Você sabe como a Páscoa está ligada à sua mudança de vida?

Ao se sacrificar na Cruz, Jesus venceu o mal e garantiu a liberdade daqueles que creem

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A Páscoa é a celebração mais importante para os cristãos. No entanto, com o passar do tempo, seu verdadeiro significado foi ofuscado e, em muitos casos, substituído pela ideia de que se trata apenas de uma data para reunir a família, trocar ovos de chocolate ou aproveitar o feriado prolongado. Mas a essência da Páscoa é muito mais do que isso. Aqueles que compreendem seu real propósito vivenciam uma transformação profunda, que começa no seu interior e se reflete em todas as áreas da sua vida.
A celebração da Páscoa existe há mais de três mil anos. No Antigo Testamento, esse evento é descrito como símbolo de libertação. Quando o povo de Israel estava escravizado no Egito, Deus ordenou que cada família sacrificasse um cordeiro perfeito e passasse o sangue nos umbrais das portas, para que os primogênitos fossem poupados da morte que viria sobre aquela terra. Em razão da destruição que aconteceu no Egito, o Faraó se rendeu e libertou os hebreus.
Para os cristãos, esse episódio aponta diretamente para o sacrifício do Senhor Jesus. Assim como o cordeiro foi imolado para salvar os primogênitos do Egito, Jesus, chamado de “Cordeiro de Deus”, entregou Sua vida para libertar a Humanidade da escravidão espiritual: o pecado.

O pecado pago por Jesus

Desde a desobediência de Adão e Eva, o pecado passou a fazer parte da natureza humana e essa condição afastava o ser humano de Deus, já que Ele é perfeito. Uma das orientações do Altíssimo no Antigo Testamento, inclusive, era de que animais fossem sacrificados para que as pessoas tivessem seus pecados perdoados. Esse ritual deixou de existir com o Sacrifício Perfeito planejado por Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Apesar do Senhor Jesus ter usado o seu tempo na Terra para ensinar, exortar, curar e fazer inúmeros milagres, o seu objetivo era um só: cumprir o plano da Salvação, que inevitavelmente estava ligado à Cruz. “Herdamos de Adão uma natureza pecaminosa e corrupta, um corpo sujeito a moléstias e à morte, mas, por meio do sacrifício do Senhor Jesus, alcançamos o perdão, a Natureza Divina, o Espírito Santo, a vida abundante e  sobretudo a Salvação. Para nos conceder tantos privilégios, Ele tomou sobre si a maldição completa do pecado, carregando em Seus ombros um pesado fardo. As enfermidades e as dores, sejam no corpo, sejam na alma, encontram no Messias a completa cura”, lemos em uma das notas do Bispo Edir Macedo na Bíblia Sagrada com as Anotações de Fé.

O que esse sacrifício significa? 

Quando o Senhor Jesus se entregou na Cruz, depois de todo o Seu sofrimento, Ele disse: “Está consumado”. Essa declaração não foi só o encerramento de uma missão, mas a confirmação de que o plano de Salvação estava completo. Naquele instante, o céu escureceu, trovões ecoaram e a terra tremeu, confirmando a quebra da aliança com o mal e a libertação espiritual de todos os que creem. Inclusive, o véu que separava o homem de Deus foi rasgado, representando o fim da distância entre a Humanidade e o Criador. Jesus, o Filho unigênito, tornou-se o primogênito dentre muitos, pois, por meio de Sua entrega, fomos adotados e recebemos o privilégio de sermos chamados Filhos de Deus.
Ainda assim, muitos enxergam esse relato como uma história distante, registrada apenas nas páginas da Bíblia, mas a verdade é que a morte de Jesus – e Sua ressurreição três dias depois – oferece a chance de uma nova vida: transformada, livre da escravidão do pecado e, principalmente, da morte eterna.
Ao carregar sobre Si os pecados da Humanidade, Jesus se tornou o único Caminho para a reconciliação com Deus. Todos os que nEle creem passam a ter acesso a uma vida restaurada, como destacou o apóstolo Pedro em sua carta: “Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados” (1 Pedro 2.24).
Na prática, isso significa que aqueles que creem em Jesus e em Seu sacrifício não precisam mais carregar em suas vidas o sofrimento, as doenças, a miséria e todos os males presentes neste mundo. O preço de tudo isso já foi pago na Cruz, e, por meio da fé, é possível viver uma nova realidade. Não se trata apenas de uma promessa para o futuro, mas de uma vida abundante aqui e agora, como o Próprio Senhor Jesus declarou: “… Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10.10).

Tomando posse da promessa

A fé na Palavra de Deus é o caminho para que aquele que crê tome posse de cada uma das promessas Divinas. Mas você já se perguntou o que realmente significa crer? Crer é obedecer. Não basta apenas conhecer as promessas, é necessário viver de acordo com a Vontade de Deus. A fé verdadeira exige atitudes práticas. Por isso, o acesso às bênçãos do Altíssimo não vem por merecimento ou por recursos materiais, mas por meio da entrega total da própria vida.
É necessário que haja arrependimento sincero, confissão e abandono dos pecados, inclusive de sentimentos nocivos, como a mágoa. O passo seguinte é o batismo nas águas, que simboliza o sepultamento da velha natureza e o nascimento de uma nova vida. A caminhada de fé, entretanto, não para por aí. O maior objetivo deve ser receber o batismo com o Espírito Santo e priorizar a Salvação acima de todas as coisas.
Quando essa entrega acontece, recebemos a marca de Deus, o Seu perdão e, principalmente, a certeza da Salvação. A vida deixa de ser guiada pelos nossos desejos e passa a ser conduzida pela direção do Espírito Santo. É a Sua Presença que promove uma transformação real, como aconteceu com o empreendedor Max Moraes Silva, de 27 anos, que hoje afirma com convicção: “Deus me deu a oportunidade de reescrever minha história”. Acompanhe a trajetória dele abaixo.

