Você está preparado para se separar?

Não do seu cônjuge, que fique claro, mas, todos nós, sem exceção, passaremos por uma separação, seja neste mundo, seja na eternidade

Imagem de capa - Você está preparado para se separar?

A única certeza que temos é de que nossa vida este mundo é passageira e de que um dia morreremos. Você já se perguntou o que é a morte? Para quem é descrente, a morte é o fim e os poucos anos vividos neste mundo contemplam tudo que há da própria existência. No entanto, para quem crê nas Sagradas Escrituras, a morte é o início da eternidade. Esse segundo grupo, porém, é composto por dois tipos de integrantes: o religioso, que conhece a Palavra, mas nunca conheceu a Deus e, por isso, a morte é um tabu para ele e uma conversa a ser evitada por conta do medo e, se alguém próximo morre, o desespero toma conta dele; e o verdadeiro cristão, que não conhece apenas a Palavra, mas também o Autor dela e, por isso, sabe que a morte é apenas uma separação deste mundo físico e corruptível para o espiritual.

O ser humano, contudo, não foi criado para morrer. Quando formou o homem e a mulher, o projeto inicial de Deus era viver em comunhão com Sua perfeita criação por toda a eternidade, todavia, por Sua Justiça, o Criador não impôs a Sua vontade, mas advertiu: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.16-17). Ao lermos a Bíblia Sagrada com Anotações de Fé do Bispo Edir Macedo, aprendemos que: “até então não havia morte. Esta só veio a existir por causa do pecado. Deus não impôs ao ser humano a Sua vontade, mas deu a ele liberdade para escolher se submeter ou não à Sua Palavra”. E Eva e Adão escolheram comer da única árvore proibida e, desde então, estamos fadados a morrer e precisamos escolher se queremos estar na Presença de Deus por toda a eternidade ou não.

O que é realmente a morte?
Em Romanos 6.23 está descrito que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna” e o Bispo Macedo explica que “quem se entrega a uma vida pecaminosa terá como justo pagamento a morte espiritual, que é a separação eterna de Deus. Por outro lado, ele destaca a grande vantagem de sacrificarmos a vida de pecado para servirmos ao Senhor Jesus: a conquista da vida eterna. Essa conquista não é um ‘pagamento’ pelo serviço que prestamos ao Senhor, mas um dom gratuito, imerecido, uma oportunidade oferecida por Deus, porque todo o mérito da nossa Salvação é do Seu Filho”.

Essa separação eterna de Deus ou conquista da vida eterna ao Seu lado foi explicada pelo Senhor Jesus em Lucas 16.19-31 quando Ele narrou a pós-morte do rico e de Lázaro. Pelo relato, nota-se que ambos conheciam a Deus, mas, enquanto Lázaro se separou deste mundo e uniu-se ao Pai em Seu Reino, o rico separou-se eternamente do Criador.

Em reunião recente no Templo de Salomão, o Bispo Macedo esclareceu que Deus não nos manda para o inferno e que nosso destino eterno depende de nossas escolhas enquanto estamos neste plano físico. “Quando a pessoa morre, se ela, aqui na Terra, se separou do pecado, por conta da sua Fé em Jesus, vai direto para Deus; mas, se ela morre sem ter se separado do pecado, se ela morre sem a Salvação, vai direto para o inferno”, ensinou. Ou seja, a separação é inevitável. Seja agora, separando-se do pecado, seja no futuro, separando-se do Criador.

A escolha é sua
Não sabemos quando a morte chegará, tampouco quando o Senhor voltará (Mateus 24.42), mas enquanto O esperamos devemos agir como o servo prudente que, assim como Lázaro, está pronto para viver hoje separado do mundo e pela eternidade junto a Deus (Mateus 24.44-47). No entanto, quem agir como o servo infiel, se juntará ao rico, pois “virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 24.50-51).

Mesmo que a vida neste mundo seja efêmera, nossos feitos aqui reverberarão por toda a eternidade. É sua escolha diária que determinará se a morte será a mera separação da vida física para a espiritual ou será a eterna separação de Deus. Escolha sabiamente a separação que deseja para a sua alma.

imagem do author
Colaborador

Lais Klaiber / Foto: RomoloTavani/GETTY IMAGES