Você sente insatisfação e pensa em se demitir?
O número de pedidos de desligamento feitos por trabalhadores tem aumentado nas empresas brasileiras por diversos motivos e bateu recorde em 2023. Saiba quando considerar essa possibilidade sem comprometer sua trajetória
Os dados confirmam que cada vez mais brasileiros estão pedindo demissão dos seus empregos. De acordo com levantamento da LCA Consultores, com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a quantidade de pedidos de desligamento do emprego por parte dos trabalhadores em 2023 foi a maior dos últimos 20 anos.
Números divulgados pelo MTE mostram que, no ano passado, 7,4 milhões de trabalhadores pediram demissão e, de janeiro a junho deste ano, já foram 4,3 milhões de pedidos, representando 36% dos desligamentos. Entre as principais motivações apontadas estão outro emprego em vista, baixo salário, trabalho não reconhecido, problemas éticos com a forma de trabalho da empresa, discordâncias com a chefia e falta de flexibilidade.
A vice-presidente do Serac, hub de soluções corporativas, Carla Martins, explica que o ambiente e a cultura organizacional estão relacionados aos principais fatores para uma saída. “Um ambiente de trabalho tóxico ou uma cultura organizacional que não valoriza o bem-estar dos funcionários pode levar ao esgotamento e à desmotivação. Se a cultura organizacional não está alinhada com os valores pessoais ou não oferece um ambiente saudável e inclusivo, certamente esse é um fator decisivo para a saída”, diz.
Ela enfatiza que um ambiente de trabalho tóxico pode gerar estresse, ansiedade, depressão, alterações de peso e até síndrome de burnout. E a insatisfação constante afeta não apenas a saúde mental, mas também a qualidade de vida e as relações pessoais. Por isso, a ideia de se demitir muitas vezes pode ser uma forma de evolução em todos os sentidos. “Permanecer em um emprego insatisfatório pode levar ao esgotamento, perda de autoestima e estagnação na carreira”, acrescenta.
No entanto, muitas pessoas, ainda que estejam insatisfeitas com sua situação profissional ou que desejem concluir outros projetos, ficam presas por medo e insegurança: “os sinais de autossabotagem, que incluem procrastinação, racionalização de situações negativas, medo excessivo do desconhecido, e o foco em pequenas melhorias temporárias, em vez do reconhecimento de problemas maiores, podem ser comportamentos indicativos de que o profissional está resistindo à mudança”, avalia Carla.
Quando é fruto de uma atitude planejada, o pedido de demissão pode abrir possibilidades de crescer profissionalmente, reencontrar a motivação e a paixão pela carreira e descobrir um ambiente de trabalho mais alinhado com os valores e objetivos pessoais. “A mudança pode trazer um novo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E pedir demissão pode ser visto como um passo corajoso para assumir o controle da própria carreira, adquirir novas habilidades ou até mesmo encarar o desafio do empreendedorismo e prosperar ainda mais.”
Mas como tomar essa atitude da forma certa? Carla detalha que a comunicação deve ser feita de modo claro e respeitoso: “expressar gratidão pelas oportunidades e manter o foco no crescimento e no desenvolvimento como motivos principais ajudará a manter um tom positivo. É importante ser honesto. Além disso, oferecer um período de transição para minimizar o impacto na equipe será muito valorizado. O importante é sair com as portas abertas, pois, ainda que não se tenha a intenção de voltar a trabalhar na mesma empresa, a boa reputação será mantida”, conclui ela.
Você se identifica com essa situação e quer entender melhor como realizar essa transição e lidar com os possíveis desafios dela? Então confira na ilustração abaixo algumas dicas de como passar por esse processo da melhor forma e alcançar bons resultados.
Prosperidade com Deus
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