Um caso (quase) perdido 

Os traumas começaram a se alojar na mente de Max na infância. Mesmo sem perceber, os constantes conflitos dentro de casa o faziam acreditar que aquela realidade fosse normal. “A minha família era completamente destruída pelos vícios em bebida e cigarro. O dia a dia era marcado por muitas brigas, xingamentos e falta de respeito entre os meus pais. Eu não tinha um exemplo de união, de respeito e de diálogo”, diz.
Cada uma dessas situações ruins encontraram espaço dentro dele e alimentaram um lado sombrio que se manifestaria mais tarde. “Eu me lembro que financeiramente não me faltava nada, mas faltava o principal: o carinho e a atenção. Meus pais estavam perto, mas não eram presentes”, relata. Essa situação piorou com o divórcio deles. “Meu pai passou a me levar para os bailes, bares e locais que ele frequentava. Eu via meu pai como uma pessoa que chamava a atenção do mundo. Apesar de me sentir incomodado com aquilo, acabei fazendo igual”, admite.

O mundo das trevas

Você sabe como a Páscoa está ligada à sua mudança de vida?Com apenas 12 anos, ele fez o primeiro contato com o álcool e pouco tempo depois experimentou cocaína. “Passei a usar também maconha e lança-perfume e, para manter o meu vício, me envolvi com o crime. Eu não tive adolescência. Em vez de brincar, conheci esse mundo das trevas e fui me destruindo. Passei a ter envolvimento com mulheres, com bailes funk e mergulhei  de cabeça nesse mundo”, declara.
Ele detalha que, por um certo período, a vida dupla foi uma escolha viável. “Eu trabalhava por um tempo, mas depois roubava e vendia drogas. Então, as coisas começaram a mudar: aquilo que era bom no começo, começou a me deixar deprimido. Eu carregava um vazio,  a tristeza intensa, a solidão e a angústia. Eu só me sentia bem quando o meu corpo estava dominado por alguma substância, senão, a tristeza me dominava.”
A ausência de Deus o levou a viver uma história ainda pior do que a de seus pais, marcada pela insatisfação, pela infelicidade amorosa, pelos vícios, pela criminalidade e pelos efeitos de seus atos ilegais. “Entre apreensões e prisões, fui detido mais de seis vezes e, ao longo desse tempo, nutri ódio da polícia. Assim que fiz 18 anos, fui detido e fiquei 2 anos e 5 meses na prisão. Em vez de melhorar, eu criei mais ódio do sistema prisional, do governo e me afundei mais ainda no crime”, diz.

A entrega

Quem olhava para a rapidez com que Max se afundava em tudo que era ruim tinha dificuldade de projetar um bom futuro para ele. Porém, um obreiro voluntário da Universal não enxergou somente aquela situação. “Ele já tinha me convidado para ir à Igreja há alguns anos e retomou o contato. Apesar de carregar aquela capa endurecida, eu já não aguentava mais viver naquela condição. Por isso, aceitei o convite e comecei a participar das reuniões”, recorda Max.
Reconhecer os próprios erros e decidir mudar foram os primeiros passos para a mudança. “Entendi que Jesus pagou um alto preço pela minha alma, Ele se entregou por mim. Por isso, eu fiz o mesmo: me entreguei completamente a Ele. Ele se tornou a minha referência, o meu espelho”, revela. O primeiro resultado dessa entrega foi a paz interior, seguida pela libertação do pecado. “Me libertei de todos os vícios, da mágoa e do ódio. Abri mão dos meus achismos e o Espírito Santo foi transformando a minha vida aos poucos. Não foi um processo fácil, mas, quando o Espírito de Deus desceu sobre mim, fui tomado de força e da certeza de que Ele estava comigo”, destaca.
Max diz que tem transmitido para as pessoas aquilo que recebeu e que ajuda os jovens que passam pelos mesmos conflitos que ele um dia vivenciou. “Hoje eu sou uma pessoa alegre, que tem paz. Sou convicto daquilo que quero para a minha vida, que é permanecer com Deus com o foco na Salvação”, conclui.

Escolha individual 

A história de Max é apenas uma prova dentre inúmeras do poder transformador de Deus. Não importa qual seja o problema: o Senhor Jesus já pagou o preço pela sua libertação. Mas essa libertação não acontece automaticamente. É indispensável usar a fé. Somente por meio dela é que o que parece impossível aos olhos humanos se torna realidade. Pense: se você tem em mãos um boleto que já foi pago, você o pagaria de novo? Então, por que continuar aceitando as armadilhas do mal, sabendo que Jesus já pagou um alto preço pela sua liberdade? Deus já fez a parte dEle. Agora, cabe a você dar o passo de fé e confiança e tomar a decisão de se entregar a Ele. A sua nova história está esperando por você.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: