Mais de 2,2 milhões de pessoas assistiram a “Os Dez Mandamentos — O Filme” no primeiro fim de semana de exibição. Uma delas foi Julio Gartner (foto ao lado), sobrevivente do holocausto da Segunda Guerra Mundial. Aos 91 anos, o polonês foi ao cinema com a companheira para ver nas telonas a história do povo judeu.

Em conversa com o R7, Julio Gartner disse que gostou de ver a saga de Moisés nas telonas. Incentivado pela companheira, ele foi ao cinema no dia 30 (sábado), no shopping Higienópolis, num tradicional bairro judeu, de mesmo nome, em São Paulo.

“Não consegui assistir à novela porque estava trabalhando, tinha compromissos no horário. Mas a minha companheira era vidrada, não perdia um capítulo e, logo que estreou, fomos para o cinema. Achei o filme muito bom, principalmente a cena da abertura do Mar Vermelho. Está lindo. É muito bom e pode ser lançado mundialmente, porque é uma história universal.”

Desde os 5 anos de idade, Julio Gartner conhece a história de Moisés e do povo hebreu, que viveu como escravo do poderio egípcio por séculos. Em todas as Páscoas, os judeus reverenciam o Êxodo, relatado no segundo livro da Bíblia.

“É a história do meu povo nos cinemas”, afirma.

Morando no Brasil há mais de 60 anos, Gartner é um membro ilustre da comunidade judaica. O polonês relatou a sua história de luta no documentário “Sobrevivi ao Holocausto”, de 2014, no qual refez o caminho que passou durante o horror da Segunda Guerra Mundial.

Capturado pelos nazistas aos 15 anos, ele passou por quatro campos de concentração, sendo um deles Auschwitz, na Áustria. Um ano antes do fim da guerra, Gartner foi libertado pelos alemães completamente debilitado, pesando apenas 30 quilos. Depois de passar por países como Itália e França, embarcou para o Brasil e decidiu se estabelecer em São Paulo, onde mora até hoje.

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R7 / Foto: Divulgação