Há momentos que não temos o que dizer para aqueles que estão vivendo em terríveis aflições. Não sabemos explicar o motivo de todas as dores e nem temos palavras capazes de promover o conforto que todos precisam.

Mente quem diz ter todas as explicações, pois ninguém tem. Precisamos de confiança para crer que “tudo coopera para o bem”, inclusive, o que tanto nos machuca.

Por exemplo: já vi crianças ficarem completamente órfãs. Inocentes, elas não tinham consciência do que aquele momento de sepultamento significava para as suas vidas.

Também já vi pais destroçados emocionalmente enterrarem os seus filhos.

É…

A obra de Deus pode nos fazer viver num único dia, alegrias e tristezas, pois, na mesma data que nos alegramos com a celebração de um matrimônio, podemos ter que animar uma outra pessoa que teve o seu casamento desfeito por uma deslealdade.

Presenciamos sociedades entre amigos serem feitas e outras rompidas com duros golpes de traição. Aprendemos a dar graças numa casa de luto, mas também na casa onde há saúde, riso e abundância. Como ter explicação para tudo num único dia?

No entanto, nós podemos ser pegos de surpresa com certos acontecimentos e podemos não saber pontuar as causas disso. Mas, o nosso Deus nunca foi e nem será surpreendido por nada nem ninguém.

Ele reina e nada foge do Seu controle. Portanto, não devemos ser bons em explicar tudo, mas excelentes em levar a fé que fortalece e levanta.

Também precisamos ser bons em abraçar, ouvir, fazer silêncio e chorar, se preciso for.

Vimos isso na história de um homem íntegro que enterrou num único dia dez filhos. Além disso, ele perdeu todo o seu patrimônio e saúde num único golpe.

Enquanto os amigos de Jó ficaram em silêncio com ele, foram sábios, porém, quando desataram a falar do que não entendiam, deixaram de ser amigos para serem acusadores.

Ah! Que bom saber que a fé também opera no silêncio, no olhar, no sorriso ou numa simples mensagem de telefone…

Então, eu desisti dessa prontidão para explicar tudo, para ser útil e fazer o que a situação pede. E você?