Todo mundo já ouviu falar que antigamente a palavra de uma pessoa valia muito – inclusive em grandes negócios financeiros. Sim, quase não havia necessidade de contratos como atualmente porque a pessoa tinha que cumprir o que dizia, pois sua reputação estava exposta publicamente. Caso não cumprisse o que prometeu, suas relações presentes e as futuras corriam o risco de acabar mal, pois haveria grande dificuldade de alguém acreditar nela.

Com Deus não é diferente. Se alguém promete algo a Ele, deve cumprir, como Ele cumpre tudo o que está em Sua Palavra, a Bíblia: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” (Números 23.19).

Pense bem: se o próprio Deus está obrigado a cumprir Sua Palavra e não pode fugir disso, por que um ser humano poderia?

Na prática
“A palavra como promessa, como garantia, é a característica principal de uma pessoa. Ela mostra quem você é. Você é a sua palavra”, diz o Bispo Renato Cardoso em seu blog. “A palavra mostra o caráter, o tipo de pessoa que você é. Quando eu a honro, honro a quem eu a prometi.”

O Bispo Renato dá exemplos bem práticos de sua importância no dia a dia: “a palavra é uma ferramenta de trabalho. Ela pode lhe ajudar a prosperar, mas como você prosperará se sua ferramenta de trabalho é falha? Algum casamento pode resistir à mentira? Alguém pode manter um relacionamento com uma pessoa que mente? Só se este alguém for igual ou pior do que o mentiroso”.

Tudo existe pela palavra
“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1.3). A Bíblia é bem clara: “disse Deus”. Ele criou tudo o que existe simplesmente ordenando em voz alta, a Seu modo, e o próprio universo passou a existir. Nós estamos incluídos neste universo, frutos da Palavra dEle.

Se fomos criados à Sua imagem e semelhança, o que dizemos e ouvimos é mais importante do que pensamos.

“A palavra tem poder. Quem fala, planta; quem ouve, colhe, diz o ditado popular. Mas tanto um quanto o outro colhem frutos da palavra. A falta de percepção disso tem surtido gravíssimos prejuízos não só aos que falam como aos que acreditam”, diz o Bispo Edir Macedo em seu blog.

“Muitas vezes, fala-se por falar. Às vezes, fala-se por conta do egoísmo de não querer ouvir; outras, joga-se conversa fora para não ficar para trás. De qualquer forma todo blá-blá-blá tem seus efeitos, para o bem ou para o mal”, adverte o Bispo. E ele exemplifica: “a mãe diz para a filha ‘você faz isso comigo e seu filho vai fazer pior com você.’ Os anos passam e chega a vez de a filha se deparar com situações piores com os seus filhos. E, então, vivencia aquela ‘praga’ da mãe”.

O Bispo esclarece que “pouca gente sabe que a palavra tem espírito. Se ela é má, produz tristeza, dor e morte, mas, se é boa, traz alegria, saúde e vida. O Senhor Jesus usava o poder da Palavra para curar os enfermos e libertar os oprimidos, entre outras coisas. Todo o Seu trabalho se resumia ao uso dela”.

O Messias mostrava a importância de agir de acordo com aqueles que andam com Deus. Se estamos com Ele, falamos e agimos como Ele ao deixarmos o Espírito Santo agir e conduzir nosso caráter. “O Espírito do Senhor é sobre Mim” (Lucas 4.18). “Mas Ele também usou a palavra para matar uma figueira (Marcos 11). Com isso, deu sinal do poder da palavra também para o mal”, lembra o Bispo Macedo.

Falar e ouvir
Com o exemplo do Senhor Jesus, o Bispo Macedo indica claramente que a palavra tem um efeito tanto ao ser dita como ao ser ouvida, como também foi mostrado en relação à filha que ouviu a “praga” da mãe.

Quantas vezes alguém estava entusiasmado com um projeto, por exemplo, mas desanimou quando outra pesssoa lhe disse que não conseguiria colocá-lo em prática porque era difícil? Por outro lado, quantos estavam desanimados, mas foram estimulados ao ouvir um encorajamento?

Diz um velho e sábio ditado que “você é o que você come”, mas, na vida espiritual, nosso alimento mais benéfico é a Palavra de Deus. Se nos alimentamos dela, ela fará parte de nós no nosso falar, no nosso agir e no nosso caráter. Seremos formados a partir dela, pois Deus trabalha com a Palavra e exige que os Seus filhos honrem, principalmente, a Palavra dEle.

O Bispo finaliza citando Jó 34.3 para provar que somos mesmo o que “comemos” espiritualmente: “tenha extremo cuidado nas palavras que ouve, ‘porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida’.”