entanto, foram provados em um estudo conduzido pelo Instituto Reuters e pela Universidade de Oxford.

Na contramão do descrédito, porém, o estudo da Reuters mostrou que no Brasil há um grupo de comunicação que possui a confiança da população brasileira, a saber: o grupo Record – que contempla a Record TV, a Record News e o R7. É ele que detém o maior índice de confiança do brasileiro, que chega a 68% e se mantém na liderança à frente de outras emissoras de TV e rádio. 

Confira abaixo a reportagem sobre o assunto exibida no Jornal da Record:

Desconfiança 

O levantamento do instituto quis entender a confiança da população no Brasil, na Índia, no Reino Unido e nos Estados Unidos, e os impulsionadores da confiança nas notícias, os fatores responsáveis ​​por seu aparente declínio em muitos países nos últimos anos, as diferenças em como isso se desenrola em vários lugares ao redor do mundo e o que pode ser feito sobre isso. 

O estudo apontou que o declínio na confiança não aconteceu apenas com a imprensa, mas em muitas outras instituições – incluindo governos nacionais e locais – também diminuiu em alguns casos. 

“De modo geral, porcentagens relativamente altas dizem que confiam ‘de certa forma’ nas informações veiculadas na mídia de notícias em geral; no entanto, os níveis de confiança são muito mais baixos para marcas de notícias específicas e notícias encontradas nas redes sociais”, diz o levantamento.

A pesquisa ainda mostrou que a região Sul do País concentra a maior parte dos céticos com relação às notícias. Eles correspondem a 32%, enquanto o nordeste do Brasil possui um índice de 31% de confiantes em notícias. 

No Brasil e na Índia, seis em cada dez pessoas dizem que é muito ou extremamente importante conhecer as tendências políticas dos jornalistas. Além disso, nos quatro países analisados, a população afirmou que os jornalistas devem separar os fatos de suas opiniões políticas.

A falta de confiança pode estar relacionada com narrativas e ideologias que grandes veículos de imprensa têm divulgado nos últimos tempos. Em julho do ano passado, o economista e comentarista de política Rodrigo Constantino publicou um artigo no jornal “Correio do Povo” em que ponderou que “o que vemos hoje, porém, é um antro de extrema esquerda fazendo proselitismo ideológico. E faz isso em nome da imprensa.”.

Constantino ainda destacou que os veículos de comunicação têm se preocupado com a perda do monopólio da informação. 

“A imprensa partidária sofre com o avanço das redes sociais, que furaram a bolha ‘progressista’ e expuseram a farsa do ‘jornalismo plural’ de antes, que tinha hegemonia esquerdista”, comentou.

E é justamente pelo acesso à informação que foi democratizado, por meio das redes sociais, que as pessoas passaram a desconfiar da imprensa.

“Na era das redes sociais, o povo pode ver os fatos e comparar com as narrativas. E é aí que a credibilidade da mídia tradicional vai para o buraco. Afinal, o que resta para essa imprensa é basicamente isso: narrativas, narrativas ideológicas, torcida partidária”, disse Constantino.

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Colaborador

Rafaela Dias / Foto: iSotck