O perdão de Pelé
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Pelé teve uma vida marcada pelo êxito nos estádios, porque, no futebol, ele teve um talento diferenciado. Mas, se no gramado o futebolista brasileiro sobressaiu tanto que recebeu o título de “Rei do Futebol”, reconhecido internacionalmente, na vida pessoal ele envolveu-se em polêmicas e cometeu erros que merecem reflexão.
Pelé teve uma filha fora do casamento e que não foi reconhecida como tal, embora, ela tenha lutado muito para isso.
Sandra Regina não mostrava interesse no patrimônio financeiro do atleta, porém, desejou, por toda a vida, ter o carinho do pai. Mesmo com a paternidade comprovada judicialmente, Pelé não acolheu afetivamente a filha e negou qualquer contato com ela.
Sandra, “A filha que o rei não quis”, título do livro que ela conta a dura saga de rejeição, faleceu em 2006, vítima de um câncer.
E o coração de Pelé manteve-se fechado por todos esses anos, até que nos seus últimos dias, já hospitalizado, mandou vir os dois netos, também renegados, filhos de Sandra.
O amor tem muitas frentes, mas a sua face mais bonita é a capacidade de pedir e oferecer perdão. Os netos perdoaram o avô e entrelaçaram com ele as suas mãos em oração e lágrimas, esquecendo toda a dor que a família sofreu por décadas de desprezo.
No último dia de vida, para mim, Pelé teve a atitude mais nobre de toda a sua existência. Reconhecer os próprios erros e repará-los é maior que centenas de gols e jogadas brilhantes. Por que, o que adianta receber troféus e títulos neste mundo e ser reprovado pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores na eternidade?
Ao ser perdoado, Pelé partiu e ninguém pode julgá-lo. Tanto ele, como os netos, tiveram disposição para resolver a questão.
Bem, numa sociedade que aceita o ódio e a amargura como algo normal da vida, é tão fácil ver relacionamentos destruídos pela falta de perdão.
O que aprendemos?
- Nunca recuse perdoar.
- Abra mão das suas razões.
- Nunca sabemos tudo sobre o perdão, por isso, todo dia há algo novo a praticar.
- Ser perdoado é excelente, mas perdoar é extraordinário.
Deus é sempre generoso e oferece oportunidades para o arrependimento, cabe ao homem abraçar essas chances.
Quem perdoa vive leve e pode partir em paz.