Ela está sempre em rodinhas em busca de informações da vida alheia e assim que sabe de algo novo faz questão de espalhar para o maior número de pessoas que puder. Esse é o perfil da mulher mexeriqueira.

A Bíblia cita diversas passagens que alertam para o cuidado em relação ao que falamos. Uma delas está descrita em Tiago 3.5: “Assim também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva.”

É fato que as palavras têm poder. Quando são bem usadas, podem edificar, incentivar e levar paz, alegria e Salvação a uma pessoa, mas quando são mal colocadas – a exemplo de quando se fala mal de alguém por meio de fofocas ou quando segredos alheios são revelados – podem destruir famílias, casamentos, amizades e reputações.

Por isso, a fofoca é um pecado que Deus abomina, como revela o livro de Provérbios 6.16-19: “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”.

Além disso, é pecado fofocar mesmo que aquilo que esteja sendo dito seja verdade, pois alguém sempre será prejudicado de alguma maneira. Quanto a isso, a Bíblia traz o exemplo do que o Senhor disse a Moisés para que alertasse aos filhos de Israel em relação ao assunto: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19.16).

Repreendendo a fofoca
Sabe aquela pessoa que sempre a procura para contar falhas e erros dos outros? Talvez você tenha dado atenção demais aos comentários dela e por isso ela insiste em descarregar em seus ouvidos todo o lixo que carrega. Geralmente, ela se aproxima e diz algo como: “colega, já sabe da última?” Que tal, então, você lhe responder: “não sei da última nem da primeira e, se isso não for acrescentar coisas boas, por favor nem me fale”. Você pode parecer rude, mas, agindo dessa forma, fará um bem a si mesma e a ela.

No blog da palestrante Viviane Freitas, a colunista Luisa Teixeira compartilhou uma reflexão sobre a palavra mexeriqueiro. Ela escreveu: “depois de fixar várias vezes os meus olhos nessa palavra, veio à minha mente a separação das quatro primeiras letras: ‘mexe’ e de ‘riqueiro’, uma palavra inexistente no nosso vocabulário, mas que me remeteu ao termo ‘chiqueiro’. Parece que não faz muito sentido, pois a palavra mexeriqueiro não deriva etimologicamente de ‘chiqueiro’, mas quem mexe com fofoca, com o ‘disse me disse’, faz comentários indiscretos e implanta intrigas não está mexendo no chiqueiro? Com certeza a vida de uma pessoa que tem esse tipo de comportamento cheira muito mal e faz outros exalarem um odor insuportável não só a quem os rodeia, mas sobretudo a Deus”, afirmou.

Portanto é uma questão de escolha: você prefere perder a confiança de todos à sua volta por ser fofoqueira ou quer ser uma mulher fiel de espírito? “O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto.”
(Provérbios 11.13).