Com quem você anda?
Normalmente, as pessoas associam a felicidade somente àquilo que se faz, porém, veja que há um princípio diferente e muito interessante sobre isso no Salmo 1.
Esse Salmo se inicia, primeiramente, alertando sobre o que uma pessoa que deseja ser bem-sucedida e feliz não deve fazer.
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
O Texto mostra claramente que o homem que deseja ser íntegro deve se atentar à sua conduta, principalmente com respeito às escolhas das suas amizades.
Os verbos “andar”, se “deter” e se “assentar” são usados para revelar os diferentes graus de intimidade nos relacionamentos na vida.
Andar significa um envolvimento mais casual com aqueles que não mantêm sintonia com Deus. Porém, mesmo sendo uma amizade passageira, pode alterar a maneira de viver do justo. São aqueles amigos mais distantes ou aquelas conversas rápidas, mas carregadas de conselhos que promovem desejos e pensamentos que contrariam a saúde espiritual.
Se deter é ter um nível de comunhão mais estreito com pessoas que declaradamente são infiéis, injuriosas e rebeldes à Palavra. Elas estão em toda parte, por isso sempre cruzarão nosso caminho, exigindo da nossa parte a decisão de se estabelecer ao seu lado ou não.
Se assentar implica em estar totalmente à vontade no meio dos injustos e zombadores do Evangelho. Este envolvimento se torna tão perigoso que as palavras e as ideias dos maus são absorvidas e incorporadas, de modo que torna o homem bom um obstinado ao erro igual ao seu amigo.
Infelizmente, desde a época em que este salmo foi escrito, muitos fizeram uma péssima escolha e andaram pelo caminho, pararam para ouvir e ainda se assentaram à roda dos maus. O desastroso resultado disso foi o comprometimento da sua fé e, consequentemente, a perda da sua Salvação.
Vale lembrar que, com a internet, esta associação não precisa acontecer fisicamente, pois basta um clique para que no íntimo de sua casa ou de seu celular, sem que ninguém veja, haja uma associação com o mal.
E, como sabemos, o pecado é algo progressivo, ou seja, um ato que, por mais inofensivo que seja, tende a levar a outro, até que a pessoa esteja sofrendo atolada em meio aos erros.
Assim, além de perder a alegria que a carreira da fé proporciona, essa pessoa torna-se também cúmplice e devedora de más ações dos outros. Pense nisso com temor e tremor!
Núbia Siqueira