Recentemente vi um vídeo com imagens chocantes de uma mulher e suas duas crianças enforcadas na Índia, por causa de uma Bíblia achada na sua casa.

Procuro acompanhar notícias dos cristãos perseguidos ao redor do mundo para saber qual é a realidade além da que os meus olhos veem. Oro por eles, mas, a perseverança de cada um, aviva a minha fé. Saber que agora tem gente a suportar dores terríveis, torturas e até a morte pelo Evangelho significa ver a continuação da coragem da Igreja Primitiva.

Diante desses acontecimentos, tenho um misto de sentimentos. Desde vergonha de mim mesmo, por saber que me entristeço com coisas tão pequenas, até preocupação com a Igreja atual, que tem membros tão amantes de si mesmos e do mundo.

Sinto também muito temor, porque quero estar pronta, caso um dia, Deus permita que isso aconteça comigo.

Afinal, Ele avisou-nos que o mundo nos trataria com ódio e não com flores.

Penso que, os cristãos que são perseguidos nos países intolerantes ao Cristianismo, correm menos risco de se esfriarem na fé do que nós, que desfrutamos de toda liberdade para buscar a Deus. Os que habitam debaixo do fogo das provações sabem que não podem cochilar, distrair ou dar qualquer vazão para a carne.

Eles não têm tempo para ilusões e vaidades tão próprias da natureza humana, porque vivem no fio da navalha. Exatamente, o oposto do que temos visto nas nossas comunidades hoje, pois a grande maioria abusa das oportunidades que tem. Abusa, inclusive, da graça divina. Acha que terá o tempo e o dom do arrependimento na hora que bem quiser. Criou para si um “deus” manipulável.

Então, nós oramos pela Igreja que sofre, para que os nossos irmãos tenham forças sempre, mas a oração deles pela Igreja que não sofre perseguições, é ainda mais valiosa e útil. Porque lá, eles preferem morrer do que negar o Senhor Jesus, enquanto aqui, os nossos preferem pecar, curtir e esbanjar o precioso sacrifício da Cruz.

Ora, quem está bem espiritualmente?